NACIONALIZAÇÃO DO CARNAVAL: PRIMEIRO O RIO, DEPOIS SALVADOR!
1. As Escolas de Samba do Rio, a partir de Pamplona, no Salgueiro, incorporaram todas as manifestações do Carnaval no Desfile: Corsos, Carros Alegóricos, Grandes Fantasias…, e com Joãozinho Trinta, na Beija Flor, transformaram as alas em blocos, desfilando de forma compacta e o samba enredo, em samba-marcha enredo…
2. O Desfile se transformou em Espetáculo e, com isso, passou a ser importado por tantas outras cidades, grandes ou pequenas, em S. Paulo grandes passistas, mestre-sala (Delegado), porta-bandeira, ritmistas…, foram contratados, formando uma universidade do Desfile. Com isso, o Desfile de S. Paulo cresceu. Em 1993, o diretor do desfile na TV Globo dizia ao prefeito do Rio que S. Paulo estava passando o desfile do Rio de sábado e que era necessário levantá-lo.
3. Isso foi feito e as arquibancadas passaram a ficar cheias, com as escolas do grupo de acesso com mais recursos, algumas até articuladas a escolas do grupo especial. Essa tecnologia foi sendo levada a centenas de cidades pelo Brasil afora.
4. O Desfile dos Blocos teve como matriz o Rio, numa disputa na Av. Presidente Vargas, que terminou sendo um mega desfile de dois grandes Blocos: Bafo do Onça e Cacique de Ramos, que começaram a pautar os sucessos do Carnaval nos bailes e nas ruas. Fora desse grande desfile, os blocos nos bairros eram carregados de espontaneidade.
5. O Cordão do Bola Preta e depois a Banda de Ipanema abriram o processo de grandes blocos de rua, sendo que a Banda de Ipanema espetacularizou o Bloco, atraindo artistas, intelectuais…, e ganhando destaque. Mas tanto nesses como nos Blocos -de sujos- como muitos eram conhecidos, como nos maiores e mais tradicionais, a base era uma bateria e uma banda de sopro, como as bandinhas de carnaval e as bandas-orquestras dos bailes: percussão e sopro.
6. Enquanto isso, Salvador desenvolvia os blocos com tecnologia própria. Os blocos cresciam e para sustentá-los havia a necessidade de propagação do som. Baterias e bandas não davam conta. Os Trios Elétricos entraram nos anos 50 e mais tarde ofereceram as condições para que o Bloco se tornasse multitudinário, pela propagação do som em um ou mais Trios Elétricos. Foram criados os cercadinhos pagos para proteger os que compravam as “fantasias comuns” ou abadás, para diferenciar a estes, distribuir cerveja, refrigerantes…
7. A tecnologia introduzida pelos Trios Elétricos abriu a possibilidade de outros ritmos e vários instrumentos elétricos e eletrônicos depois, como guitarras. Passaram a ter uma coreografia própria e a introduzir novos sons e ritmos a cada Carnaval, sucessos depois.
8. Com o retorno dos Blocos no Rio, no início dos anos 90, a partir da técnica tradicional de bateria e banda, o exemplo de Salvador e a migração de cariocas para o Carnaval de Salvador (o atual prefeito do Rio foi um exemplo disso), foi atraindo novos blocos e novos participantes. Quando os blocos começaram a ganhar gigantismo a partir do fim dos anos 90, o sistema bateria-banda já não dava mais conta.
9. Os Blocos do Rio se multiplicavam e se agigantavam. Como dar unidade ao bloco e ao som? Claro, importando a tecnologia de Salvador dos Trios Elétricos. E assim foi. Com isso, o Carnaval ganhou unidade nacional. Com as Escolas de Samba -cada vez mais com a matriz no Rio, pela sofisticação, luxo e complexidade, a ponto de despertar o interesse de “patrocinadores”, até países para popularizar suas identidades. O Desfile das Escolas de Samba do Rio disparou.
10. E os Blocos, pelo Brasil todo, ganharam gigantismo, apoiando-se na tecnologia dos grandes blocos de Trios Elétricos de Salvador numa segunda etapa. Ganha o Carnaval, ganham os foliões, ganham as cidades, ganham os turistas, ganham todos. Rio e tantas cidades devem se orgulhar dos blocos terem crescido tanto, em base a Salvador. E em todas as cidades do Brasil, da mesma forma adaptando o Desfile das Escolas de Samba do Rio, cujo principal exemplo é S. Paulo, cujo desfile chegou a se igualar ao grupo se acesso do Rio.
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ECONOMIA DE PORTUGAL ENCOLHE 3,2% EM 2012!
A economia portuguesa contraiu 3,2% em 2012, segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Só no último trimestre do ano, o PIB caiu 3,8%, devido à redução da demanda externa, com a descida menos acentuada das importações e a redução das exportações de bens e serviços. No terceiro trimestre de 2012, a contração do PIB foi de 1,8%. A quebra da economia no último trimestre só foi ultrapassada pela Grécia, que contraiu 6%.
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O BOOM ECONÔMICO DA ÁFRICA E SEUS DESAFIOS!
(BBC, 13) 1. Segundo a consultora McKinsey, o PIB da África dobrou nos anos 80 e 90. De acordo com The Economist, seis países africanos estão dentre os com mais crescimento no mundo nos últimos 10 anos. Há um crescente otimismo na África devido à exploração de petróleo e de gás natural, primeiramente, em Angola e na Nigéria, mais recentemente em Gana, Tanzânia, Moçambique, Etiópia, Uganda, Quênia, Serra Leoa e Somália.
2. Segundo um informe da Situação Econômica Mundial, a África crescerá 4,5% este ano, apesar da desaceleração econômica mundial, ainda que com inevitáveis disparidades nacionais e regionais. A segunda economia daquele continente, a Tanzânia, crescerá 7% este ano. Mesmo as nações mais atribuladas, alcançarão elevados graus de crescimento: Serra Leoa (14%) e Gana (7,8%).
3. A Nigéria é um exemplo das oportunidades e dos perigos da atual etapa de desenvolvimento. Maior produtor de petróleo e de gás na África, sofreu com corrupção, desperdício e pobreza. A Nigéria não tem uma refinaria de petróleo porque existe uma elite que ganha dinheiro importando. O cacau, que poderia ser exportado na forma de chocolate. Botswana é um dos poucos países africanos que logrou dar um salto na exploração de um produto primário (diamantes), com um valor agregado (gemas), que multiplicou o emprego e a riqueza nacionais.
4. Gana, Moçambique e Tanzânia criaram fundos especiais autônomos para administrar a riqueza energética, empregando-os para o desenvolvimento econômico e social. Seu modelo é o da Noruega, onde se constituiu um fundo soberano. Muitos países africanos se encontram diante de uma nova encruzilhada: repetir o fracasso do passado ou promover o desenvolvimento no futuro, adotar o modelo da Nigéria ou o da Noruega.