CURIOSIDADES DA PESQUISA DATAFOLHA!
1. Em agosto Dilma tinha 35% com Marina, Aécio e Campos. Agora tem 42% sem Marina. Levou 7 de Marina numa fase em que o eleitorado ainda não tem a informação completa da adesão de Marina a Campos. Aécio tinha 13% e agora tem 21% sem Marina. Levou 8 pontos. E Campos passou de 8% para 15%, crescendo 7 pontos.
2. Ou seja: Dilma cresceu 7 pontos sem Marina e os 2 demais cresceram 15 pontos. 4 pontos foram para o não-voto. Isso com uma informação ainda “verde” sobre as razões de Marina.
3. Em agosto, Dilma tinha 16% na pesquisa espontânea. Lula tinha 11%. Um total de 27%. Agora Dilma tem 17 e Lula 6, num total de 23%. Uma perda de 4 pontos. Aécio tinha 3 e agora tem 4 e Campos tinha nada e agora tem 2. Na soma de ambos passam de 3 para 6, dobrando na pesquisa espontânea.
4. O que se pode garantir é que apesar dos fatos e notícias desses 2 meses, Dilma continua basicamente no mesmo lugar e a saída de Marina, ainda sem estar digerida pela média do eleitorado, leva para Dilma apenas 27% dos que marcavam Marina.
5. E para aqueles que gastam milhões em comerciais/programas partidários na TV, é bom saber que cada dia impactam menos e nem são vistos. Entra o mute. O Datafolha, Informa Fernando Rodrigues, perguntou quem tinha visto mesmo que parcialmente o programa do PSB/Campos/Marina, na quinta-feira. Só 14% disseram sim. Se subtrairmos os distraídos que reduziram o som e não apertaram o mute, ou foram ao banheiro, quando muito uns 5% prestaram atenção. Melhor guardar o dinheiro para a campanha e tocar um realejo nos comerciais/programas partidários.
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LÍDERES DO AGRONEGÓCIO CRITICAM MARINA!
(Folha de SP, 12) A Sociedade Rural Brasileira afirmou “não entender a intolerância e hostilidade da ex-ministra com os produtores rurais e seus representantes políticos”. A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu chamou a ex-senadora de “injusta” com as causas defendidas pelo setor. Já a Associação Brasileira dos Produtores de Soja sustentou que a declaração de Marina Silva denota visão míope e atrasada da realidade do campo, e a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil declarou que “entristecem declarações sem motivos contra o agronegócio”.
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49% DOS ELEITORES TÊM IDEIAS DE DIREITA E 30% DE ESQUERDA!
(Folha de SP, 14) 1. É a primeira que o Datafolha classificou os entrevistados numa escala da esquerda à direita. Antes, as denominações eram diferentes. A escala ia de extremo liberal (o equivalente à esquerda agora) a extremo conservador (direita). A mudança ocorreu para evitar confusão com o termo liberal. Para identificar e fazer os agrupamentos ideológicos dos eleitores, o Datafolha faz um conjunto de perguntas envolvendo valores sociais, políticos e culturais, como a influência da religião na formação do caráter das pessoas e o entendimento sobre as causas da criminalidade.
2. No Brasil, há uma quantidade bem maior de eleitores identificados com valores de direita do que de esquerda. O primeiro grupo reúne 49% da população, enquanto os esquerdistas são 30%. Apesar de a pesquisa mostrar que a direita é maior que a esquerda no Brasil, pelo menos na cabeça dos eleitores, é raro encontrar um político que se declare abertamente de direita no país.
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UMA AUDITORIA NOS PROCESSOS QUE PASSARAM PELO SUBSECRETÁRIO DA RF AJUDARIA A ESCLARECER!
(Elio Gaspari – Globo/Folha de SP, 13) 1. Não há lembrança de um subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, o segundo homem da instituição, que tenha pedido o chapéu informando aos colegas que “há algum tempo estava incomodado com a influência externa em algumas decisões” envolvendo “posições menos técnicas e divorciadas do melhor interesse”.
2. O subsecretário Caio Cândido pediu demissão porque incomodou-se com a “influência externa”. Não foi específico, mas foi claro. Em 2009 a secretária Lina Vieira foi demitida pelo ministro Guido Mantega num episódio que passava pelo Palácio do Planalto. A Receita fizera autuações bilionárias contra a Ford e o Banco Santander. A secretária foi substituída.
3. O comissariado petista e o ministro Guido Mantega conseguiram ter uma secretária e um subsecretário de Fiscalização denunciando aquilo que, no mínimo, são pressões “divorciadas do melhor interesse” da Viúva.
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INTERNACIONAL SOCIALISTA VIVE UMA CRISE!
1. O partido mais importante da IS (Internacional Socialista), o SPD (Partido Socialista-Democrático da Alemanha), critica a burocratização da IS, se afirma como dissidência e propõe criar a Aliança Progressista, onde caberiam partidos como o Partido Democrata dos EUA.
2. “Em vésperas do seu aniversário, o SPD voltou costas à Internacional Socialista (IS), criando uma estrutura paralela, a Progressive Alliance. O nome em inglês não é casual nem expressão de modernismo, responde sim ao desejo de incluir também formações sem passado socialista como o partido democrático dos EUA. Qualificam a IS de «corrupta e pouco democrática». O presidente da IS, o grego Giorgos Papandreu, e o seu secretário-geral, o chileno Luís Ayala, acusaram os alemães de «difamação» e de «querer dividir o movimento mundial de forças progressivas.”
3. Conheça o link da Progressive Alliance.
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RECALL EM VARSÓVIA: PLEBISCITO, ONTEM, NÃO ATINGIU QUÓRUM E PREFEITA PERMANECE!
1. Plataforma Cívica (PO) poderá manter-se à frente da Prefeitura de Varsóvia. O comparecimento às urnas foi de 25,66%, abaixo do limite de 29,1% necessários para revogar o mandato da Prefeita Beata Hanna Gronkiewicz – Waltz. O referendo decorreu de os políticos da principal oposição Lei e Justiça (PiS) e os partidos Movimento do Palikot liberal terem acusado Gronkiewicz – Waltz de má administração da capital polonesa e recolhido assinaturas suficientes a favor da votação do público.
2. Hanna Gronkiewicz assumira o cargo de prefeito em dezembro de 2006. Ela, então, garantira a reeleição em 2010, depois de ganhar quase 54 % dos votos no primeiro turno. Para o referendo ser válido, três quintos do número de pessoas que votaram nas eleições para prefeito em 2010 devem participar. O resultado do referendo é visto como um teste-chave da popularidade dos governantes do partido PO, de Tusk, que ficara atrás a Lei Oposição e Justiça (PiS) nas mais recentes pesquisas de opinião.