08 de janeiro de 2014

KENNEDY E JANGO NOS EUA EM 1962: HIPOCRISIA DIPLOMÁTICA!

1. A visita de Jango aos EUA, em 1962, foi um enorme sucesso. Kennedy o recebeu na pista, o alojou em casa especial, o recebeu na Casa Branca. Esteve com Jango durante período três vezes maior que o programado. Jango discursou no Congresso dos EUA, fato que raros presidentes viveram. Depois, em Nova York, Jango desfilou na Broadway em carro aberto, debaixo de chuva de papéis picados e aplausos da população.

2. Veja este vídeo da cobertura de 7 minutos.

3. (Elio Gaspari – Folha de SP, 08/01/2014) 3.1. No dia 7 de outubro de 1963, John Kennedy presidiu uma longa reunião na Casa Branca e nela, em poucos segundos, fez a pergunta essencial a Lincoln Gordon, seu embaixador no Brasil: “Você vê a situação indo para onde deveria, acha aconselhável que façamos uma intervenção militar?”.

3.2. Um ano antes (1962), o presidente americano pusera no seu baralho a carta de um golpe militar para depor João Goulart. A associação de Kennedy ao golpe está amparada nos fatos, mas ao longo do tempo pareceu mais fácil jogar a responsabilidade em Lyndon Johnson, seu detestado sucessor.

* * *

SEGUE A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA PELA PREFEITURA DO RIO! ORGANIZAÇÃO SOCIAL EXCLUÍDA É QUE VAI FICAR COM R$ 108 MILHÕES!

(Fernando Molica – Informe de O Dia – O Dia, 08) 1. A Secretaria Municipal de Saúde vai contratar, por R$ 108 milhões, a Organização Social (OS) Ação MedVida — a instituição não foi aceita pela Secretaria Estadual de Saúde e, em novembro de 2012, teve um contrato rompido pela Prefeitura de Maricá.

2. Um dos fundadores da MedVida é o pastor Adenor Gonçalves dos Santos, controlador do Grupo Galileo Educacional, dono da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, que passam por uma longa crise. O site do MedVida traz livros e artigos do empresário.

3. Vencedora de um chamamento público feito pela Prefeitura do Rio, a MedVida vai gerenciar, por dois anos, 125 leitos no antigo Hospital São Bernardo, na Barra, depois transformado em hospital da Gama Filho.

4. Para comprovar experiência em serviços públicos de saúde e ser homologada como OS no Rio (o que ocorreria em julho de 2012), a MedVida citou o trabalho em Maricá. Mas a experiência foi desastrosa: o contrato acabou rompido por falta de prestação de contas e atrasos no pagamento de funcionários. A prefeitura criou comissão para apurar danos aos cofres públicos. Há suspeita de desvio de equipamentos.

* * *

DEPOIS DOS BRICS, OS MINT!

(BBC, 07) 1. Com desaceleração dos Brics, criador do termo agora aposta no ‘Mint’. Em 2001, o mundo começou a falar dos Brics – Brasil, Rússia, Índia e China (posteriormente com a inclusão da África do Sul) – as potências emergentes na economia mundial. O termo foi cunhado pelo economista Jim O’Neill.

2. Após a recente desaceleração dos Brics, O’Neill identificou outros quatro países – México, Indonésia, Nigéria e Turquia – que, segundo ele, também podem se tornar gigantes econômicos nas próximas décadas.

* * *

ÍNDICE DE CONFIANÇA DAS EMPRESAS NO BRASIL CAI DE 48% PARA 10%!

(Folha de SP, 07) 1. A falta de confiança no rumo da economia demoliu o otimismo das empresas brasileiras, que até outro dia estavam entre as mais entusiasmadas do mundo.  Ao longo de 2013, o índice de confiança no futuro do país, calculado pela consultoria Grant Thornton, despencou de 48% para apenas 10%. Foi a maior queda entre os 44 países da pesquisa.

2. A média global, feita com base na opinião de 12.500 empresas sobre os países em que atuam, é 27%. O Brasil ficou abaixo até da média de 22% de otimismo dos Brics, o bloco emergente do qual o país faz parte ao lado de Rússia, Índia, China e África do Sul. Para pesquisar o índice de confiança na economia brasileira, a anglo-americana Grant Thornton acompanha anualmente o humor de donos e executivos de 300 empresas de médio porte. O levantamento é feito a cada três meses.

* * *

BRASIL! POLÍTICA ECONÔMICA INSUSTENTÁVEL: HÁ UM MOMENTO QUE A FARSA SE DESFAZ!

(Alexandre Schwartsman – Folha de SP, 01) 1. A expansão medíocre do produto, a inflação mal e mal contida a golpes de controles diretos de preços, o crescente déficit externo, somados ao desempenho pífio da produtividade, sugerem que o atual arranjo de política é insustentável. Não há casos de economias que tenham prosperado sob essas condições. Pelo contrário, há sempre um momento em que a farsa se desfaz e a crise sobrevém.

2. Sabe-se, portanto, ser necessária uma mudança nos rumos de política econômica para evitar que o país atinja um estado do qual não conseguirá sair sem consequências dolorosas. Não se requer, contudo, nenhum conhecimento político mais profundo para concluir que –tendo evitado fazê-lo sob condições eleitorais mais favoráveis– não parece nada provável que o governo possa se engajar em um esforço de austeridade às vésperas da eleição.

3. Ainda que Brasília acene timidamente com promessas de não piorar adicionalmente seu já lamentável desempenho, os Estados, crescentemente livres das amarras previamente impostas pela União, devem aumentar ainda mais seus gastos.