13 de maio de 2014

PANAMÁ: ELEIÇÃO CONTRARIA TODAS AS TEORIAS ELEITORAIS! ATENÇÃO BRASIL!

1. A economia crescendo a taxas de 8% e 9%. Um programa de bolsas com a mais ampla diversidade. A altíssima popularidade do presidente. Obras para todos os lados. Abundantes recursos financeiros por apoio dos contratistas. Contratado no Brasil, João Santana, o marqueteiro mais prestigiado da América Latina e com aval de Lula.

2. Não havendo reeleição, o presidente compõe a chapa com sua esposa como candidata a vice-presidente. A vantagem financeira pode ser medida pela liberdade para comprar tempo na TV durante a campanha.

3. A campanha abre com o candidato do presidente liderando com folga…, e assim fica. Seu mais próximo adversário era o candidato do PRD –que detinha a prefeitura da Capital-, e tradição de centro-esquerda. A região metropolitana da capital tem 50% dos eleitores. O PRD é um partido de muito maior tradição que os novatos –Cambio Democrático e Panamenense –do presidente e de seu vice-candidato.

4. E por falar em vice, passada a metade do mandato, a antecipação do processo eleitoral leva o presidente Martineli a romper com o vice, Varela, que era assumidamente candidato a presidente. Sem máquina e sem estrutura, era natural que –num sistema de voto distrital –uninominal e plurinominal- não contasse com capilaridade e força de seus candidatos a deputado (num regime unicameral).

5. Venceu o vice, Varela com 39% dos votos. Seus deputados eleitos alcançaram apenas 18% dos votos. Os deputados do governo tiveram 40% e do PRD 36%. A impulsão de Varela, saindo do terceiro lugar para o segundo e o primeiro, ocorreu nos últimos dias de campanha. E a ultrapassagem por margem ampla só nos últimos 4 dias, quando a divulgação das pesquisas estava proibida.

6. Foi um fenômeno de opinião pública, uma espécie de reação espalhada contra o abuso do poder econômico do governo a favor de seu candidato, empinando a curva de crescimento da candidatura de Varela.

7. No comitê de campanha de Varela, no hotel Sheraton, quando já estava clara a sustentação da diferença, havia uma palavra de ordem que ressonava e explicava a onda que o levou à vitória. Em uníssono, a grande quantidade de militantes presentes repetia: Ô Gente! O Panamá não se vende!

8. Que fiquem todos atentos no Brasil agora em 2014, com um clima pré-construído de rejeição ao abuso do poder econômico na política, que nenhuma pesquisa garantirá nada se um candidato nos degraus mais baixos tiver uma intenção de voto com capacidade de multiplicar, por exemplo, algo próximo a 10%, a mais ou a menos, e representar a rejeição ao abuso do poder econômico.

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REVISTA DER SPIEGEL MOSTRA PROBLEMAS DA COPA DO MUNDO! 

(DW.DE – Deutsche Welle, 12) 1. “Spiegel” dedica dez páginas ao Mundial e prevê que país do futebol pode ter protestos e tiroteios em vez de festa. Maracanã, diz a reportagem, teve a alma roubada e é exemplo de como políticos se distanciaram do povo.
A um mês da Copa, a maior e mais importante revista da Alemanha, a Der Spiegel, faz uma previsão sombria sobre o Mundial no país do futebol. Com o título “Morte e jogos”, o semanário traz em sua capa uma imagem da bola oficial do torneio em chamas caindo sobre o Rio de Janeiro. Em três matérias, que juntas somam dez páginas, é apresentado um retrato dos atrasos nas obras, da insatisfação dos brasileiros com os altos custos do evento e dos prováveis embates nas ruas das cidades-sede.

2. “Justamente no país do futebol, a Copa do Mundo pode virar um fiasco: protestos, greves e tiroteios em vez de festa”, afirma a matéria, assinada pelo jornalista alemão Jens Glüsing e que leva o título de “Gol contra do Brasil”. “As notícias serão sobre protestos e greves, problemas com infraestrutura e violência”, prevê.  Enquanto na Alemanha os torcedores já estão vestindo a camisa da seleção nacional, e enfeites e adereços com as cores da bandeira estão à venda nas lojas, no país conhecido pelo carnaval, compara o jornalista, o clima é outro: “Nas favelas do Rio, policiais e traficantes se enfrentam de maneira sangrenta. Em São Paulo, gangues queimam ônibus quase todas as noites.”

3. Para a Spiegel, o clima de festa só vai aparecer se a seleção brasileira vencer o torneio. Mas, caso isso não aconteça, a revista questiona se o país viverá uma onda de violência: “Os jogos vão terminar em pancadaria nas ruas? Políticos e funcionários da Fifa serão perseguidos por uma multidão enfurecida?”

4. Capa da revista Der SpiegelResumo da matéria.

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AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES NA AMÉRICA LATINA EM 2014! 

(Instituto João Goulart – Daniela Cambauva) 1. Em 25 de maio, as eleições acontecem na Colômbia.  Juan Manuel Santos, atual presidente, é candidato novamente pela coalizão Unidade Nacional. Ele é sucessor do último mandatário, Álvaro Uribe. Além dele, favorito nas pesquisas, outros quatro candidatos formalizaram candidatura.

2. As seguintes acontecerão apenas no segundo semestre, primeiro no Brasil, em 05 de outubro. Em 12 de outubro, a Bolívia escolherá seu presidente e o vice, mais 130 deputados e 36 senadores – data anunciada em abril pelo Tribunal Eleitoral.

3. No Uruguai, as eleições serão em 26 de outubro, marcando o final do primeiro mandato de José Pepe Mujica, presidente do Uruguai. Ele não poderá concorrer a outro mandato subsequentemente. Seu pré-candidato é o ex-presidente Tabaré Vázquez (2005-2010), da mesma coalizão, Frente Ampla, de esquerda. Os uruguaios vão escolher também 99 deputados e 30 senadores