22 de fevereiro de 2016

FUNDOS DE PENSÃO DAS ESTATAIS: LULA PEDIU, TANCREDO NEGOU E PT VOTOU CONTRA TANCREDO!

1. Na saída da reunião, em 1985, entre Tancredo Neves –presidente eleito- e Lula, presidente do PT, a imprensa reuniu todas as câmeras e gravadores à espera da decisão do PT. Afinal, o PT se somaria à frente democrática pela eleição de Tancredo no Congresso ou não?

2. Finalmente, Lula saiu e, cercado pela imprensa, deu as explicações. Disse que pediu 2 coisas a Tancredo: o aumento do salário mínimo e o controle dos Fundos de Pensão das Empresas Estatais. A primeira era apenas fogo de artifício, com uma inflação daquele tamanho. Mas a segunda era para valer. A Veja destacou com foto as declarações de Lula e o que havia pedido a Tancredo Neves pelo –para- o PT.

3. Afinal, o PT treinou no exterior por anos o presidente do sindicato dos bancários de S. Paulo, Luis Gushiken. Na Constituinte, coube a Gushiken a liderança das teses do PT que envolviam os Fundos de Pensão das Estatais. Com Lula eleito em 2002, coube a Gushiken o comando desses Fundos de Pensão, independente de onde estivesse, câmara, ministério e presidente de entidade para-estatal. Gushiken faleceu em 2013.

4. O Globo, neste domingo (21), traz ampla matéria sobre a manipulação daqueles Fundos com imensos prejuízos que somam uns R$ 30 bilhões de reais e sublinha o papel destacado de Gushiken. Esse sempre foi o projeto de poder do PT e se Tancredo Neves tivesse aceito, o PT teria dado a ele os seus votos. Esse era o preço!

5.1. (GLOBO, 21) Quando chegou ao Planalto, em 2003, Lula estava decidido a ampliar esse canal de influência sobre o setor privado, pela via da multiplicação da presença dos fundos de pensão estatais e do BNDES no quadro societário das empresas. Havia um projeto, desenhado desde os primórdios do PT e da Central Única dos Trabalhadores, por iniciativa de Luiz Gushiken, então presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

5.2. Ajudou a escrever o primeiro estatuto, presidiu o PT, elegeu-se deputado federal três vezes e se tornou um dos mais influentes assessores de Lula. Foram os negócios nada ortodoxos entre fundos estatais e empresas privadas durante o governo Collor, em 1991, que levaram Gushiken e dois diretores do sindicato paulistano, Ricardo Berzoini e Sérgio Rosa, a abrir o debate dentro do PT sobre o potencial político dos fundos de pensão — até então percebidos como meros instrumentos governamentais de cooptação de sindicalistas.

5.3. No ano seguinte, a cúpula político-sindical do PT elegeu bancários para diretorias da Previ e da Funcef, derrotando a velha guarda da Confederação dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito. O grupo avançou com a eleição de Berzoini à presidência do sindicato paulistano, com Sérgio Rosa e João Vaccari Neto na diretoria. Meses depois, esse trio teve a ideia de entrar no ramo imobiliário com apoio financeiro dos fundos de previdência: nascia a Bancoop, cooperativa habitacional, hoje alvo de múltiplos processos por suposto desvio de dinheiro para campanhas do PT e calote em mais de dois mil clientes.   Gushiken decidiu não disputar o quarto mandato de deputado federal pelo PT, em 1998. Berzoini ficou com a vaga. Elegeu-se, mas fez questão de continuar na direção da Bancoop até a campanha presidencial de Lula, em 2002.

5.4. Na sede da CUT, Gushiken instalou um curso para formação de sindicalistas em Previdência Complementar. Sinalizava o rumo nas apostilas: “No Brasil, o fundo de pensão como fonte de poder ou como potente agente de negociação nunca foi objeto de discussão nos sindicatos (…) Existe a possibilidade, não remota, de que este monumental volume de recursos, oriundos do sacrifício de milhões de trabalhadores, venha a se transformar num gigantesco pesadelo para estes mesmos trabalhadores”.

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GUERRA NA SÍRIA: 240 MIL MORTOS!

1. A guerra na Síria deixou mais de 240 mil mortos, incluindo 12 mil crianças, de acordo com um novo balanço do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). A cifra corresponde a um aumento de mais de 10 mil mortos em quase dois meses, segundo esta ONG com sede na Grã-Bretanha, que conta com uma vasta rede de fontes na Síria e que estabelece cuidadosamente o balanço de mortos desde o início da guerra.

2. Segundo seus cálculos, o número de mortos entre os civis é, até a data, de “71.781, incluindo 11.964 crianças”. A população síria atual é de 23 257 387 habitantes.