13 de fevereiro de 2017

COM A CRISE NOS ESTADOS E MUNICÍPIOS, CRESCE A IMPORTÂNCIA E FORÇA POLÍTICA DOS MINISTROS!

1. A crise fiscal e financeira em grandes e pequenos estados, e da mesma forma em municípios, tirou destes capacidade e autonomia para tomar decisões que exijam a mobilização de recursos. Com isso, essas decisões requererão apoio, parceria e iniciativas do governo federal através de seus ministros. 

2. Mesmo em Estados sem problemas fiscais e financeiros está sendo assim, como no caso do Espírito Santo e na crise das penitenciárias. O caso do bem administrado Espírito Santo é emblemático. Em situações semelhantes, o apoio federal vinha mobilizando recursos financeiros e humanos. Agora, além de recursos financeiros e humanos, o próprio ministro da Defesa, até extrapolando suas funções, assumiu pessoalmente o comando das operações e das declarações. Um caso nítido de intervenção, claro, consentida e até requerida.

3. Já com a lei do teto de gastos vigendo, caberá aos ministros redesenhar seus orçamentos, ou mesmo conseguir remanejar recursos de outros ministérios para realizar parcerias com os estados e municípios. Esse protagonismo federal já é e será inevitável. E exigirá das equipes de governadores e prefeitos a capacidade de desenhar projetos, demonstrar carências e prioridades e levar as justificativas bem alicerçadas aos ministros em Brasília.

4. O tempo de Lula, de inauguração de pedras fundamentais e de assinaturas de convênios sem cobertura orçamentária, passou. Agora nada será vapt vupt com publicidade, declarações e com prazo indefinido. As obras e programas –PAC- que ficaram pelo meio e até que sequer começaram, ou que foram entregues de qualquer jeito, são demonstração clara disso. 

5. E, por isso tudo, nada poderá ser resolvido no curtíssimo prazo. Até porque serviria de exemplo para os demais. Isso, mesmo em casos dramáticos como do Estado do Rio de Janeiro.

6. Os parlamentares federais que representam seus estados e municípios e que levam essas necessidades aos ministros terão que interagir com as equipes técnicas dos estados e municípios que representam e habilitar seus gabinetes para isso. De outra forma, serão relações públicas de governadores e prefeitos, tirarão fotos e farão vídeos para demonstrar que estão agindo. E muito pouco acontecerá. E 2018 vem aí.

7. E os ministros, para não serem acusados de enroladores ou incompetentes, deverão ter suas equipes preparadas pera esse novo quadro, com método pré-definido de forma a que propostas que aprovarem sirvam de referência para os demais, e sirvam de defesa de suas argumentações para aqueles que –circunstancialmente- ainda não tenha suas demandas atendidas.