ENTENDENDO O RECADO DE MARINA!
1. (Ex-Blog) A Folha de SP (08) destacou, como manchete de capa, uma entrevista com Marina, candidata a vice-presidente de Eduardo Campos. Vejamos algumas frases dela, colocadas entre aspas, ou seja, que estão no gravador do repórter.
2. (Folha de SP-08) “O PSDB sabe que já tem o cheiro da derrota no segundo turno. E o PT já aprendeu que a melhor forma de ganhar é contra o PSDB.” / “Quando alguém fica muito ansioso para dizer que é igual, é porque sabe que é diferente”. “Campos protagoniza uma agenda progressista de respeito aos direitos sociais, de não ir pelo caminho mais fácil de reduzir a maioridade penal e as conquistas dos trabalhadores.”
3. (Ex-Blog) O recado de Marina é, traduzido por analistas, como uma negativa em apoiar Aécio no caso de segundo turno. Ou não apoia ninguém ou sinaliza para suas origens.
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DATAFOLHA (07-08/05): DILMA PARA DE CAIR E AÉCIO CRESCE 4 PONTOS!
(Folha de SP, 09) 1. Intenção de voto com todos os candidatos. Dilma 37% (antes 38%), Aécio 20% (antes 16%), Campos 11% (antes 10%), Outros 7%. / Sem outros candidatos Dilma 41%, Aécio 22%, Campos 14%.
2. Avaliação Dilma: ótimo+bom 35% (antes 36%), ruim+péssimo 26% (antes 25%).
3. Intenção de voto com Lula. Lula 49%, Aécio 17%, Campos 9%, Outros 6%. / Sem outros candidatos Lula 52%, Aécio 19%, Campos 11%.
4. Em MAIO de 2006, Lula tinha 45%, Alckmin 22%, Heloisa Helena 7% e outros 9%.
5. Curiosamente nada mudou em relação à pesquisa Datafolha de 11/10/2013, sete meses atrás com 3 nomes: Dilma 42% (agora 41%), Aécio 21% (agora 22%), Eduardo Campos 15% (agora 14%), Nenhum deles 23% (agora 22%).
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ESTRUTURA DO DESEMPREGO NOS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA!
(El País, 03) 1. Vamos começar com as estatísticas de desemprego, uma vez que na América Latina, ao contrário da Europa, o número não inclui as pessoas que trabalham na economia informal. Colômbia, Costa Rica, Paraguai e Venezuela são os países latino-americanos mais afetados pelo desemprego. Panamá, Equador e Brasil, apesar de seu baixo crescimento, estão na outra extremidade. Por sua vez, nos dez anos entre 2003 e 2013, se destacam melhorias em relação à Colômbia, Venezuela, Uruguai, Argentina, Brasil, Equador e Panamá. Por sua vez, o desemprego se agravou na Costa Rica e no México. (TABELA 1)
2. Um aspecto particularmente preocupante do desemprego é que está afetando os jovens. Pessoas de 15 a 24 que estão procurando trabalho e não encontram sofrem uma exclusão particular. Em alguns casos particulares, podem cair nas mãos de redes criminosas, tais como gangues ou tráfico de drogas. Mas não se pode generalizar. Uruguai, Argentina e Colômbia têm as maiores taxas de desemprego entre os jovens. México, Panamá e Peru, as menores. O caso do México mostra que um desemprego relativamente baixo entre os jovens não resulta em diminuição da atividade destes no tráfico de drogas. (TABELA 2)
3. Um dos grandes dramas do trabalho na América Latina é que existem muitas pessoas que têm emprego, que não sofrem com o desemprego, mas, de qualquer maneira, são pobres. E em parte isso acontece porque eles estão trabalhando ou estão empregados na economia informal, sem contribuições para Previdência Social, sem cobertura de saúde ou contribuições para pensão futura para a aposentadoria, e sem condições de trabalho que, teoricamente, são garantidas pela lei. O Uruguai é o único país onde quase todos os trabalhadores contribuem para a previdência ou plano de saúde. Costa Rica e Panamá vêm em seguida no ranking. Paraguai, El Salvador e México têm os piores índices. Se for observada a evolução de 2008 a 2012, houve uma melhora significativa no Panamá, Brasil, Peru, Equador e Paraguai. Por outro lado, o panorama piorou para os mexicanos e colombianos. (TABELA 3)
4. O que aconteceu com o salário? A OIT utiliza como base a média da folha de pagamento dos países e as ajusta pela inflação para descobrir o poder de compra real. Considerando a evolução desta variável entre 2004 e 2012, os uruguaios, peruanos e chilenos são os mais favorecidos. Os venezuelanos são os únicos que perderam poder de compra, enquanto os nicaraguenses e mexicanos melhoraram muito pouco. Os dados da Argentina não aparecem, provavelmente porque a OIT não confia no manipulado índice de preços ao consumidor (IPC) daquele país. (TABELA 4)
Se analisarmos a evolução dos salários mínimos reais, isto é, ajustados pela inflação, pode-se detectar os países onde os governos optaram por aumentá-los como estratégia para reduzir a desigualdade e a pobreza. É claro que o salário mínimo só se aplica ao emprego formal e só influencia a decisão dos empregadores para a economia paralela ao determinar a folha de pagamento. Uruguai, Honduras e Nicarágua foram os que mais elevaram o mínimo entre 2004 e 2012. México, Paraguai e Panamá, os que menos elevaram. (TABELA 5)
5. Finalmente, vamos ver quantos dólares por hora ganha um trabalhador industrial entre as três principais economias da América Latina, Brasil, México e Argentina, em comparação com os países em várias regiões e desenvolvimento. São dados do governo dos EUA de 2011. Os trabalhadores argentinos eram os que ganhavam mais, em relação aos brasileiros e, em particular, aos mexicanos, mas a desvalorização do peso argentino em janeiro mudou a equação. Mas os trabalhadores da Argentina estão abaixo da média dos países analisados e recebem muito menos do que os espanhóis, por exemplo. Os mexicanos estão entre aqueles que têm os piores salários, juntamente com húngaros e filipinos. Os que causam inveja são os noruegueses, suíços e dinamarqueses. (TABELA 6)
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“LONDON SCHOOL OF ECONOMICS”: ESTUDO DAS POLÍTICAS RELATIVAS ÀS DROGAS!
(Clovis Rossi – Folha de SP, 08) 1. A London School of Economics lança o grito: “É hora de acabar com a guerra às drogas”. A LSE divulgou um estudo assinado por um punhado de especialistas, entre eles cinco prêmios Nobel de Economia, sugerindo um novo enfoque para o combate às drogas, hoje centrado quase exclusivamente na repressão (na “guerra”). O estudo propõe dois enfoques.
2. Primeiro, realocar os recursos hoje destinados à guerra para políticas de saúde pública de redução de danos provocados pelo uso de drogas e para tratamento de viciados. Pede que os governos “assegurem completamente os recursos necessários ao pleno atendimento da demanda”. Redução de danos é, por exemplo, distribuição de seringas para viciados de forma a evitar a contaminação pelo sangue de outros viciados que estejam doentes.
3. Segundo enfoque: a experimentação de novas políticas e regulamentações “rigorosamente monitoradas”, de maneira “a determinar que políticas funcionam e quais não”. O exemplo uruguaio é, obviamente, um caso prático de novas ideias. Deve, pois, ser seguido de perto inclusive pelas autoridades brasileiras, para ver se dá certo ou não.
4. Não se trata de desprezar ou minimizar os efeitos negativos do uso de drogas, inclusive da maconha, tida como a menos daninha de todas elas. O problema é que as políticas repressivas até aqui adotadas não foram capazes nem sequer de minimizar os danos, o que torna de sentido comum buscar alternativas, ainda mais quando se propõe que sejam “rigorosamente monitoradas”, exatamente para evitar que novas ideias sejam piores que as velhas.
5. Texto (em inglês) completo do estudo da LSE de 84 páginas.