PESQUISA MITOFSKY 2015: APROVAÇÃO DOS PRESIDENTES EM TODO O MUNDO!
AMÉRICA LATINA:
a) Os mais bem aprovados: Danilo Médina (R. Dominicana) 89% / Evo Morales (Bolívia) 75% / Varela (Panamá) 63% / Corrêa (Equador) 61% / Ortega (Nicarágua) 57%.
b) Os pior aprovados: Maduro (Venezuela) 26% / Cortes (Paraguai) 25% / Solis (Costa Rica) 20% / Humala (Peru) 17% / Dilma (Brasil) 10%.
EUROPA, ÁSIA, AUSTRÁLIA:
a) Os mais bem Orovados: Putin (Rússia) 89% / Grybauskaite (Lituânia) 67% / Merkel (Alemanha) 66% / Aquino (Filipinas) 54% / Cameron (Reino Unido) 49% / Tsipras (Grécia) 45%).
b) Os pior aprovados: Abbott (Austrália) 34% / Rajoy (Espanha) 25%/ Hollande (França) 19%.
Conheça o relatório completo com todas as tabelas (19 páginas).
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MANIFESTAÇÕES POPULARES NO EQUADOR!
1. O Equador vive um estado de permanente e acentuada polarização. As recentes mobilizações populares contra o Presidente Rafael Correa vêm durando pouco mais de um mês. Dentre as causas mais próximas dessa agitação social estão as tentativas governamentais de gravar as heranças e de aplicar a mais valia sobre os bens imóveis – esta lei contempla o pagamento sobre os lucros por revalorizações ligadas a especulações ou a projetos de investimento público.
2. Ainda que o Chefe de Estado haja retirado temporariamente as propostas de lei nesses sentidos, o mal estar da cidadania permaneceu nas ruas, impulsionado por outros fatores. Segundo levantamento em junho da empresa de sondagens de opinião Cedatos, 45% da população desaprovam a gestão de Correa, inclusive por certas demandas ignoradas. Dentre estas estão as leis de Justiça Trabalhista e de Águas. São também contrárias à população certas propostas de emendas constitucionais, como as que incluem a reeleição presidencial indefinida, o livre acesso às universidades e a criminalização dos protestos populares.
3. O discurso do atual governo é no sentido de que haja paz social. Sua mensagem aos opositores, que pediam em redes sociais vaiar o presidente, é que isso deixa mal a imagem do país – “Si buscanhacerle daño al presidente, le harán daño a lapatria”, disse Correa ao começo deste mês, às vésperas da visita a Quito do Papa Francisco. O espírito autoritário de Correa está no substrato das manifestações populares dos últimos dias, que não aceitam a gestão ditatorial e permanente do atual chefe de estado.
4. Por outro lado, as políticas econômicas de Correa nos últimos anos levantaram um clima de dúvidas e de tensões, concorrendo para reforçar a oposição a ele. Por exemplo, a denúncia de 13 acordos bilaterais de investimentos, inclusive com os EUA, geraram incertezas e desestímulos ao investimento privado. A China se tornou o principal financiador do Equador desde que o país entrou em default em 2008 – US$ 9,9 bilhões para o financiamento de projetos petrolíferos, projetos de financiamento e projetos de apoio orçamentário em dezembro de 2013.
5. Os investimentos estrangeiros no Equador caíram para os mais baixos níveis da região como resultado da instabilidade e da fraqueza das leis. Em 2014, a produção de petróleo registrou um pequeno aumento, mas os respectivos preços se situaram nos níveis mais baixos dos últimos anos. Assim, a balança comercial registrou um déficit de US$ 1,1 bilhão. O Equador descriminalizou as violações do direito de propriedade em fevereiro de 2014. Em março de 2014, impôs tarifas adicionais de 5% e 45% sobre 32% das importações por 15 meses. Não são obviamente medidas populares.
6. O Equador tem uma substancial dependência do petróleo, que representou mais da metade das exportações e 25% da arrecadação fiscal do setor público nos últimos anos. Sua produção e sua exportação foram estimadas em 2013 em, respectivamente, 527.204 e 413,000 barris/dia. Mas o petróleo é um produto com preços com tendência cadente no mercado mundial. Não é outro fator que concorra para fortalecer Correa.
7. Quito e Guayaquil foram em 25 de junho passado os mais importantes centros de manifestações populares contra Correa, lideradas por sindicatos, indígenas e organizações políticas que se mobilizaram aos gritos aos gritos de “Fora Correa, Fora!”. Foram elas incentivadas por seus prefeitos oposicionistas, respectivamente Maurício Rodas e Jaime Neobot. Ambos criticaram duramente as leis que procuraram aumentar os impostos sobre heranças e mais valia, bem como exigiam a saída de Correa do poder. Já Correa acusou os opositores de impulsionarem tentativa desestabilização e defendeu suas políticas, orientadas a seu ver para lograr o bem estar social e a justiça social da maioria da população.
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PROBLEMAS NA MÍDIA!
(Radar on-line – Lauro Jardim – VEJA, 16) 1. Nuno Vasconcellos, dono do Ongoing, e Evanise dos Santos, diretora de marketing do grupo, foram ao Palácio do Planalto anteontem para tentar convencer Edinho Silva a ajudar.
2. Vasconcellos antecipou a Edinho que fecharia o Brasil Econômico amanhã e outras más notícias que se tornarão realidade em breve no grupo, se algum auxílio não for dado. O Ongoing é dono também de dois jornais populares no Rio de Janeiro (O Dia e Meia Hora) e do portal iG.