O PROJETO DE LEI DAS MANIFESTAÇÕES: RISCOS EM RELAÇÃO À DOSAGEM E À PERMANÊNCIA!
1. As leis são regras permanentes. Quando se enfrenta situações conjunturais, deve-se ter muito cuidado ao legislar. É natural que em relação à Copa e aos JJOO, a FIFA e o COI peçam cuidados excepcionais. Afinal, os patrocínios são milionários e criam enormes reservas financeiras para essas organizações. Um desvio de foco pelas manifestações prejudica a marca dos patrocinadores e ainda pode afetá-los pela vinculação.
2. Além disso, há os países que têm segurança especial em função dos riscos de terrorismo, que são ações de difícil controle e complexa prevenção. São os casos destacados dos EUA e de Israel, agora multiplicados pelos países associados (Reino Unido), pelas ocupações (Rússia), conflitos (Ucrânia) e golpes (Egito).
3. Tudo bem. Mas criar uma legislação repressiva –em função desse ciclo de manifestações- e dos grandes eventos, e o fazer por lei, tornando-a permanente, é um prato feito para governos autoritários. A democracia brasileira avançou muito, mas os riscos de recaída não são pequenos. Entregar esses instrumentos aos governos, permanentemente, é algo que se deve fazer com muito cuidado.
4. Melhor seriam legislações de prazo certo e definido. Numa Federação onde os entes federados são, além dos estados, os municípios (artigo primeiro da constituição brasileira), uma legislação estendida e autoritária trará muito mais conflitos que soluções. Vide Venezuela agora e –sempre- Itália e Alemanha no início dos regimes nos anos 20 e 30.
5. (Painel – Folha de SP, 01) Da rua às grades. O governo deve propor uma pena de quatro anos de prisão para atos de vandalismo em protestos no projeto de lei que será enviado ao Congresso para tentar conter a violência em manifestações. Os detalhes do texto serão fechados na próxima semana entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Com a punição, os atos violentos deixarão de ser enquadrados como crimes leves, o que permitirá que se faça interceptação telefônica dos investigados. Cara limpa O Planalto também estuda punir manifestantes que usarem máscaras, mas ainda não conseguiu elaborar um modelo de atuação das polícias para identificar participantes dos atos.
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(Roldão A. link para o Jornal da Unicamp de 03/2003 – Estado de S. Paulo, 13)
1. Ibope – SP, março de 1964. 1.1. Avaliação do governo João Goulart: 36% de ótimo+bom, 30% de regular e 19% de ruim+péssimo.
1.2. Encampação das refinarias de petróleo, desapropriação de terras que margeiam açudes, ferrovias e rodovias federais e tabelamento de alugueis: a favor 64%, contra 20%. / Encampação de empresas privadas: vantajosa para 47% e desvantajosa para 28%./ Entrada de capitais estrangeiros: a favor 46%, contra 33%.
1.3. 80% dos paulistanos eram contra a legalização do Partido Comunista do Brasil e 57% viam o comunismo aumentando no país / 32% temiam o governo Jango como um perigo imediato, 36% como um perigo futuro e 19% não o consideravam um perigo. / Eleições presidenciais marcadas para 1965: 45% estavam certos de que o presidente pretendia realizá-las normalmente, sem interferir; 22% desconfiavam que Goulart queria mudar a Constituição para se candidatar; e 12% achavam que ele preparava um golpe para se tornar ditador.
1.4. Entre os presidenciáveis, Carvalho Pinto liderava as intenções de voto com 24%, Juscelino Kubistchek com 22%, vindo depois Carlos Lacerda (16%) e Adhemar de Barros (9%).
2. Em oito capitais (São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Salvador e Curitiba) 2.1. Hipótese de três candidatos a presidente: Kubistchek saiu favorito com 40,1%, deixando Carlos Lacerda com 14,8% e Magalhães Pinto com 10,2%. O mesmo questionário abriu a possibilidade de João Goulart se candidatar e 40% responderam que votariam nele; 52%, não.
2.2. Quais os problemas que devem ser resolvidos com maior urgência? Alta do custo de vida (50%), alfabetização (25%), melhoria das condições de vida (20%), desenvolvimento da agricultura (19%) e desenvolvimento industrial (6%).
3. Ibope – SP, maio, pós-golpe. 70% dos entrevistados diziam que a situação do Brasil “agora ia melhorar”, 10% que ia piorar, 7% que ficaria igual e 13% não sabiam. / A deposição de Goulart constituiu uma medida benéfica ao país para 54% e prejudicial para 20%. / A queda do presidente ocorreu, para 34%, porque ele estava levando o Brasil para um regime comunista; para 28% porque pretendia fechar o Congresso e se tornar ditador; e para 17% porque estava tomando medidas populares que contrariavam fortes interesses de grupos econômicos e financeiros, nacionais e estrangeiros. / A cassação de deputados comunistas foi aprovada por 74% e a prisão de líderes sindicais ligados aos comunistas por 72%. O presidenciável Carlos Lacerda, defensor ardoroso do golpe, alcançava Juscelino Kubistchek, somando 22,7% contra 22,1%.
4. Ibope, final de maio, Guanabara, pós-golpe. Avaliação do presidente Castelo Branco: Ótimo+bom 51%, regular 21%, ruim + péssimo 6%. / As eleições serão mesmo realizadas em 1965? 52% sim (antes do golpe 90%), 52% esperavam votar para presidente, 17% não sabiam e 31%, não mais. A cassação de mandatos e a suspensão de direitos políticos tinham aprovação de 56%. Motivos para as cassações: eram comunistas (40%), subversivos (22%), corruptos (25%), perseguidos politicamente (28%).
5. Ibope, novembro de 1964, SP. Avaliação do governo Castelo Branco até aquele momento: ótimo+bom 27%, regular 35%, 20% como ruim+péssimo./ As medidas de combate à inflação e alta do custo de vida seriam eficazes para 35%, e ineficazes para 41%. Para 47% dos eleitores entrevistados, o próximo presidente deveria ser um civil; 22% defendiam um militar e 20% eram indiferentes.
6. Ibope, fevereiro de 1965, Guanabara. 16% achavam que a situação econômica melhorou e 73% que piorou / 35% ainda torciam por um ano melhor, mas 44% esperavam pelo pior. Os satisfeitos com o governo somavam 45%; os insatisfeitos, 46%.
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Joseph Goebells, 06/041933 (em Peter Logenrich – biografia de Goebells).
“A opinião pública SE FAZ. E quem participa na criação da opinião pública assume ante a nação e ante todo o povo uma enorme responsabilidade. Por isso a imprensa deve atuar no marco de uma disciplina intelectual e nacional geral. Os que resistirem serão excluídos do coletivo das forças desejosas de edificar e, serão considerados indignos de participar na formação da opinião pública do povo alemão. Uniformidade nos princípios, mas manter-se o polimorfismo nos matizes.”. Em seguida anunciou uma lei de imprensa.
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POPULAÇÃO MUITO PESSIMISTA COM MOBILIDADE DURANTE A COPA!
(Monica Bergamo – Folha de SP, 12) 1. Mobilidade urbana é a maior deficiência na estrutura para a Copa de 2014, segundo pesquisa com 5.015 moradores das 12 cidades-sedes. É a área que mais deixa a desejar no Rio (92%), Cuiabá (91%), São Paulo (89%), Porto Alegre (88%), Belo Horizonte (85%) e Brasília (83%). Segundo levantamento da LeadPix, agência de marketing direto, o problema de locomoção supera o de segurança pública.
2. Os porto-alegrenses são os mais pessimistas: 13% dizem que nada vai funcionar. Entre os mais otimistas, estão os brasilienses: 22% avaliam que a capital federal está totalmente preparada para receber o Mundial. Quanto à disposição para assistir aos jogos, os paulistanos (13%) e cariocas (11%) são os mais propensos a irem aos estádios. Os mais favoráveis a ver a Copa de casa são curitibanos (39%) e porto-alegrenses (36%).
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SITES JORNALÍSTICOS, TODO O MÊS DE FEVEREIRO DE 2014!
(Estado de SP, 12) Visitantes Únicos. Globo 17,3 milhões / UOL (Folha de SP) 12,7 milhões / Estado de SP 5,9 milhões / R7 (Record) 5,8 milhões/ Terra 5,1 milhões / Abril 5 milhões / IG 4,5 milhões.