16 de janeiro de 2014

SUCESSÃO NOS GOVERNOS: IMAGENS E MARCAS!

1. Num sistema de reeleição, o básico para a reeleição de quem governa é sua imagem, que pode até se descolar da avaliação de seu governo. Mas depois de 2 mandatos, a escolha do sucessor de quem governa é algo mais complexo.

2. Os dois caminhos mais evidentes são: a) colar na imagem –quando muito positiva- de quem sai e transformar o terceiro mandato numa espécie de eleição indireta de quem governa. Assim fez Lula em 2010, realizando uma pré-campanha de longo prazo, colando, lastreando Dilma com sua imagem. b) colar o candidato na marca do governo, na garantia de continuidade daquilo que o governo fez e o eleitor aprova, como ocorreu no Rio em 1996.

3. Dilma já não conta com a transferência pura e simples da imagem de Lula. Conta com sua imagem positiva. Mas seu governo não tem marcas ou, se tem, não são positivas. Para se equilibrar entre estes dois polos, Dilma terá que contar com a “impessoalidade” de seus adversários e com a dificuldade de que estes produzam marcas –como expectativa- num processo eleitoral curto, cortado pela Copa do Mundo no país. Ou seja: sua reeleição, em grande medida, depende da performance de seus adversários.

4. O binômio inflação-economia não a ajuda. Em 1998 FHC foi reeleito com uma inflação de 1,65%. Em 2002, seu candidato foi derrotado com uma inflação de 12,53%. Em 2006, Lula foi reeleito com uma inflação de 3,14%. Em 2010, elegeu Dilma colada à sua imagem, com uma inflação de 5,91%, mas um crescimento econômico de 7,5%. Agora, em 2014 –se repetir 2013- Dilma vai com uma inflação de 6% e um crescimento de 2%. Uma equação que exigirá apelar ao máximo para sua imagem e ainda a de Lula.

5. No caso do Rio, a situação do PMDB é de muito difícil superação. A imagem de quem governa é muito negativa e não poderá ser usada como âncora. O governo Cabral não tem marcas para propor a continuidade. E o perfil de seu candidato não constrói um personagem. Se até julho ficar assim, será um caso perdido.

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CALATRAVA E SEUS PROBLEMAS! MUSEU DO AMANHÃ DE CALATRAVA: R$ 215 MILHÕES ATÉ AQUI E 21.500 REAIS POR M²!

1. (Folha de SP, 15) 1.1. Calatrava constrói agora, no Rio, o Museu do Amanhã, que também já teve um salto de R$ 130 milhões para R$ 215 milhões no orçamento –gestores da obra se recusam a divulgar quanto o arquiteto recebeu pelo projeto executivo. Dois anos depois de quando deveria ter sido concluído, menos da metade da obra na zona portuária está pronta, adiando a entrega para 2015.  Em nota à Folha, a Prefeitura do Rio, que desenvolve o projeto do museu em parceria com a Fundação Roberto Marinho, afirmou ter “uma boa relação” com o arquiteto e que o aumento do orçamento se deve a obras de reforço nas fundações do terreno, que não estavam previstas.

1.2. Despencaram pedaços da cobertura de azulejos da Ópera de Valencia, forçando há duas semanas a interdição do prédio desenhado pelo espanhol Santiago Calatrava. Em Valencia, onde Calatrava nasceu, a prefeitura diz que “é problema dele” para refazer a cobertura do Palácio das Artes, inaugurado há oito anos a um custo de R$ 1,5 bilhão –o arquiteto ganhou R$ 302 milhões pelo projeto. Esses são só os capítulos mais recentes da derrocada de Calatrava, que responde a processos no resto da Espanha e da Europa por falhas estruturais e de planejamento em seus megaprojetos.

2. (Ex-Blog) O Museu do Amanhã, no Rio, no Píer da Praça Mauá, tem 10 mil m², ou 21.500 reais por m². Cidade das Artes/Música (muito mais complexa), com 87.403 m², teve custo por m² igual a 30% do Museu do Amanhã.

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DESABA DE 40% PARA 24% A OFERTA DE EMPRESAS NACIONAIS EM VÔOS INTERNACIONAIS NO GALEÃO NO RIO!

1. (Flavia Oliveira- Negócios & Cia – Globo,15) Caiu pela metade a participação de empresas brasileiras na operação de voos internacionais no Galeão em três anos. De janeiro a novembro de 2013 as aéreas nacionais respondiam por 557 dos 2318 voos internacionais no aeroporto (24%). Em 2011 a fatia era duas vezes maior: 1099 voos num total de 2748 (40%).

2. (Ex-Blog) Cabral e Paes se mantêm calados, ocultos. Com todos os eventos internacionais no Rio, essa perda só mostra inação governamental.

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“FLASH MOB” NOS EUA: “ROLEZINHOS” NO BRASIL!

(BBC, 16) Nos EUA, grupos têm organizado flash mobs em shopping centers; episódios muitas vezes terminam em confrontos.  Um encontro de adolescentes, convocado pelas redes sociais, realizado dentro de um shopping center – e que acabou em confusão e confrontos com a polícia. A descrição, que poderia servir para um “rolezinho” em São Paulo, é na verdade de um “flash mob” ocorrido em 26 de dezembro no Brooklyn, em Nova York.  No Brooklyn, o Kings Plaza Shopping Center foi palco de um encontro de ao menos 300 jovens, convocados pelas redes sociais. Testemunhas disseram à imprensa local que eles gritavam, empurravam transeuntes e roubaram lojas. O shopping acabou fechando as portas por uma hora, informa o New York Post.

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TAXA DE MORTALIDADE POR CONSUMO DE ÁLCOOL NO BRASIL É MAIOR QUE A DE HOMICÍDIOS EM SP! BEBIDA DESTILADA MAIOR RESPONSÁVEL!

(Globo, 15) 1. Quase 80 mil pessoas morreram nas Américas por doenças que tiveram como causa principal o abuso no consumo de álcool entre 2007 e 2009. O estudo foi feito pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas) com o objetivo de alertar os órgãos responsáveis do continente sobre a gravidade do problema: dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que a média de consumo anual de álcool na região é de 8,7 litros por habitante, bem maior do que os 6,1 litros ingeridos no mundo.

2. A pesquisa dividiu os países em três categorias: taxa de mortalidade alta (acima de 12 mortes por 100 mil habitantes), média (entre 6 e 11,9) e baixa (menor que 6). O Brasil ficou no grupo de maior incidência, com 12,2, atrás de México (17,7), Nicarágua (21,3), Guatemala (22,3) e El Salvador (27,4).

3. O país de menor incidência foi a Colômbia, com 1,8 óbito, seguida de Argentina (4), Canadá (5,7), Venezuela (5,5), Costa Rica (5,8) e Equador (5,9). Cuba (6,2), Estados Unidos (6,7), Peru (6,8), Paraguai (7,1) e Chile (11,6) apresentaram índice médio.

4. No Brasil se tem a falsa ideia de que o consumo intenso é algo cultural, mas na verdade foi um comportamento produzido pela indústria. Nos comerciais, por exemplo, é obrigatório o aviso de “beba com moderação”, mas nas mesas há sempre dez ou mais cervejas. Não há moderação nisso.

5. Apesar de a bebida destilada ser a mais consumida nos países com alta taxa de mortalidade, chegando a representar 69% das bebidas alcoólicas ingeridas na Guatemala, no Brasil e no México a preferência é pela cerveja, que corresponde a 54% e 78% do consumo, respectivamente.