SÃO GONÇALO E LESTE METROPOLITANO, DESAFIOS E PROPOSTAS!
(Mauro Osorio) O Leste Metropolitano é composto pelos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Niterói, Maricá, Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito e Tanguá. São Gonçalo possui 1.098.357 habitantes e 670.644 eleitores. O conjunto do Leste Metropolitano possui 2.182.902 habitantes e 1.512.232 eleitores.
São Gonçalo já foi considerada a Manchester Fluminense, no entanto, nas últimas décadas, tem passado por uma forte desestruturação. Atualmente possui 8 empregos privados formais para cada 100 habitantes. Enquanto a Região Sudeste apresenta 22 empregos privados formais para cada 100 habitantes.
Já o município de Itaboraí possui 10 empregos privados formais para cada 100 habitantes.
É necessário ter uma política de industrialização no Leste Metropolitano, com centralidades em São Gonçalo e Itaboraí. Para tanto, é essencial concluir a refinaria existente em Itaboraí. Existe um gasoduto que já está pronto para trazer gás natural do pré-sal para Itaboraí. O que falta é concluir 10% da obra da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN).
A partir disso, é preciso, em parceria entre o Governo do Estado e o Governo Federal, construir um plano de industrialização para São Gonçalo, Itaboraí e o conjunto do Leste Metropolitano.
Falta infraestrutura nos municípios de São Gonçalo e Itaboraí, que apresentam péssimos indicadores sociais. De acordo com o IDEB/MEC, para o 1º ao 5º ano do ensino fundamental público, esses dois municípios, entre os 1.646 municípios avaliados da Região Sudeste, estão apenas, respectivamente, na 1.639ª e 1.602ª posição.
De acordo com o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal para a área de Saúde, São Gonçalo e Itaboraí estão apenas, respectivamente, na 1.302ª e 1.031ª posição, entre os 1.668 municípios da Região Sudeste.
É necessário, portanto, articular uma política de educação e saúde para esses dois municípios, que os tire dessa situação.
Ao contrário disso, o que tem ocorrido em São Gonçalo e Itaboraí é que os recursos da privatização da CEDAE e o orçamento “secreto” da Câmara dos Deputados têm jorrado dinheiro nesses municípios para ações eleitoreiras, sem lembrar das obras e políticas sociais estruturantes que os dois municípios precisam.
Entre 2019 e 2021, a receita municipal por habitante em São Gonçalo e Itaboraí cresceu, respectivamente, elevados 70% e 39%, já descontada a inflação.