15 de maio de 2014

VAI HAVER SEGUNDO TURNO? DEPENDE! IR VOTAR DEVE SER AGENDA DA OPOSIÇÃO!

1. A queda de Dilma nas intenções de voto e especialmente em sua avaliação, situando-a um pouco cima dos 35%, colocou em destaque na imprensa e na palavra dos analistas, que agora não há dúvida: haverá segundo turno. Será? Depende!

2. Em 2006 e 2010, Lula e Dilma alcançaram 43% dos votos dos que foram às urnas. Para vencer no primeiro turno teriam que alcançar 46% dos votos nas urnas. Se somarmos a abstenção (21% em 2010 e 17% em 2006), para vencer a eleição no primeiro turno teriam que alcançar 36% em 2010, e 37% em 2006, de todos os eleitores inscritos.

3. Chamemos de “Não Voto” –NV- a soma dos votos em branco, nulos e abstenção. Hoje há uma clara tendência de o NV crescer em 2014. Em 2010 o NV alcançou 28% e em 2006 o NV alcançou 25% do eleitorado, portanto já apontando a um crescimento proporcional, sensível, de 12%. Agora, em 2014, quanto mais crescerá? E a quem favorecerá?

4. Na pesquisa do Datafolha de maio, 57% dos eleitores afirmaram que não votariam se o voto fosse voluntário. Pela primeira vez essa porcentagem ultrapassa os 50%. Entre os que votariam em Dilma, 43% disseram que não iriam votar se o voto fosse voluntário. Nos de Aécio, 58% e nos de Campos 62%.

5. Portanto, se pode afirmar –hoje- que quanto maior o NV, mais se beneficia Dilma. Isso é natural. Os que protestam e querem mudar (mais de 70%), tendem a votar contra o governo.  Se a indignação e a vontade de mudança levarem o eleitor a não ir às urnas e pagarem a multa módica de R$ 3,50 reais ou votarem em branco ou nulo, Dilma se beneficia.

6. Se em 2010 e 2006 a maioria absoluta dos eleitores inscritos se alcançou com 36%/37%, é provável que se alcance em 2014 com menos.

7. Portanto, uma AGENDA de campanha se impõe aos candidatos. A Dilma conclamar SEUS eleitores a votar. A Aécio e Campos, conclamar TODOS os eleitores a ir votar, mostrando que mudar é votar, que indignar-se é votar.

8. Lula e Dilma venceram com 31% e 32% do eleitorado. De outra forma pode se ter uma situação curiosa: Dilma, com uma proporção menor do eleitorado que Lula (2006) e Dilma (2010), vencer a eleição no primeiro turno.

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OS CONCEITOS DO PT DE LIBERDADE DE IMPRENSA! 

“A liberdade de imprensa é um princípio que se tem exagerado e que começa a perder seu prestígio no mundo inteiro. Está liberdade deve ser limitada no momento em que ela começa  entrar em conflito com os interesses do povo e do Estado. A liberdade ilimitada da imprensa é uma concepção liberal, tendo-se verificado, não somente em nosso país como no mundo inteiro, que sua aplicação no quadro do Estado democrático acabou por tornar-se perigosa ao interesse público. ”

(Goebells, apresentando a nova lei de imprensa de 20/12/1933). (Cadernos do CHDD -número 21- página 250).

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FALTOU ÉTICA E MORAL NOS ACORDOS DO PREFEITO PARA OS JOGOS OLÍMPICOS-2016!

(Economia Verde – Agostinho Vieira – Globo, 15) Aliás como acaba de fazer o prefeito Eduardo Paes com o Comité Olímpico Internacional. Prometeu mundos e fundos pra receber os Jogos Olímpicos na cidade e agora diz que não tem fundos para cumprir as promessas. E o pior é tratar isso com naturalidade. Fazia parte da estratégia. Se esse é o parâmetro ético e moral, não dá para reclamar do oportunismo dos garis e professores.

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ELEIÇÕES EUROPEIAS: 71% VOTAM NELAS PELA PRIMEIRA VEZ!

(Kenneth Maxwell – Folha de SP, 15) 1. O eleitorado, (eleições de 25/05 para o parlamento europeu), agora abarca 28 países, mas 71% dos cidadãos da UE com menos de 25 anos não votaram na eleição anterior. Pesquisa recente do “Financial Times” e do Instituto Harris constatou que, na Alemanha, 58% dos eleitores pretendem votar em partidos que defendem a manutenção da UE –na França o índice cai a 43% e, no Reino Unido, a 29,6%. Neste, 36% dizem que votarão em partidos que apoiam abandonar a UE e 35% se declaram indecisos.

2. O “déficit democrático” da Europa jamais ficou tão exposto. O Ukip (Partido pela Independência do Reino Unido), de Nigel Farage, já empurrou a política britânica para a porta de saída. Na França, Marine Le Pen, da Frente Nacional, planeja uma aliança para demolir o que define como “o monstro de Bruxelas”. Na Itália, Beppe Grillo está em segundo nas pesquisas e pode conquistar 25% dos votos –mesmo índice do Partido do Povo Dinamarquês, que faz campanha contra a UE, o multiculturalismo e a imigração. O quadro é o mesmo na Holanda, Áustria, Finlândia e boa parte da Europa oriental. Os partidos céticos sobre a UE podem conquistar um terço dos votos e até 200 dos 751 assentos do próximo Parlamento.

3. Só 22% dos pesquisados estão satisfeitos com a atual situação de seus países. Os menos satisfeitos são os gregos (5%), os espanhóis (8%) e os italianos (9%). Na Alemanha, 59% dizem que seu país está na direção certa. Nos sete países pesquisados, 52% dizem que os imigrantes são um fardo por ocupar empregos e receber benefícios e 55% querem a admissão de menos imigrantes, incluindo maiorias na Itália, Grécia, França e Reino Unido.