ELEIÇÕES 2014 CONTRARIAM PROJEÇÕES DE PROTESTOS 2013! APONTAM UMA POLÍTICA MAIS CONSERVADORA!
1. Os protestos, passeatas, manifestações, quebra-quebra, black blocs…, ocorridos em 2013, desde junho, projetaram cenários convergentes nas eleições de 2014. As projeções indicavam que as ruas estariam aquecidas com protestos, que a proporção de abstenção, votos brancos e nulos cresceria.
2. Imaginava-se que as portas do Congresso seriam abertas para os candidatos com o perfil dos protestos e que seriam alavancados pelas redes sociais. E que as redes sociais estariam mais ativas do que nunca, agitando temas e perfis da antipolítica engajada, como o MV5, na Itália.
3. Mas nada disso aconteceu. As ruas estavam frias e continuam ainda mais frias neste segundo turno sem candidatos a deputados. E as eleições exaltaram, com grande quantidade de votos, parlamentares conservadores ou de antipolítica recreativa.
4. As 3 “capitais” brasileiras, Rio, SP e Brasília, foram exemplos. Eleitos, liderando as votações, Bolsonaro e Romário no Rio, Russomano e Tiririca em SP, e o coronel (r) Fraga em Brasília. No caderno ALIÁS, do Estado de SP (12), o DIAP afirma que esse é o Congresso mais conservador desde 1964. Nessa mesma matéria, o sociólogo Wagner Romão, da Unicamp, diz que “podemos esperar para os próximos quatro anos um legislativo mais refratário a mudanças na ampliação dos direitos humanos, na questão da homofobia ou do aborto, a favor de modificações quanto à maioridade penal”.
5. Romão afirma que esta é uma tendência que já havia ocorrido no Congresso, resultante das eleições de 2010 e acentuado agora em 2014.
6. Paradoxalmente, na eleição presidencial de 2010 venceu o PT. Paradoxalmente? Ou os “estímulos” mensaleiros e petroleiros para “pacificar” parlamentares produziram candidatos financeiramente mais competitivos? Os excessos publicitários e de mídia em relação à opção sexual e comissão da verdade construíram o polo conservador oposto? Provavelmente ambos.
7. E a crise econômica? Quem sabe os ares e sabores europeus ajudem a explicar que a resposta à crise econômica atual no imaginário popular não passa pela esquerda?
8. Esses aparentes paradoxos –executivo/legislativo- precisam ser analisados com calma pelos pesquisadores. Incluindo o segundo turno e as eleições para governadores Brasil afora, poderemos apontar outro subproduto do ciclo lulo-dilma-petista: o caminho político conservador, em direção à direita.
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15% DECIDIRAM VOTO PARA PRESIDENTE NO DIA E NA VÉSPERA! IMAGINEM PARA DEPUTADOS!
(Folha de SP, 16) A atual rodada da pesquisa Datafolha mostra que 15% do eleitorado decidiu o voto para presidente da República na última hora. 9% definiram voto no dia do 1º turno. Outros 6% dizem que escolheram em quem votar para presidente na véspera da eleição. A uma semana da eleição foi a resposta de 8%. Outros 11% dizem que a decisão foi firmada 15 dias antes da eleição. Os eleitores com menos renda são os que mais decidiram no dia da eleição, 11% deles responderam assim. O maior grupo, 67% do total, afirmou ter decidido pelo menos um mês antes da data do primeiro turno.
Obs. 1. No total, 34% decidiram em quem votar para presidente nos últimos 15 dias.
Obs.2. É perda de tempo começar a campanha 90 dias antes da eleição e gastar dinheiro até a entrada da TV, 45 dias antes.