13 de outubro de 2016

ALGUMAS COMPARAÇÕES ENTRE AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DAS CIDADES DE S. PAULO E RIO DE JANEIRO EM 2016!

1. Abstenção: S. Paulo 21,84% / Rio 24,28%  

2. Brancos + Nulos: S. Paulo 16,64% / Rio 18,26%.

3. Na Câmara do Rio a renovação foi de 35% dos vereadores, com 18 novos nomes. / Na Câmara de S. Paulo a taxa de renovação foi de 40%, com 22 novos nomes.

4. Em S. Paulo as duas maiores bancadas passaram a ser: PSDB 11 e PT 9. / Na Câmara do Rio as duas maiores bancadas passaram a ser: PMDB 10 e PSOL 6.  

5. Os assentos ocupados por mulheres na Câmara Municipal de SP passarão de 5 para 11, equivalendo a 20% do total de 55 vagas. / Na Câmara do Rio, o número de mulheres eleitas passará de 8 em 2012, sendo que 6 exercem o mandato atualmente, para 7 em 2016, representando 13,7% da Casa.

6. Vereadores com menos de 40 anos atingiram percentual de 20%, recorde em S.Paulo. Eram 6 no pleito de 2012, serão 11 na legislatura que se inicia em 2017 —8 deles em primeiro mandato. / No Rio, os vereadores com menos de 40 anos passam de 17 eleitos em 2012, para 16 eleitos em 2016, o que significa 31,3% das cadeiras. 9 eleitos em 2016 estarão em primeiro mandato.

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NOVAS REGRAS TORNAM ELEIÇÃO PLENAMENTE EXITOSA!

(Editorial Estado de SP, 09) 1. A primeira eleição sem o financiamento empresarial de campanha foi plenamente exitosa. Embora a queixa sobre a falta de dinheiro tenha sido mais ou menos generalizada, os candidatos saíram em busca de votos, os eleitores fizeram suas escolhas livremente e os eleitos tomarão posse no prazo legal. Tudo isso significa que a democracia pode perfeitamente funcionar sem a injeção de recursos de empresas interessadas somente em ganhar favores e contratos dos políticos que ajudaram a eleger.

2. Aliás, pode-se dizer que a democracia saiu fortalecida dessa eleição exatamente porque foi rompido esse vínculo danoso entre políticos e empresas, transformadas em eleitoras privilegiadas. Deu-se um grande passo para restaurar o princípio de “um homem, um voto”.

3. Neste ano, sem essa abundância de recursos, foi necessário gastar sola de sapato, algo a que os candidatos já não estavam mais habituados. Se antes o dinheiro das empresas permitia que os candidatos disputassem a eleição sem sair de casa, agora se tornou imperativo conversar diretamente com o eleitor e convencê-lo não apenas a lhe dar o voto, mas também a ajudar no financiamento da campanha.

4. Como a campanha eleitoral de 2016 mostrou, o voto pode ser conquistado sem a necessidade de enganar o eleitor com promessas elaboradas por marqueteiros e sem precisar recorrer a financiadores que não têm compromisso senão com seus balanços contábeis.