COLÔMBIA: FARC ILUDIU PRESIDENTE EDUARDO SANTOS, QUE ESTÁ NUM PÂNTANO!
1. Na reunião da executiva da UPLA (União de Partidos Latino-Americanos) em Lima, Peru, dias 9/10 de novembro último, o Senador colombiano, do Partido Conservador, Efrain Cepeda, fez longa exposição sobre a situação política da Colômbia após a decisão do presidente Eduardo Santos iniciar o diálogo com as FARC em torno da paz. O Partido Conservador foi base do presidente Uribe (PU) e, atualmente, o é do presidente Eduardo Santos (PU). É o segundo partido no Congresso. Tem 22 de 102 senadores (PU tem 28) e tem 36 de 165 deputados (PU tem 48).
2. A decisão do presidente Santos de sentar-se à mesa de negociação com as FARC foi cercada de apoio popular. A primeira decepção foi logo no primeiro encontro em Oslo. O representante do governo colombiano, ingenuamente, foi o primeiro a falar. Em seguida, as FARC trocaram de tema e disseram que antes de tudo estavam ali para discutir a política econômica do governo e o sistema político. Naturalmente deu-se um nó na reunião.
3. Ingenuidade maior foi ter assinado um documento em que ao tempo que afirmava que não haveria cessar fogo durante as negociações, essas se estenderiam pelo período que fosse, até se chegar à paz. Oslo foi apenas a coreografia para criar expectativas europeias, sempre com espaço maior para mitificar a insurgência nos demais continentes. E a reunião de Oslo ficou por aí. Mais grave: as FARC exigiram, por segurança de seus representantes, que as negociações só teriam garantia de continuidade se fossem continuadas em Havana, Cuba.
4. O governo colombiano teve que concordar. Só então se deu conta que se as negociações se derem por 5, 10 ou 20 anos, tanto faz para as FARC, porque enquanto elas se desenrolarem, as FARC deixam de ter o status de organização terrorista, que sequestra e mata e é financiada pelo narcotráfico, para ter o status de organização política insurgente.
5. Neste momento, o governo colombiano tem consciência do erro que cometeu e da ingenuidade que o levou a um encilhamento em que não tem como recuar e sabe que não vai avançar. O presidente Santos já tem certeza disso e a opinião pública vai tendo consciência progressivamente. E a velocidade de alcance da opinião pública sobre os fatos só não é maior porque a família de Santos é também proprietária do único jornal nacional do país e da maior rede de TV e Rádio.
6. Os principais líderes militares entendem que para se sair desse imbróglio só intensificando, já, a repressão à narco-guerrilha, acelerando seu desmantelamento, num tempo muito menor.
7. As reuniões em Havana já estão marcadas. Agora é aguardar os desdobramentos internos e internacionais. O ex-presidente Uribe –crítico dessa decisão- recupera popularidade, embora a Constituição do país não permita concorrer mais, por ter sido presidente.
EQUADOR: ELEIÇÃO PRESIDENCIAL EM 17 DE FEVEREIRO DE 2013!
1. O presidente bolivariano Rafael Correa é franco favorito. O Partido Roldosista Ecuatoriano (PRE) formalizou a candidatura do ex-presidente, o histriônico Abdala Bucaran, que fora Presidente da República entre agosto de 1996 e fevereiro de 1997, tendo sido destituído do cargo por “incapacidade para governar” e por presumível malversação de fundos públicos e está, desde então, asilado no Panamá.
2. Outros candidatos, dentro da oposição a Rafael Correa, são Norman Wray, do Movimiento Ruptura; Álvaro Noboa, do Partido Renovador Institucional Acción Nacional (PRIAN); o ex-presidente Lucio Gutiérrez, líder do Partido Sociedad Patriótica; o economista Alberto Acosta, antigo aliado de Correa, por uma coligação da esquerda; e Mauricio Rodas, pelo movimento Sociedad Unida Más Acción (SUMA). Noboa provavelmente será o mais votado da oposição.
3. A oposição, bastante dividida, imagina que assim poderá lutar por um segundo turno. Difícil, o mais provável é uma confortável reeleição de Correa num processo em que poderá concorrer a quantos mandatos quiser, na forma do kit-Chávez.
ALEMANHA: ELEIÇÕES EM SETEMBRO/OUTUBRO DE 2013! A SITUAÇÃO ATUAL!
(El País, 12) 1. A televisão pública ARD divulgou os resultados de sua pesquisa de intenções de popularidade e voto: a CDU de Merkel chega a 40%, seu melhor resultado desde 2007. Dez pontos acima de um SPD fortalecido, mas incapaz de diminuir as distâncias. Enquanto sua popularidade cai na Europa em crise, Merkel e seu ministro da Fazenda, Wolfgang Schäuble, lideram as listas de popularidade na Alemanha. Nem a recente mudança política para aumentar a ajuda à Grécia, nem o arrefecimento econômico alemão afetaram politicamente a chefe da União Democrata Cristã.
2. Em comparação direta da amostragem da ARD, Merkel tem o dobro do resultado do candidato Steinbrück no quesito “credibilidade” e o triplo no quesito “capacidade de liderança”. Consolo encontrará o SPD nos desastrosos resultados dos parceiros de Merkel no governo, o liberal FDP, que não chegam a 5%. A centro-direita do CDU e FDP somariam 44% dos votos, o mesmo que o conjunto de SPD e os Verdes. Assim, hoje, os governos possíveis seriam uma grande coligação entre CDU e SPD ou um mais improvável acordo entre os democratas cristãos e os Verdes.
3. (obs. Ex-Blog) O Partido Pirata deve ascender ao Parlamento e o FDP poderá ficar de fora com a cláusula de barreira de 5% dos votos. Assim como o Partido Pirata, o ex-partido comunista oriental –Esquerda- deve integrar o parlamento, mas sem acordo com o SPD.
BOLÍVIA: ELEIÇÕES 2014! OPOSIÇÃO QUER TER CANDIDATO ÚNICO, COMO NA VENEZUELA!
(La Nacion, 13) Tendo como referência a experiência venezuelana, a oposição política na Bolívia deu um passo importante para a criação de uma coalizão eleitoral para enfrentar, em dezembro de 2014, o MAS (Movimento ao Socialismo) do presidente Evo Morales, que buscará a re-reeleição. O partido União Nacional (UN) de Samuel Doria Medina e Nova Aliança Boliviana (NAB) de Amilcar Barrat, assinaram um acordo para uma aliança eleitoral a qual esperam que se somem outros movimentos do fragmentado arco de oposição, com o objetivo de concretizar sua unidade. Os promotores da chamada Frente de Unidade pela Democracia anunciaram que o objetivo é ter um candidato único sobre a base de um acordo programático para a eleição de 2014.
EM CINCO ANOS EUA VOLTAM A SER O MAIOR PRODUTOR DE PETRÓLEO DO MUNDO!
De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), os EUA deverão tornar-se o maior produtor mundial de petróleo até 2017, ultrapassando a Arábia Saudita até meados da década de 2020, graças à exploração crescente de petróleo e gás de xisto e também do chamado “petróleo leve” (light tight oil). Atualmente, os EUA produzem 10,9 milhões de barris diários de petróleo, contra 11,6 milhões da Arábia Saudita. Os EUA, que importam 20% de suas necessidades energéticas, deverão se tornar quase autossuficientes em 2035. Tornará exportador líquido de petróleo em cerca de 2030, prevê a agência.
FRANÇA: ECONOMIA PERDE COMPETITIVIDADE!
1. Em avaliação anual sobre a situação econômica na França, o FMI aponta não apenas a crise europeia, mas também a perda de competitividade como as principais causas para a falta de dinamismo econômico no país. O FMI alerta para a importância de a França seguir o exemplo das reformas das grandes economias europeias. “A perda de competitividade é anterior à crise atual, mas ela corre o risco de agravar-se ainda mais se a economia francesa não se adaptar no mesmo ritmo que seus principais parceiros comerciais na Europa.”
2. O FMI reiterou sua expectativa de crescimento na França nos próximos dois anos (+0,1%, em 2012, e +0,4%, em 2013), menos otimista que as projeções oficiais de Paris (+0,3%, em 2012, e +0,8%, em 2013). “Le Figaro” surpreendeu com a revelação de que um grupo de economistas alemães estaria preparando uma proposta de reforma econômica para o Governo francês.
