EMBAIXADOR DO BRASIL NA (…) MOSTRA UM QUADRO DE PENÚRIA!
1. Após interrupção no fornecimento de energia da Embaixada, paguei, com recursos pessoais, a fatura do mês de novembro.
2. Já tinha me valido dessa alternativa para pagar a fatura de telefone que também estava atrasada.
3. Ante a perspectiva de corte do serviço de internet no próximo dia 24 de janeiro, entendo que deverei também adiantar o pagamento. Os valores das respectivas despesas constam do expediente de referência que solicita recursos de EAN.
4. Desde que assumi a encarregatura de negócios no início de novembro, realizei cortes drásticos nas despesas do Posto. Serviços de manutenção da residência não foram realizados, empresa telefônica cortou chamadas para celular de todos os aparelhos, inclusive da sala do chefe do Posto, produtos de limpeza, de escritório e café estão racionados ao limite.
5. Especificamente sobre a impossibilidade de realizar reparos na residência, informo que a pressão da água foi reduzida à quase inexistência depois que a bomba que abastece o andar superior quebrou. Não autorizei o reparo. Quando a pressão se esgota, uso galões de água comprados no supermercado para higiene pessoal.
6. Em relação à alta despesa de combustível, creio que a demissão informada no expediente de referência trará certo alívio financeiro. Adicionalmente, restringi saídas com o carro de serviço à minha autorização expressa. Para os serviços mais simples, tenho orientado os funcionários a usarem a moto do Posto, menos onerosa.
7. Receio, no entanto, não termos mais condições de manter os geradores em operação. Após esgotar o diesel que o abastecia, decidi ontem por não autorizar a compra de mais combustível. Desse modo, caso as oscilações frequentes da rede interrompam o fornecimento de energia durante o expediente, informo que tenciono reduzir as atividades do dia e liberar os funcionários. Essa decisão impacta, sobretudo, os serviços consulares, em alta demanda em razão da partida dos estudantes aprovados no PEC-G.
8. No que toca à residência, o gerador já está inativo há cerca de três semanas. Quando há oscilação na rede, o que ocorre praticamente todos os dias por uma ou duas horas, valho-me de velas e de lanterna. Mais preocupante, temo o efeito que uma oscilação mais duradoura da rede de energia causará na conservação dos alimentos dos funcionários da residência, comprados pela dotação CLP.
9. O gasto semanal para o abastecimento dos geradores da Chancelaria e da Residência está estimado em aproximadamente U$ 180,00. A conta do Posto reúne, no momento, o equivalente a U$ 83,00.
10. O desconforto, porém, não é tão relevante se comparado à preocupação com a saúde. Em cidade onde a malária é endêmica, o ar-condicionado serve de poderoso inibidor da proliferação do mosquito. Quando o fornecimento de energia é interrompido e os aparelhos de ar-condicionado desligados, utilizo inseticidas para amenizar o problema.
* * *
NOTAS CARIOCAS EM 22/01/2014!
1. O Globo. Prefeitura do Rio tem 64 cargos de primeiro escalão. 25 a mais que governo Dilma.
2. O Globo. Crescimento das Tarifas em 2014. ÔNIBUS: Rio + 9,09%. Brasil + 3,80% / TRENS: Rio + 10,33%. Brasil + 1,78% / METRÔ: Rio + 9,38%. Brasil + 2,4%.
3. Extra. Matéria de Capa. No fundo do poço. “Rio terá um fim de ano dramático” prevê a Cedae que já admite usar reservas de emergência.
4. O Dia. Estado do Rio fecha centros sociais em comunidades. Programa Centros de Referência da Juventude atendia milhares de jovens e era considerado vitrine de comunidades com UPP.
5. O Dia Online. Funcionários do Comperj fazem protesto no Centro do Rio. Cerca de 150 pessoas se concentram com cartazes e faixas em frente à sede da Petrobras.
* * *
OBESIDADE!
(Kenneth Maxwell – Folha de SP, 22) Na mitologia grega, o Rei Momo personificava o sarcasmo e a ironia. Momo do Rio de Janeiro durante dez anos, Alex de Oliveira chegou a pesar 227,2 kg. Mas em 2008 ele havia emagrecido para 73 kg, como resultado de uma cirurgia de redução de estômago, motivado por campanha do prefeito Cesar Maia contra a obesidade.
* * *
PETROBRAS PRODUZ FALÊNCIAS EM SÉRIE!
(Mônica Bergamo – Folha de SP, 22) 1. Além da Alumini Engenharia, que teve recuperação judicial aprovada nesta terça, três outras empresas que prestam serviços à Petrobras e também citadas na Operação Lava Jato estão em processo falimentar. No ano passado, já haviam entrado com pedido de falência a Fidens (em março), a Jaraguá Equipamentos (em julho) e a Iesa Óleo e Gás (em setembro), antes mesmo de figurarem na lista das 23 empreiteiras investigadas que estão impedidas de entrar em licitação da estatal.
2. “A crise é gravíssima e vai ter efeito cascata se a Petrobras não mudar o tratamento no pagamento dos aditivos”, diz Ricardo Tosto, advogado da Alumini. Contratada para obras da refinaria de Abreu e Lima (PE) e do Complexo Petroquímico do Rio, a empresa alega ter deixado de receber R$ 1,2 bilhão em aditivos e não teria honrado R$ 500 milhões com bancos e R$ 300 milhões com fornecedores, além de dívidas trabalhistas.
3. As quatro grandes, Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, que também tiveram pagamentos suspensos pela Petrobras, poderão se valer da venda de ativos para cobrir o rombo, já que os bancos privados passaram a dificultar crédito às empreiteiras envolvidas na Lava Jato.