17 de julho de 2017

O JULGAMENTO DE LULA E O QUADRO ELEITORAL DE 2018!

1. A condenação do ex-presidente Lula a 9 anos de prisão poderá ou não eliminá-lo do processo eleitoral de 2018. O presidente do TRF da quarta região, em entrevista a seguir da condenação, afirmou que acredita que em um ano a segunda instância de desembargadores se pronunciará.


2. A inviabilidade eleitoral só ocorre quando o pré-candidato é condenado em segunda instância, no órgão colegiado de desembargadores. Mas isso terá que ocorrer até o registro eleitoral das candidaturas após o período das convenções partidárias.


3. Estas ocorrem no mês de julho, e os TREs e o TSE, no caso de eleição presidencial, devem se pronunciar 15 dias após o término das inscrições.


4. Sendo assim, se o TRF-4 só julgar em segunda instância na segunda quinzena de agosto, não haverá impedimento para a candidatura de Lula.


5. Vindo a confirmação da condenação -seja pela mesma pena, seja por pena maior ou menor- em setembro ou outubro, por exemplo, a condenação em primeira instância será tema eleitoral mas não impeditivo.


6. TRF-4 tem confirmado as condenações do juiz Sérgio Moro -a mesma, a mais ou a menos- em mais de 90% dos casos. O caso Lula é muito diferente de Vaccari, onde só havia delações, sem nenhum tipo de prova. A segunda instância voltará a condenar Lula – a mais, a menos ou a mesma pena.

7. Mas quando o fizer, o prazo de considerá-lo inelegível para a eleição de 2018 poderá estar ultrapassado.


8. Se Lula obtiver votação para ir ao segundo turno, o que provavelmente fará o MPF e MPE será questionar junto ao TSE a sua diplomação. No caso da diplomação ser sustada pelo TSE, ocorrerá uma chamada para nova eleição, provavelmente entre os 2 candidatos mais votados. Não sendo, virão os recursos ao STF e a turbulência.


9. Portanto, o momento do julgamento na segunda instância do TRF-4 é crucial para a normalidade eleitoral. Ocorrendo até a primeira quinzena de julho a decisão, o registro eleitoral trará tranquilidade eleitoral. Depois, e com confirmação da punição por qualquer prazo, no caso da vitória de Lula, as incertezas prosseguirão até a diplomação em dezembro.