PARA ONDE ESTÁ INDO A POLÍTICA?
(Fernando Rodrigues – Drive, 2) 1. “A maré vem das margens”. É o que opina a edição da newsletter de Gaudêncio Torquato, consultor político de Temer.
2. Diz o texto: “As perspectivas não são muito boas para o centro político (…) Com a dispersão dos candidatos centrais, as margens ganham força.
3. Bolsonaro vê seu nome ganhando cada vez mais visibilidade (…), mesmo com Lula na prisão e inviabilidade de sua candidatura, os candidatos do lado esquerdo do arco ideológico adquirem musculatura.
4. Ciro Gomes e Marina entram no rol de probabilidades”.
5. A última esperança. Nesse quadro, a torcida governista é pela boia salvadora do mercado: à medida em que se aprofundem os riscos externos e internos para a economia, o establishment reunirá forças pela manutenção da política econômica do governo atual.
6. O extremo pode se mover. É um erro grosseiro acreditar que o “quanto pior, melhor” force uma solução pró-governo. Durante as problemas econômicos do 2º governo de Fernando Henrique Cardoso, o eleitorado também se insinuou por uma saída no extremo do espectro político. FHC e seu candidato, José Serra, acreditaram que as urnas buscariam o conforto da política econômica que produziu o Plano Real.
7. Mas o adversário se moveu. Lula resolveu amenizar seu perfil extremista. Acenou ao mercado com a chamada “Carta ao brasileiros”, em 6 de junho de 2002.
8. Acabou elegendo-se e montando uma gestão bem mais ao centro do que o petismo esperava. Nada garante que Bolsonaro, Ciro e o PT não façam agora um movimento parecido.