19 de janeiro de 2015

CRISE DA POLÍTICA EXTERNA DO BRASIL É MUITO MAIS GRAVE QUE A ECONÔMICA!

1. Listando todos os problemas econômicos, sejam eles fiscais, financeiros, cambiais, recessão…, todos eles somados não chegam perto da crise das relações externas brasileiras, percebida internacionalmente.

2. Na gestão Lula, a política interna foi entregue aos moderados do PT e a externa aos “revolucionários”, através de Marco Aurélio Garcia. Irmandade com os bolivarianos, aproximação com o Irã, com a Líbia, com o Hamas…

3. Havia uma expectativa que com Dilma a política externa fosse suavizada. Ao contrário: foi radicalizada. Ruptura branca com os EUA por causa das invasões de sistemas eletrônicos. Isso ocorreu com todos, Reino Unido, Alemanha… Mas só o Brasil “rompeu” através da ausência simbólica de Dilma em contatos com os EUA. O Brasil de Dilma liderou a invasão dos chanceleres ao Paraguai, respaldando um golpe militar bolivariano, que não veio.

4. Em discurso na ONU, Dilma “compreendeu” o extremismo árabe. Agora suspende a ida em Davos pela posse de Evo Morales. Ora, o avião presidencial poderia levar umas 4 horas entre ir a La Paz participar da posse e levantar voo para a Suíça. Ou vice-versa. O evento dura uns 10 dias.

5. O Brasil perdeu credibilidade em todos os organismos internacionais, com exceção do bolivariano -hoje- UNASUR.  A Venezuela implode e o Brasil de Dilma é solidário irrestritamente com Maduro. A Argentina se desorganiza e Dilma lidera o apoio ao caos kircherista. E assim por diante.  Submete-se a uma política externa grupal bolivariana como no caso agora com a China.

6. E Dilma reitera que é essa a sua política externa e que a aprofundará. Troca de ministros para ganhar tempo e nada vai mudar. Uma situação de extrema gravidade que não se resolve com a nomeação de um ministro de confiança do mercado como na economia. Parceiros externos geram compromissos de médio e longo prazos. A crise da política externa brasileira não tem e não terá solução neste governo.

7. Resistência e torcida para não se agravar ainda mais.

* * *

BRASIL: “DIPLOMACIA GRUPAL”! CELAC E A CHINA!

(Emb. Roberto Abdenur – Ex-Embaixador do Brasil na China, em Washington…) 1. A CELAC é uma congregação de cerca de 30 países. O mais adequado, em termos da boa diplomacia, seria a vinda de delegação chinesa a estas bandas, para encontro com a presente cúpula dirigente da entidade.

2. O Brasil, em sua acrítica, excessiva adesão à “diplomacia grupal” hoje tão cara a nossa política externa, parece deixar cair, ao embarcar na jornada da CELAC, uma certa singularidade (ou excepcionalismo, se se quiser) de nossa parceria estratégica com a China. Passamos a ser apenas mais um entre uma trintena de súplices, genuflexos postulantes aos favores da corte imperial.

3. Espero que, para manter coerência com a prática agora encetada, a CELAC faça, de futuro, semelhantes peregrinações a Bruxelas, algumas das mais importantes capitais europeias, Washington (Império por Império…), Tóquio.

4. Vexatória, a ida em grupo dos países da CELAC a Pequim, de pires na mão. Um foro de consultas e coordenação que se preze não deveria fazer tão melancólico papel. E o Brasil embarca num bonde desses?

* * *

GOVERNOS DIZEM QUE SEM “ADITIVOS DE COMPENSAÇÃO” AS OBRAS PARAM!

1. (Ilimar Franco – Panorama Político – Globo, 18) Governadores (obs. e Prefeitos de grandes cidades), de todos os partidos estão em campo para derrubar resolução do TCU. Ela proibiu a assinatura de “aditivos de compensação”, levando à rescisão de contratos e à realização de nova licitação. Um dos governadores afirmou que a resolução do TCU transformou o país em um cemitério de obras.

2. (Ex-Blog) O TCU define as regras para todas as obras e programas que contam com recursos federais. E os TCEs e TCMs? Vão acompanhar o TCU?

* * *

DEPOIS DE 8 ANOS DE GOVERNO, POLÍCIA MILITAR-RJ VAI SER RECONSTRUÍDA!

(Da entrevista do Coronel Pinheiro Neto, novo comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro – O Dia, 18)

“O ponto principal é recuperar a credibilidade junto à população. Há fraudes, corrupção e desvios de conduta. Todo esse processo levou ao desequilíbrio administrativo e operacional. Mas vamos reconstruir a Polícia Militar. Montamos equipes que foram submetidas ao crivo do Serviço de Inteligência. Na PM, a maioria é de gente honesta e trabalhadora. Escolhemos profissionais sérios, empreendedores e com motivação.”