A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DE GUSHIKEN PARA 2014! LEIA AS PESQUISAS!
1. Luis GUSHIKEN -falecido um ano atrás- continua sendo um dos mais importantes quadros do PT, cujo trabalho explica hoje a vantagem de Dilma nas pesquisas e nessa última do Datafolha. GUSHIKEN foi presidente do Sindicato dos Bancários e treinado e qualificado em relação à gestão de Fundos de Pensão dos trabalhadores.
2. Em 1985, Tancredo procurou Lula pedindo os votos do PT no Congresso. Lula fez dois pedidos. Um simbólico (aumento do salário mínimo) e outro, a gestão dos Fundos de Pensão estatais, para o que contava com GUSHIKEN. Tancredo negou. O PT anulou o voto. A revista Veja, na época, cobriu essas razões de Lula.
3. No governo Lula, GUSHIKEN teve duas tarefas básicas: uma, naturalmente, como orientador dos fundos de pensão das estatais e outra -por alguns anos- como ministro/secretário de comunicação com gabinete no Palácio do Planalto, próximo a Lula.
4. Nessa função introduziu uma mudança de grande significado político. Passou a priorizar -proporcionalmente- os meios de comunicação, especialmente rádios dos municípios menores. Estima-se que incluindo governo, estatais e empresas parceiras, a publicidade nos meios de comunicação dos municípios menores represente entre 20% e 25% do total da publicidade com lastro político.
5. Não se trata só das inserções formais através das agências de publicidade, mas dos testemunhais dos comunicadores, do tratamento das notíciais envolvendo a presidência e o governo federal e das promoções de festas e torneios esportivos. E se o investimento publicitário for “abrangente”, mesmo durante as eleições presidenciais estará coberto, seja pelas estatais que podem fazer publicidade, seja pelas empresas parceiras, seja através dos municípios parceiros, seja por antecipação de verbas dando continuidade ao tratamento das notícias na campanha.
6. Iludem-se os que atribuem à bolsa família a causa básica da vantagem eleitoral nas cidades menores. Hoje é decrescente. Certamente a publicidade cotidiana através de uma programação sistemática, legitimada por testemunhais e forma de cobertura, joga o papel mais relevante na vantagem de Dilma nos pequenos municípios.
7. O Datafolha separa a intenção de voto em 4 blocos: municípios até 50 mil habitantes, entre 50 e 200 mil, entre 200 mil e 500 mil e mais de 500 mil. Agrupemos os extremos: até 50 mil de um lado e mais de 200 mil e de 500 mil somados, de outro.
8. Nos municípios de até 50 mil habitantes -que representam na amostra 34%- Dilma tem 47% das intenções de voto e todos os demais candidatos somados 35%. Nos municípios de mais de 200 e de 500 mil eleitores, que representam 45% na amostra, Dilma tem 30% e os demais somados 44%.
9. Sobre o TOTAL do eleitorado, só nos municípios menores (34%) a vantagem de Dilma seria de 4 pontos sobre todos os demais somados e nos municípios maiores (45%) a vantagem de todos os demais somados sobre Dilma seria de 6 pontos. Os demais municípios 21% (50 a 200 mil) repetem o resultado geral.
10. Portanto, cuidado com os planejadores de campanha que orientam os candidatos a concentrar sua campanha só nos municípios maiores. Há dois métodos usados para influenciar o voto nos municípios menores. Um é a visita casa a casa, que foi destacada na primeira vitória de Bush filho. Outro -usado por Collor em 1989- é o carrossel, em que com uns 5 trios elétricos-palco, o candidato chega num município pequeno, faz um discurso de uns 15 minutos e segue a outro (com apoio de helicóptero nas distâncias maiores), onde já está esperando outro trio elétrico, faz um discurso e assim por diante. Uns 15 a 20 por dia, com a presença do candidato e quantos quiser sem a presença do candidato.
11. Que os candidatos de oposição não descuidem dos pequenos municípios.
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IMPACTO DOS 7 X 1: BOLSAS SOBEM!
(Folha de SP, 10) 1. Nos últimos meses, ações das brasileiras têm sido influenciadas pelo desempenho de Dilma nas pesquisas. Com o feriado em São Paulo, a Bolsa brasileira não funcionou nesta quarta-feira (9), mas, em Nova York, os papéis de empresas do país tiveram um dia de alta generalizada, especialmente os de estatais, como a Petrobras.
2. Para Raphael Juan, gestor da BBT Asset, a valorização dos papéis brasileiros nos EUA (chamados de ADRs, recibos de ações estrangeiros reflete a aposta de parte do mercado de que a derrota para a Alemanha deverá ter impacto na corrida eleitoral. “É muito provável que essa derrota respingue na presidente Dilma [Rousseff]. Da mesma forma que ela se beneficiou nas intenções de voto quando a seleção estava indo bem, agora também deve sentir essa derrota. O tamanho do impacto só vamos saber quando sair a próxima pesquisa”, disse Juan.