25 de março de 2014

CONSCIÊNCIA DE CULPA! APÓS OFENSIVA DOS TRAFICANTES, CABRAL NÃO SABE SE SAI OU SE FICA!

1. O governador Sérgio Cabral havia decidido sair no início de abril e passar o cargo para Pezão, seu vice e candidato a governador. Mas a atual crise, com ações terroristas de traficantes sobre as UPPs, recolocou essa decisão para avaliação dele e seu entorno.

2. Sair nesse momento, em plena ofensiva dos traficantes contra as UPPs, passará a ideia de fujão. Se sua imagem está estilhaçada, ficará quebrada de vez. Afinal, não haveria como explicar seu pedido de ajuda de forças policiais e militares federais e simultaneamente sair fora e jogar a granada política no colo de seu vice e candidato Pezão. Seus auxiliares mais íntimos já estavam com suas atividades pós-Cabral em programação.

3. O vice Pezão desenvolveu uma imagem de bonachão e tocador de obras. Como faria agora para ajustar essa imagem e passar a de durão? Afinal, o quadro atual não tem solução em poucos meses e as ações repressivas serão inevitáveis. Isso tudo com a Copa do Mundo no meio. Uma cidade ocupada militarmente para a Copa só faz sinalizar a crise na segurança pública. Isso no coração da comunicação de Cabral, que eram/são as UPPs.

4. A consciência de culpa de Cabral se intensifica e estressa entre as disjuntivas: sair e terminar de desintegrar sua imagem, eliminando qualquer chance de ser candidato a senador e agregar a marca do fujão que passou a granada política para seu sucessor; ou desistir da saída e permanecer, assumindo suas responsabilidades, tentando melhorar a sua imagem no caso de alguma tendência –mesmo que pequena- de melhoria desse quadro tão grave.

5. Uma decisão que conta com seu entorno próximo, sua enorme assessoria de comunicação e, claro…, sua consciência.

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O PSDB E DILMA…, E LULA!

1. (Dora Kramer – Estado de SP, 25) Tucanice. Tem gente na oposição que defende um recuo nos ataques a Dilma. Justamente para evitar uma eventual troca de candidato. Essa corrente é adepta do lema ruim com ela, muito pior sem ela na disputa de outubro.

2. (Ex-Blog) Ao contrário. Se avaliação de Dilma cai, aí mesmo que Lula não sai de seu Olimpo pra ser candidato. O PSDB cometeu o mesmo erro no caso do mensalão, especialmente após depoimento de Duda Mendonça. O ótimo+bom de Lula caiu para 30% em dezembro-2005 e veio a decisão: ‘não bater, deixar sangrar, a eleição cai sozinha em nosso colo’. Antes da campanha ele já tinha se recuperado e venceu a eleição.

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OMISSÃO: OS NOVE PECADOS CAPITAIS NA POLÍTICA EXTERNA DE DILMA!

(Embaixador Rubens Barbosa, Presidente do Conselho de Conselho de Comércio Exterior da FIESP – Estado de S. Paulo, 25) 0. Fatos que  afetam a credibilidade do Brasil e repercutem sobre a percepção externa acerca da atuação do nosso país. Ao lado do sumiço do Brasil, cresce a marginalização do Itamaraty. O atual governo retraiu-se e evita tratar questões relevantes que o Brasil, pelo seu peso no cenário externo, não pode ignorar.  Nas votações nas Nações Unidas, além do voto afirmativo, do negativo e da abstenção, os diplomatas, sempre criativos, inventaram outra forma de permitir que os países evitem ter de se manifestar em importantes votações, mesmo estando presentes nos debates e na própria reunião decisória: a “não participação”.

1. A decisão de não enviar o ministro do Exterior a reunião sobre a Síria em Genebra. O Brasil – muito bem representado pelo secretário-geral, Eduardo dos Santos – foi incluído no encontro, restrito a um grupo limitado de países, a pedido da Rússia, que, juntamente com os EUA, o convocou para tentar discutir uma solução negociada para a crise militar que matou mais de 120 mil pessoas.

2. A ausência do Brasil na Conferência anual de Segurança realizada em Munique, fórum conhecido pela oportunidade que oferece para conversas informais sobre as crises internacionais e as negociações em curso entre diplomatas e ministros da Defesa de todo o mundo. Entre os participantes estavam o mediador da ONU na Síria, os ministros do Exterior da Rússia e do Japão e os secretários de Estado e de Defesa dos EUA.

3. A omissão do governo brasileiro no tocante ao asilo de senador boliviano. Depois de concedido o asilo pela Embaixada em La Paz, nada foi feito para que o salvo-conduto fosse concedido por Evo Morales, conforme previsto nos tratados regionais.

4. O silêncio do governo do Brasil, escondido atrás da posição do Mercosul e da Unasul, favorável ao governo de Nicolás Maduro, apesar do agravamento da atual crise política na Venezuela, com clara violação da cláusula democrática e dos direitos humanos.

5. A ausência do governo em relação aos acontecimentos na Crimeia.

6. A ausência do Brasil na negociação e na participação do Acordo sobre Serviços da Organização Mundial do Comércio (OMC), apesar de atualmente, na composição do PIB brasileiro, o setor de serviços representar quase 60%.

7. A ausência do Brasil nas discussões sobre o impacto das negociações de acordos regionais e bilaterais de última geração negociados fora da OMC.

8. A ausência de uma posição firme do Brasil no tocante à convocação da reunião presidencial do Conselho do Mercosul. Pela primeira vez em 20 anos o conselho deixou de se reunir no semestre passado e até hoje não existe data para o encontro, que deveria discutir, entre outros temas, as negociações comerciais Mercosul-União Europeia.

9. A ausência de liderança do Brasil no processo de integração sul-americana e de revitalização do Mercosul.

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DATAFOLHA: OS MAIS INTERESSADOS NA COPA DO MUNDO SÃO DE -CORTES- ONDE DILMA LIDERA COM GRANDE VANTAGEM!

(Folha de SP, 24) 1. Mais da metade dos brasileiros não está totalmente otimista com relação à Copa do Mundo que será no país, revela pesquisa realizada pelo Datafolha. Dos entrevistados, 30% responderam que será regular e 24% que ela será ruim ou péssima. Outros 46% responderam que, de um modo geral, a Copa do Mundo no Brasil será ótima ou boa. “Dá para dizer que 30% têm alguma ressalva e 24% reprovam totalmente a realização da Copa no Brasil”, explicou o diretor geral do Datafolha, Mauro Paulino.

2. Os mais otimistas são os menos escolarizados, os entrevistados com menor renda (classes D e E) e os residentes no Nordeste, no Norte e no Centro-Oeste do país.

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JJOO-2016: COI REAGE COM INDIGNAÇÃO A NOVAS MUDANÇAS!

(Lance, 23) 1. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, conseguiu mais uma vez tirar do sério os membros do Comitê Olímpico Internacional (COI). Tudo por causa da intenção de mudança do local da Vila de Árbitros/Mídia da Zona Portuária, no Centro, para Curicica, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ao falar sobre o pedido do alcaide, na sexta-feira, o diretor executivo do COI para Jogos Olímpicos, Gilbert Felli, revelou sua surpresa com a pretensão. Com as câmeras ligadas e ante os jornalistas, Felli se mostrou surpreso, mas o que ocorreu nos bastidores do pedido foi uma mistura de indignação e raiva.

2. Instalar uma Vila na Zona Portuária foi uma queda-de-braço vencida pelo prefeito carioca e daí vem a indignação dos membros da entidade internacional, por causa da intenção do alcaide em retomar o plano inicial. E os reflexos dessa mudança vão ser vários. Além de ficar sem uma Vila próxima a outras regiões dos Jogos, como Copacabana e Maracanã, outro motivo que embasa a oposição do COI é o transporte. Tirar a habitação da Zona Portuária e transferí-la para Curicica implicará em uma mudança radical no projeto de mobilidade dos Jogos, porque novos trajetos e hubs (locais de transferência de linhas. Uma espécie de “rodoviária”) precisariam ser refeitos.

3. Outro problema é que a intenção do prefeito do Rio não se limita alterar o local só da Vila de Árbitros/Mídia. Ele também deseja mudar o destino de outras instalações importantes para o funcionamento dos Jogos: o Centro de Imprensa para não credenciados, o Centro de Tecnologia (TOC), o Centro de Monitoramento (MOC) e o Centro de Credenciamento e Distribuição de Uniformes para a Força de Trabalho (UAC).

4. Leia a matéria completa.