19 de novembro de 2014

SUBORNO E EXTORSÃO: DESDE AL CAPONE ATÉ AQUI!

1. (Folha de SP, 18) Executivo admite propina e diz ter sido extorquido. O diretor de Óleo e Gás da construtora Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, afirmou à Polícia Federal que aceitou pagar propina ao esquema do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef após ser extorquido pelos dois.

2. (Al Capone, 32 anos, entrevistado por Cornelius Vanderbilt Jr em 17/10/193 -semanas antes de ser definitivamente preso em Liberty- em A Arte da Entrevista, ed. Boitempo – pág. 126) “O suborno é uma máxima na vida hoje em dia. É a lei onde nenhuma outra lei é obedecida. Ele está corrompendo este país. Dá para contar nos dedos os legisladores honestos de qualquer cidade. Os daqui podem ser contados em uma mão. A virtude, a honra, a verdade e a lei despareceram de nossa vida. Somos todos uns espertalhões. A gente gosta de fazer coisas erradas e se safar. E se não conseguimos ganhar a vida com uma profissão honesta, vamos ganhar dinheiro de outra maneira”.

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SISTEMA POLÍTICO PLURALISTA…, MAS AUTORITÁRIO POR VOCAÇÃO!  HERMANAS!

(Mariano Grondona – La Nacion, 13) 1. Nosso sistema político atual sofre de uma falha de origem. Por definição é pluralista, mas por vocação é autoritário. Em todos os países democráticos onde realmente funciona, a democracia admite a competição pela primazia entre os partidos, que ficam resignados quando não são os favorecidos da vez.

2. A falha de origem do atual governo foi, nesse sentido, não se adaptar a essa contradição. A presidenta queria ganhar “sempre”. Essa pretensão monopolista reforçou os alcances de sua ambição, quando ela estava em ascensão, tornando-se verdadeira, mas não se adaptou quando estava em baixa e não pode assimilar, portanto, os tempos de derrota. Esses tempos, agora, estão chegando. O que traz, provavelmente, é o cruel aprendizado do declínio.

3. A democracia, assim, perdura através de sucessivos sucessos e fracassos de seus partidos. É que os partidos são parte e só a democracia, com a ajuda dessas idas e vindas, forma o todo. Cristina Kirchner não conseguiu distinguir, por outro lado, entre “continuísmo” e “continuidade”. Isto é o que foi aprendido pelas velhas democracias, habitadas pela sabedoria das derrotas. Assim, o continuísmo é uma doença das democracias infantis, enquanto a continuidade é o resultado das democracias chegaram à maturidade.