20 de dezembro de 2013

CURIOSO VAZIO DOS PARTIDOS DE CENTRO-ESQUERDA NA CÂMARA DO RIO!

1. Em todas as capitais, grandes e médias cidades brasileiras, os partidos percebidos como de centro-esquerda têm representação de vereadores nas câmaras municipais. A cidade do Rio de Janeiro é uma exceção.

2. Hoje, os partidos PC do B, PPS, PV e PSB não tem um vereador sequer. O PC do B e o PPS não elegeram nenhum em 2012. E mais recentemente o PSB e o PV perderam os seus para os novos partidos: Solidariedade e PROS.

3. Numa política inorgânica como a brasileira é esperado que a proximidade do poder atraia apoio e mandatos. Se, em 2012, PC do B e PPS não conseguiram somar legenda para eleger um só vereador, agora a percepção dos vereadores no PV e PSB é que estavam longe do poder e, dessa forma, migraram. O único vereador do PC do B não reeleito em 2012 saiu e migrou para o PT agora em 2013.

4. Uma má notícia para os candidatos a presidente e a governador relacionados com aqueles partidos. Claro, se valer o faro dos eleitores em 2012 e o desses vereadores em 2013.

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TRIBUNAL DE CONTAS RECOMENDA À PREFEITURA DO RIO QUE NÃO AUMENTE A PASSAGEM DE ÔNIBUS!

(Informe – Fernando Molica – O Dia, 20) Em sessão realizada nesta quinta-feira, conselheiros do Tribunal de Contas do Município (TCM) decidiram, por unanimidade, recomendar ao prefeito Eduardo Paes que não aumente a passagem de ônibus. Isto, até que seja concluída, pelo TCM, a análise do relatório da Comissão Especial criada em setembro para auditar o serviço de ônibus na cidade.  Como o tribunal entrou em recesso, o assunto só deverá voltar a ser discutido na segunda quinzena de janeiro. O TCM é responsável pelo controle externo da prefeitura.

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PREFEITURA DO RIO FECHA O SETOR DE ODONTOLOGIA DO HOSPITAL ROCHA MAIA!

1. (LL/MM/NN…) “A atual gestão do hospital Rocha Maia da prefeitura do Rio, em Botafogo, vai fechar o setor de ODONTOLOGIA. Alertamos aos cariocas, pois esse setor é um dos melhores centros de odontologia não só do município, mas de todo o estado do Rio. Está funcionando normalmente com mais de 5 mil procedimentos mensais… isto é um absurdo. Estão fazendo às escondidas, para numa certa manhã, estar fechado.”

2. (Ex-Blog) É mais um passo no sentido da privatização da saúde pública no Rio.

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PRIMAVERA ÁRABE: DEZ CONSEQUÊNCIAS QUE NINGUÉM CONSEGUIU PREVER!

(Kevin Connolly, correspondente no Oriente Médio da BBC, 14) A BBC preparou uma lista de fatos que, segundo analistas, não eram esperados como resultado das revoltas iniciadas em 2011.

1. Monarquias superam turbulências. As famílias reais do Oriente Médio tiveram bons resultados com a Primavera Árabe até agora. Isso é verdade tanto na Jordânia quanto no Marrocos e nos países do Golfo Pérsico. Os governos que caíram ou balançaram tinham um sistema de partido único, com forte aparato de segurança, semelhante ao adotado pela União Soviética.

2. Estados Unidos não são mais determinantes. No começo, os EUA cultivavam relações boas com Egito, Israel e Arábia Saudita em um cenário que parecia estável há anos. Mas no Egito, os americanos não conseguiram acompanhar o ritmo de mudanças, que levou ao poder o islamista Mohammed Morsi, poucos meses depois deposto pelas Forças Armadas. Os Estados Unidos seguem sendo uma superpotência, mas ela não dita mais o rumo do Oriente Médio.

3. Sunitas contra xiitas. A velocidade na qual os protestos não-armados contra regimes autoritários se transformaram em uma guerra civil na Síria chocou o mundo. Isso elevou as tensões entre os dois grupos em várias outras regiões. Na Síria, a guerra virou praticamente um confronto velado entre o Irã xiita e a Arábia Saudita sunita.

4. Irã, o vencedor. Ninguém teria conseguido prever que o Irã seria o grande vencedor da Primavera Árabe. No começo do processo, o país ficou marginalizado e enfraquecido com as sanções que vários países impõem devido ao seu programa nuclear.  A Arábia Saudita e Israel estão preocupados com a disposição americana de negociar com o Irã, mas hoje é impossível pensar em uma solução para o conflito sírio sem a participação do país.

5. Vencedores e perdedores. Escolher vencedores e perdedores é difícil. Basta olhar para o caso da Irmandade Muçulmana, principal beneficiário com a queda de Hosni Mubarak no Egito.

6. Curdos beneficiados. O povo do Curdistão, no Iraque, parece cada vez mais se beneficiar com a Primavera Árabe, podendo até mesmo conseguir fundar o seu próprio país, um antigo sonho. Mas o futuro da nação, caso venha a ser formada, não parece fácil, já que os curdos enfrentam resistências com todos os países à sua volta – Síria, Turquia e Irã.

7. Mulheres são vítimas. Na Praça Tahrir, no Egito, muitas mulheres foram às ruas para pedir que as mudanças políticas também trouxessem novidades no campo dos direitos humanos. Mas a decepção das mulheres foi grande. Muitas foram vítimas de agressões e crimes sexuais em público.

8. Impacto superestimado das mídias sociais.  No começo dos movimentos, havia bastante entusiasmo na imprensa ocidental sobre o papel do Twitter e Facebook, em parte porque jornalistas ocidentais pessoalmente gostam das mídias sociais. No começo, elas também tiveram um papel importante nos protestos, mas isso ficou limitado a pessoas mais educadas e bilíngues. Os políticos liberais, que usaram mais intensamente as redes sociais, não ganharam grande apoio nas urnas.  Já canais de televisão por satélite tiveram influência muito maior, chegando a pessoas analfabetas e que não possuem acesso à internet.

9. Bolha imobiliária em Dubai.  Há uma teoria de que o mercado imobiliário de Dubai chegou a um pico, com pessoas ricas em países instáveis – como Egito, Líbia, Síria e Tunísia – comprando casas e apartamentos em lugares mais seguros, como forma de proteger seu patrimônio.  Esse efeito teria sido sentido também em cidades como Paris e Londres.

10. De volta à prancheta. O mapa do Oriente Médio desenhado por França e Grã-Bretanha ao final da Primeira Guerra Mundial parece estar evoluindo. Foi nesta época que surgiram países como Síria e Iraque. Há muitas dúvidas sobre se esses países continuarão existindo na forma atual daqui a cinco anos.