12 de dezembro de 2014

ATRASO NAS GRANDES OBRAS PÚBLICAS EM 2015 SERÁ DE, NO MÍNIMO, 6 MESES!

1. A redução imprevista dos investimentos públicos num dado período se dá de quatro maneiras: por interrupção, por corte, por extensão do prazo de execução, ou por prudência dos servidores públicos. No caso das grandes obras públicas –em geral realizadas sob argumento de interesse estratégico- raramente ocorre sua interrupção por decisão formal.  O normal são cortes sob alegação de preço excessivo, extensão do prazo de realização da obra e –sempre- prudência dos servidores.

2. Nessa quarta hipótese, em momentos de crise moral na administração pública, os servidores concursados/profissionais evitam autorizar novas etapas do processo, burocratizando e não apondo suas assinaturas no tempo que o faziam antes. Preferem ganhar tempo e esperar que a situação se esclareça, para saber se o investimento do qual participa administrativamente está incluído nas denúncias publicadas. E até se a autoridade superior em seu órgão será mantida.

3. O caso Petrobras foi agora estendido para outros setores, como hidroelétricas, portos, aeroportos e rodovias…, pelo menos. A primeira reação da Controladoria Geral da União (CGU) e do Ministério Público (MP) -tendo em vista a dificuldade de substituir grandes empreiteiras com ampla experiência técnica acumulada, sem interromper o investimento para uma nova licitação- foi propor uma reavaliação das despesas, repactuando os contratos, sob a hipótese de superfaturamento.

4. Um processo de repactuação não é simples, pois um simples corte linear seria o reconhecimento da fraude. Para repactuar, as empresas terão que se debruçar nos contratos e ver onde os cortes podem ser justificados sem afetar a continuidade da obra. Numa obra complexa isso não se faz em menos de dois meses, a partir do acordo de reavaliação.

5. O natural e inevitável será a extensão dos prazos de execução das obras, por quatro razões básicas: a) pela facilidade de concordar em rever o prazo regulamentar (um ano, dois anos) de correção monetária do principal a realizar; b) porque isso ajudaria a reduzir o valor real da obra pelo efeito da inflação; c) porque permitiria aliviar o fluxo de caixa do governo ou empresa contratante; d) daria tempo para as investigações e avaliações, concentrando a extensão do prazo nos meses iniciais durante o processo de investigação do MP e da Justiça.

6. Como cada caso é um caso, não é simples projetar o prazo médio desses atrasos. Mas levando em conta que as investigações vão amadurecer até março (Natal, Ano Novo, Carnaval…) e somando ao que já era gregorianamente previsto, as hipóteses levantadas acima, no mínimo, esse atraso será de seis meses.

7. Os novos governadores que executam obras com participação federal podem se acomodar no início de governo, usando os fatos como pretexto para ajustar a administração e seus novos planos de governo. Problemas podem ter os prefeitos, que estarão em 2015, no estratégico e fundamental penúltimo ano de governo. Estes devem ver o que podem compensar adiantando recursos próprios, de forma a que o provável atraso federal não afete o cronograma das obras, impactando no ano eleitoral de 2016.

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TRÂNSITO DO RIO PIORA 16% EM 10 ANOS E É 6% PIOR QUE O DE SP!

(Globo, 12) Em 2003, o tempo médio de viagem de casa para o trabalho na Região Metropolitana do Rio era de 43 minutos. Em 2012 (último dado disponível), já chegava a 50 minutos. A pior situação de mobilidade entre as principais Regiões Metropolitanas do país. Em São Paulo, por exemplo, piorou aumentando de 41 para 47 minutos. Os dados constam da primeira publicação da “Série Estados Brasileiros – Estudos de Caso: Rio de Janeiro”, que será lançada na segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Projetos.

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PÂNICO NA GRÉCIA COM EXPECTATIVA DE VITÓRIA DA ULTRA-ESQUERDA!

(Yahoo News, 09) 1. Na última terça feira o preço das ações sofreu sua pior queda em décadas em meio a preocupações de que a Grécia está se dirigindo para uma crise política que pode colocar em risco o seu vital programa de ajuda econômica.  O índice de referência de Atenas perdeu 11,3% em média nas operações de terça-feira, na pior queda em um único dia desde 1987, depois que o governo liderado pelos conservadores divulgou a data para as eleições presidenciais. Se a votação no Parlamento não for conclusiva, serão convocadas eleições gerais.

2. A queda da bolsa reflete os temores de que o principal partido de oposição de esquerda, SYRIZA, que lidera as pesquisas de opinião, possa vir a ganhar as eleições gerais. O Syriza disse que vai pedir uma redução substancial no valor devido pela Grécia em empréstimos para seu resgate. O partido não disse se fará uma ação unilateral, medida que aliviaria o fardo da dívida, mas que pode ter outros efeitos negativos como dissuadir os investidores internacionais de emprestar dinheiro para o país durante anos, prejudicando a sua capacidade de se recuperar financeiramente depois que houver uma melhora na economia.

3. O presidente grego tem muito pouco poder político. Mas a eleição requer maioria absoluta, incluindo o apoio de alguns parlamentares da oposição, o que parece fora do alcance da frágil coalizão de governo. Se três votações sucessivas entre os dias 17 e 29 de dezembro forem infrutíferas, devem ser convocadas eleições gerais no início de fevereiro, quase um ano e meio antes do previsto.