23 de outubro de 2012

CABRAL DOA QUASE 1 BILHÃO DE REAIS AOS “PARCEIROS”! 

(Ex-Blog) Atletas em formação ficarão sem estádios públicos de atletismo e de esportes aquáticos. Valor da reforma do Maracanã já passa de R$ 1,1 bilhão, e não os R$ 859,9 milhões citados. Não há nenhum valor de pagamento a vista. E não se sabe como as parcelas são reajustadas. Se não forem, é assalto à mão desarmada. Edital mente sobre investimentos adicionais. 2016 é apenas festa de encerramento. Reforma do Maracanã excede, em muito, jogos de futebol olímpicos. Quem será o felizardo? Falam que, pela frente ou por trás, ficará com esta doação o empresário que empresta jatinho para Cabral. Espera-se que MP e TCM questionem já.

(Globo, 23) 1. O governo do estado não terá retorno financeiro dos R$ 859,9 milhões em investimentos que estão sendo feitos com recursos próprios e empréstimos do BNDES para preparar o Complexo do Maracanã para a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Ao divulgar detalhes da minuta do edital de concessão do espaço à iniciativa privada, informou que o vencedor da concorrência vai operar o complexo por 35 anos, a partir de 2013. O valor da outorga anual previsto no edital será de R$ 7 milhões quitados em 33 parcelas anuais. Ou seja: o governo estadual receberá apenas R$ 231 milhões em 35 anos ou 26,86% do total investido, caso e a concessão seja feita pelo valor mínimo.

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O GOVERNO FEDERAL ESTÁ DE ACORDO COM A DOAÇÃO DO MARACANÃ?

Parte significativa da reforma (reforma?) do Maracanã foi feita com recursos federais. O governo federal estará de acordo com o edital de privatização do Maracanã e com a respectiva, e proporcional, doação de recursos federais? O que diz o TCU? O que diz o ministério dos esportes?  O que diz o MPF?

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ARMINIO FRAGA: GOVERNO DILMA E A ECONOMIA BRASILEIRA!

(Arminio Fraga, economista – entrevista à Folha de SP, 15) 1. (Investimento não se reanima).
Doze, 15 anos atrás, caminhávamos para um regime de agências regulatórias com capital privado e supervisão pública. Esse modelo foi rechaçado pelos governos do PT, sem alternativa viável. Carências passaram a ser verdadeiras barreiras ao crescimento. Foi uma combinação de eventos de natureza ideológica e prática. Há muitas dificuldades na execução de projetos.

2. (Intervencionismo) É uma preocupação antiga. Ganhou destaque recentemente com a Petrobras, o setor elétrico e o novo modelo para as ferrovias.  A Petrobras está exposta desde a pressões ligadas a inflação até política industrial do governo e do próprio modelo de royalties.  No setor elétrico, a presença do governo era imprescindível nas hidrelétricas, mas a revisão das concessões e das tarifas gerou um impacto negativo, não necessariamente pelo resultado final, mas pela falta de discussão.  No setor ferroviário, o risco ficará em grande parte nas mãos do próprio governo. Ou totalmente. E isso é perigoso. É bom colocar o risco no setor privado, é um incentivo para que o capital seja bem alocado, sem desperdício.  No próprio setor financeiro, há que acompanhar a postura do governo de colocar os bancos     federais na ponta de lança de redução dos spreads.

3. (Remuneração baixa nas concessões)  Esse é um ponto muito, muito importante. Primeiro existe o risco de afastar investidores. Mas existe também um outro risco, de revisões e até perda de qualidade. É um desafio monitorar isso.

4. (Governo Dilma) É um governo de esquerda, que está testando seus limites.  Eu acreditava que o governo Fernando Henrique tinha chegado próximo ao que, na minha leitura, são limites razoáveis: um governo com um papel importante, senão de produção, de regulação e fiscalização, que focou os escassos recursos públicos em educação, saúde e tomou a decisão estratégica de sair da produção em setores que foram privatizados. Era um limite razoável. Hoje estão testando um pouco esse limite, correndo o risco de fazer bobagem.

5. (Inflação) O tripé em geral sobrevive, mas está um pouco ameaçado, começando pelas metas para a inflação. A inflação vem se beneficiando de medidas e eventos não recorrentes, como a contenção dos preços dos combustíveis e a redução das tarifas de energia. São pequenos remendos. O segundo ponto é a taxa de câmbio. A introdução de uma aparente meta, friso o aparente, traz um elemento de confusão.

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LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA PIROU! 

Artigo na Folha de SP de 22/10/2012

“A nova vitória de Chávez comprova que a Venezuela é uma democracia e que os pobres lograram votar de acordo com seus interesses. Mas mostra também que os venezuelanos de classe média que nele votaram não defenderam seus interesses oligárquicos, mas os da maioria. Agiram conforme o critério republicano. Sua retórica alimenta a oposição local e dos Estados Unidos -uma potência imperial que, desde que ele foi eleito pela primeira vez, procura desestabilizá-lo.”

“Chávez vem representando de forma exemplar a luta de uma coalizão política desenvolvimentista formada por empresários (poucos), trabalhadores e burocracia pública contra uma coalizão liberal e dependente formada por capitalistas rentistas, financistas, e pelos interesses estrangeiros. A luta de um país pobre para realizar sua revolução nacional e capitalista e melhorar o padrão de vida de seu povo.”

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O ÚLTIMO DEBATE OBAMA X ROMNEY! POLÍTICA INTERNACIONAL! 

1. EUA mantêm o método de que debates só podem ocorrer no mínimo 15 dias antes da eleição. A experiência indica que golpes e surpresas se diluem em 3 dias e ficam só os conteúdos para reflexão do eleitor.

2. Romney cresce sempre que relaciona as questões externas com  as questões internas, especialmente as econômicas. Obama, com mais informação, cresce nas questões externas. Nas questões internas, Obama procura contrapor, repetindo a expressão: não funcionam. Nas externas Romney procura contrapor, oferecendo argumentos do tipo riscos/confronto.

3. América Latina ausente do debate. Obama sequer citou. Romney citou uma vez sobre ampliar relações comerciais.

4. A transmissão com tela dividida ao meio, com as imagens de quem responde e de quem ouve, torna a imagem de quem ouve tão importante quanto o conteúdo de quem responde. Respondendo, Obama se mostrava mais seguro. Ouvindo, a imagem de Romney mostrava mais segurança.

5. Na fala de encerramento, Obama pareceu tenso, falando sério com o dedo indicador apontando. Sublinhou a comparação com governo Bush. Romney pareceu tranquilo, com um leve sorriso. Sublinhou suas propostas de recuperação da economia e do emprego.

6. Pesquisa CNN: Obama 48% x  40% Romney.

7. Pesquisa antes do debate sobre Política Internacional: Obama 49% x 42% Romney.

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A ECONOMIA DOS EUA NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS!

(Jorge Castro – Clarín, 21) 1. A economia dos EUA cresceu 1,5% no segundo trimestre, o que significa que cresceu 1,2% ao ano na fase de recuperação dos últimos três anos.  O desemprego caiu para 7,8% (-0,2%) após permanecer 43 meses em um nível de 8% ou mais. A força de trabalho foi reduzida em 6 milhões, em comparação a 2007. Assim, a taxa real de desemprego seria hoje de 10,7%.

2. O resultado é que 62% dos norte americanos acham que o país está no caminho errado.  Ao mesmo tempo, a construção de novas moradias alcançou em setembro seu mais alto nível em quatro anos (872.000 unidades / + 15% ao ano). Isto implica que o mercado da construção e o negócio imobiliário voltam em 2014, ou antes, ao nível de 2007.

3. A construção é um indicador essencial, não só economicamente, mas também socialmente e politicamente. Metade dos 8 milhões de desempregados depois de 2008 pertencem à indústria da construção. São aqueles com menor nível de qualificação e integram a faixa dos “desempregados estruturais” (mais de 1 ano fora do mercado de trabalho).

4. A taxa de poupança individual nos EUA equivale atualmente a 7% do PIB (era zero ou negativo em 2007); provavelmente vinculadas a ela, as expectativas do consumidor atingiram em setembro o maior nível desde 2008 (83,1%).

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ELEIÇÕES NA GALÍCIA E PAÍS VASCO!  CRISE NA ESPANHA NÃO AJUDA A OPOSIÇÃO SOCIALISTA! MUITO PELO CONTRÁRIO!

1. Eleições neste domingo para os governos da Galícia e Pais Vasco. Ao meio da crise e das medidas de forte austeridade do governo Rajoy do PP, os resultados surpreenderam. O grande derrotado foi o PSOE partido de oposição que faz o contraponto parlamentar ao PP e duro crítico das medidas.

2. Na Galícia, onde é tradicionalmente forte, o PP venceu impondo maioria absoluta. Obteve 45 cadeiras das 75 em disputa. Em 2005 havia conquistado 38 cadeiras. O PSOE ficou com minguadas 18 cadeiras, caindo das 25 que tinha.

3. No País Vasco os dois partidos regionais nacionalistas, tiveram ampla vitória sobre o PP e o PSOE. Das 75 cadeiras os partidos regionais nacionalistas obtiveram 27 o PNV e 21 o BILDU, que em 2005 havia conquistado apenas 5 cadeiras. Total de 48 cadeiras (antes 35). O PP caiu de 13 para 10 e o PSOE de 25 para 16 cadeiras.

4. Eleições que sinalizam que o eleitor espanhol -pelo menos no norte- continua atribuindo ao PSOE -que governou 8 anos até 2011, responsabilidades maiores pela crise.