18 de junho de 2015

PREFEITURA DO RIO: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E ENDIVIDAMENTO! PRIMEIROS QUADRIMESTRES COMPARADOS:  2015 X 2014!

1. PRINCIPAIS RECEITAS:  janeiro-abril 2015 comparadas com janeiro-abril 2014 corrigidas pelo IPCA.

1.1. Receita Tributária.  2015: R$ 3,688 bilhões. 2014: R$ 3,730 bilhões.  Redução de (-1,1%).
1.1.1. IPTU.  2015: R$ 1,209 bilhões. 2014: R$ 1,257 bilhões.  Redução de (-3,8%).
1.1.2. ISS:  2015: R$ 1,843 bilhões. 2014:  R$ 1,812 bilhões. Crescimento de +1,7%.
1.1.3. ITBI: 2015: R$ 199,6 milhões. 2014: R$ 237,3 milhões. Redução de (-15,9%). Obs.: Demonstrando a crise no mercado imobiliário.

1.2. FPM (Fundo de Participação).  2015: R$ 68,6 milhões. 2014: R$ 80,2 milhões.  Redução de (-14,5%).

1.3. ICMS:  2015: R$ 611,8 milhões. 2014: R$ 664,5 milhões.  Redução de (-7,9%).

1.4. IPVA:  2015:  R$ 392,1 milhões. 2014: R$ 367,3 milhões. Crescimento de + 6,7%.

1.5. Operações de Crédito: 2015: R$ 598,9 milhões. 2014: R$ 255,6 milhões. Crescimento de + 134%.

Comentários. a) O ICMS do Estado no primeiro quadrimestre teve uma queda real de 37%. O da prefeitura do Rio caiu de 7,9%.  Essa aparente contradição ocorre porque o índice de participação no ICMS da prefeitura do Rio cresceu em 2015. De toda forma é um indicador do quadro recessivo.

b) A forte queda real do ITBI confirma a recessão no mercado imobiliário. A queda do IPTU (que é lançado corrigido pelo IPCA), mais suave, de 3,9%, sugere atrasos no pagamento.

c)  A queda do FPM (base imposto de renda e IPI) é outro claro indicador do quadro recessivo.

d) O crescimento do IPVA de 6,7% refere-se à dinâmica das vendas de 2014.

e)  O forte crescimento das Operações de acredito em 134% aponta para uma pressão nos investimentos relacionada ao ano eleitoral de 2016, quando esses investimentos precisam estar amadurecendo.

2. PRINCIPAIS DESPESAS:  janeiro-abril 2015, comparadas com janeiro-abril 2014 corrigidas pelo IPCA.

2.1. Pessoal e Encargos Sociais: 2015: R$ 3,719 bilhões. 2014: R$ 3,585. Crescimento de + 3,7%.

2.2. Serviço da Dívida. 2015: R$ 307,6 milhões. 2014: R$ 344,6 milhões. Redução de (-10,7%).

2.3. Investimentos. 2015: R$ 722,6 milhões  2014: R$ 378,5 milhões. Crescimento de + 90,9%.

Comentários:  a) O crescimento das despesas de pessoal é relativo à segunda metade do governo e aproximação do ano eleitoral.

b) A redução real do serviço da dívida é produto do litígio da prefeitura com o governo federal para aplicação da lei aprovada que altera os indexados da dívida pública.

c) O crescimento dos investimentos em 90,9% é próprio da curva ascendente dos investimentos na segunda metade do governo via a aproximação do ano eleitoral.

3. DÍVIDA PÚBLICA CONSOLIDADA:

Em valores reais de 30 de abril de 2015.

31/12/2014: R$ 14,311 bilhões / 28/02/2015: R$ 14,619 bilhões de reais / R$ 14,751 bilhões.

OBS.: O crescimento real de 3% da dívida pública mostra que apesar do menor serviço da dívida como desdobramento do litígio com o governo federal, o estoque da dívida pública da prefeitura do Rio de Janeiro continua crescendo. Isso ocorre pelo aumento das operações de crédito nos últimos anos, assim como pela troca de parte da dívida em reais, pela dívida em dólar para reduzir os juros da dívida renegociada em 1999.

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VENEZUELA: MADURO DESPENCA! OPOSIÇÃO CRESCE!

(El Universal, 17) Aprovação do presidente venezuelano Maduro cai a 25,8% no final de maio, segundo pesquisa Datanálisis, informou a agência Reuters.  8 em cada 10 consultados dizem que a situação do país é “negativa”.  Segundo a pesquisa o governo perderia a maioria na Assembleia Nacional nas eleições do fim do ano: 21,3% dizem que votam em seus candidatos e 40,1% dizem que votam na oposição. Leopoldo López, líder opositor preso, tem aceitação de 40,1%, e o ex-candidato presidencial da oposição Henrique Capriles tem 37,5%.

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PETROBRAS CORTA NA CARNE!

(Reuters, 17) 1. As demissões em massa têm um número previsto entre 70 mil e 100 mil pessoas. Os cortes serão principalmente de funcionários terceirizados. Causa arrepio na companhia a lembrança do último empréstimo feito quase que inteiramente para pagar gastos de custeio – por pouco não foi possível quitar a folha salarial. Mas sobrará também para a prata da casa. E a reestruturação deverá eliminar muitos cargos comissionados.

2. As desmobilizações também surpreenderão o mercado: de unidades do parque de refino à BR Distribuidora, passando pelos ativos de gás à participação em campos petrolíferos. As novas refinarias também vão todas para o beleléu. Os números podem chegar a US$ 100 bilhões. A Petrobras afirmou que ainda não há uma data definida para a divulgação do novo PNG. Consultada sobre o número de demissões e a meta para o programa de desmobilização de ativos, a estatal não quis comentar.

3. Murilo Ferreira considera fundamental esse choque de expectativa, pois o mercado não está acreditando que o governo fará uma política de reajuste dos preços dos combustíveis alinhada com a realidade. E faz bem mesmo em não acreditar. A independência de Ferreira como presidente do Conselho da estatal tem limites bem nítidos e a ortodoxia da política econômica vai até onde doem os calos do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ou seja, até o ponto em que não existe uma pressão maior sobre a inflação.  A Petrobras deve atrasar os detalhes dos grandes cortes de investimentos previstos para o seu Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 até julho, disseram duas fontes à Reuters, quando o governo planeja anunciar um programa de resgate para a indústria.

4. A Petrobras, em meio a um escândalo de corrupção e lutando contra a queda dos preços do petróleo, a produção estagnada e a maior dívida mundial acumulada por uma petroleira, havia planejado anunciar uma profunda redução de investimentos, de cerca de 30 por cento, até o fim de junho. No entanto, executivos da companhia depararam-se com resistência interna e política aos cortes, dado o importante papel que a empresa desempenha na economia brasileira, afirmou à Reuters um executivo sênior da Petrobras com conhecimento direto das discussões da empresa. O anúncio será adiado pelo menos até julho, para coincidir com um programa de resgate do governo para o setor, afirmou uma segunda fonte, um membro sênior da base governista da presidente Dilma Rousseff.