15 de abril de 2014

PESQUISAS: CONHECIMENTO DO NOME, INTENÇÃO DE VOTO E REJEIÇÃO!

1. Um dos destaques dos analistas nas pesquisas eleitorais é correlacionar o potencial dos candidatos com o conhecimento de seus nomes e com a resposta “não votaria de jeito nenhum”.  A correlação pode existir, mas de jeito algum é uma simples regra de três ou projeção por extrapolação.

2. Comecemos pelo conhecimento do nome. A proporção dos que não conhecem um candidato é uma média nacional de coisas muito diferentes. Para entender, vejamos um exemplo limite, extremo. Campos é conhecido de 100% dos eleitores de Pernambuco e Aécio de 100% dos eleitores de Minas Gerais.

3. Dessa forma, haveria que fazer dois ajustes para projetar o potencial de voto. Um deles é o regional. É provável que o potencial de crescimento de Aécio no nordeste, ao ser conhecido, seja bem menor que no sudeste e no sul. O outro é o social. Exemplo: uma taxa de desconhecimento nos segmentos de baixa renda (onde Dilma lidera), quando for sendo reduzida pela exposição na campanha, terá impacto menor para Campos e Aécio do que uma simples projeção sobre a média.

4. O outro ponto é a taxa de rejeição. Em primeiro lugar, os que não conhecem um candidato tendem a dizer que não votariam nele de jeito nenhum. Em segundo lugar há os que marcam em todos o –não votaria de jeito nenhum- o que deve ser eliminado por não ter foco pessoal.

5. Finalmente há a rejeição comparada. O eleitor que rejeita, por exemplo, 2 candidatos (ou 3…), se os dois estiverem disputando o seu voto, tende a fazer o chamado voto útil, escolhendo um deles, o que menos rejeita. Outro fator a ser corrigido nas pesquisas.

6. Por isso, a rejeição nas pesquisas deve ser medida não um a um, mas colocando a lista dos candidatos, exatamente como nas intenções de voto e pedindo que escolham aquele que mais rejeita. Com isso, se tem a rejeição líquida, que é a mais importante numa campanha eleitoral.

7. Portanto, cabem as assessorias dos candidatos mergulhar nas múltiplas possibilidades de cruzamentos para analisar o potencial efetivo de voto hoje e ajudar a orientar as campanhas, de forma a antecipar –priorizando- os melhores vetores de potencial de crescimento, focalizando sua comunicação aí.

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DATAFOLHA CRIA O –IDC- E MOSTRA PESSIMISMO CRESCENTE!

(Folha de SP, 14) 1. Para calcular a evolução do humor geral da população, o instituto criou agora um novo indicador, o Índice Datafolha de Confiança (IDC), produto das avaliações de uma cesta selecionada de temas investigados com frequência em suas pesquisas. O IDC varia de zero a 200. Quanto mais alto for o IDC, portanto, maior é o grau de confiança e otimismo. Quanto mais baixo, pior a situação. Acima de 100, o sentimento é positivo. Abaixo desse patamar, negativo.

2. Em março de 2013, quando a presidente Dilma Rousseff batia seu recorde de popularidade (65% de aprovação), o IDC brasileiro era 148. Positivo, com larga margem. Com base nos dados da última pesquisa, realizada nos dias 2 e 3 de abril, o Datafolha apurou que o IDC dos brasileiros caiu para 109. Continua positivo, mas agora com uma margem estreita. O recuo de 39 pontos no intervalo de pouco mais de um ano equivale a uma queda de quase 20% no sentimento geral de confiança dos brasileiros no país.

3. Dos sete temas que compõem o índice, em quatro categorias, o IDC ficou abaixo de 100, o patamar médio. A pior delas é a expectativa de inflação, com índice 17.

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DISSIDÊNCIAS NA CENTRO-DIREITA CHILENA: EVÓPOLI E AMPLITUD!

Dois movimentos foram criados de dentro da Aliança (UDI e RN), centro-direita chilena. O Evópoli –evolucion política- (http://www.evopoli.cl/portal/) e o Amplitud. Evópoli surge de um grupo jovem que trabalhou no governo Piñera e Amplitud de uma clássica dissidência de dirigentes incluindo 3 deputados e uma senadora. Na medida em que o ex-presidente Piñera sinalizou seu descompromisso com a RN, o surgimento dos dois movimentos apontam para uma tendência piñeirista. Sinalizam um caminho mais próximo ao Centro que à direita e nova prática política interna, não autoritária. Pretendem se transformar em partidos políticos – isoladamente ou fundindo-se. Criticam as doutrinas econômicas e morais guzmanianas (Jayme Guzmán jurista, fundador da UDI, senador assassinado por um grupo de extrema-esquerda em 1991). E se dispõe a disputar em dois anos, as eleições municipais.

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CHINA E EUA: COMÉRCIO, GASTOS MILITARES E ESTRATÉGIAS! 

(Jorge Castro – Clarín, 06) 1. A sequência das exportações chinesas é a seguinte: eram 31% maiores do que dos EUA em 2009 cresceram para 62% em 2012 e irão dobrar em 2015. Enquanto isso, a China aumenta sistematicamente os gastos militares. Em 2013 totalizaram 114,5 bilhões de dólares (+10,7% em relação a 2012) e é o segundo gasto no mundo depois dos EUA. O gasto do setor de defesa nos EUA alcançou 577 bilhões de dólares no ano passado, mais do que a soma dos gastos militares dos 10 países que aparecem em seguida na lista.

2. A China destina um terço do seu orçamento militar ao desenvolvimento de uma frota naval para atuar em águas profundas, que já incursiona no Oceano Índico e Pacífico Sul, até chegar à costa americana.  A resposta dos EUA ao desafio chinês são duas iniciativas de caráter puramente estratégico: o acordo do Transpacífico, através do qual espera se integrar com 12 países da região, incluindo o Japão; e o tratado do Transatlântico, através do qual se integraria com 27 países europeus, liderados pela Alemanha.

3. A mais importante é a iniciativa do Transatlântico, porque congrega os protagonistas da “nova revolução industrial”. Os Estados Unidos e a China são aliados estratégicos (Annenberg, Califórnia, 3 a 5 de junho de 2013), e ao mesmo tempo adversários geopolíticos, que tem participação no mundo inteiro, mas especialmente na Ásia, nas águas Sul e do Leste do Pacífico. A integração não é o oposto do conflito, mas uma forma sublimada de fazê-lo. É uma disputa que em vez de parar a globalização, acelera e aprofunda. Tudo surge do conflito e graças a ele.