MARINA SILVA E 2014!
1. Se Marina Silva optasse por ser candidata à governadora do Estado do Rio de Janeiro, já estaria eleita. Nesse caso, melhor que os pré-candidatos desistissem e poupassem recursos. Ou se candidatassem por razões políticas para ajudar a formar bancadas de deputados.
2. Mas Marina vai se candidatar a presidenta. Se o objetivo é formar seu partido –Rede- e lhe dar visibilidade nacional e programática, certamente alcançará o que se propõe. Afinal, as pesquisas pós-manifestações de rua mostram isso, situando-a em segundo lugar, próxima à Dilma e colada, no caso de segundo turno.
3. É uma intenção de voto residual, produto da rejeição aos políticos e da memória de 2010. O eleitor mobilizado pelas redes sociais não será o seu. O Datafolha o mostrou como liberal radical nos costumes. O inverso de Dilma. E a eleição de 2014 será palco de protestos contra os políticos e denúncia das eleições como falso caminho, com partidos sem legitimidade. São esses os mínimos divisores comuns das manifestações.
4. Por outro lado, a surpresa de 2010 que impulsionou a candidatura de Marina, com a identificação dela pelo eleitor evangélico e o destaque eleitoral aos valores conservadores e cristãos (a questão do aborto em primeiro lugar) já está ‘precificada’ pelos demais como se pôde ver no segundo turno de 2010.
5. Agregue-se que o perfil de Marina –projetado numa hipótese de governo- não corresponde à expectativa das lideranças evangélicas que de fato mobilizam as suas denominações. No caso, a expectativa de interlocução na questão dos gastos publicitários, dos convênios, das emendas, etc., são sinalizadores.
6. E tudo isso agravado pelo pouco tempo de TV.
7. Pesquisa eleitoral longe das eleições deve ter hipóteses de cenários, de imagens e de ideias, de forma a, nos cruzamentos, mostrar quem terá fôlego na campanha. Marina terá fôlego para uma campanha num patamar expressivo, mas não para a possibilidade de vitória.
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PESQUISA SENSUS PARA PRESIDENTE EM MG, SP E RJ!
(Vera Magalhães – Painel – Folha de SP, 08) Em Minas Gerais, o tucano tem 45%; Dilma, 25,9%, e Marina, 13%. Em São Paulo, Dilma tem 25,6%, Marina 22,8% e Aécio 16,1%. Estado do Rio: Marina 28,5%, Dilma 23,2% e Aécio 13,15. Eduardo Campos oscila de 2,3% a 3,5% nos três Estados pesquisados.
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ESFACELAMENTO DO “NÚCLEO DURO” DE DILMA: DE 306 PARA 101 DEPUTADOS!
(Estado de SP, 04) 1. Em seu terceiro ano como presidente, Dilma Rousseff assistiu ao esfacelamento do “núcleo duro” de apoio a seu governo na Câmara dos Deputados, que já foi formado por 17 partidos e hoje abriga apenas petistas e remanescentes de outras sete legendas.
2. O núcleo duro – formado pelos parlamentares que votam com o governo 90% das vezes ou mais – era integrado em 2011 por 306 dos 513 deputados. Desde então, esse núcleo vem encolhendo, e atualmente se resume a 101 deputados, segundo revela o Basômetro, ferramenta online do Estadão Dados que mede a taxa de governismo do Congresso.
3. Dos nove partidos que abandonaram totalmente a linha de frente de apoio ao governo, três são de tamanho médio – PR, PSD e PSB. Os demais se enquadram na categoria dos “nanicos”, com bancadas de menos de dez integrantes (PMN, PTC, PRTB, PSL, PT do B e PRB).
4. O PMDB, principal aliado do PT em termos numéricos, tem hoje apenas quatro representantes no núcleo duro – desde o final de 2011, 63 peemedebistas abandonaram o grupo e agora se concentram na faixa dos que votam com o governo entre 60% e 89% das vezes. No PP, a debandada foi de 32 deputados para apenas 2. No PDT, de 16 para 2. No PTB só sobrou um dos 19 fiéis.
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JOSÉ SERRA É MESMO CANDIDATO A PRESIDENTE: PARTIDOS ESTÃO SENDO CONTATADOS!
(Bergamo – Folha de SP, 08) Emissários de José Serra (PSDB-SP) procuraram o Ibope e pediram que o nome dele fosse incluído nas próximas pesquisas eleitorais à Presidência da República. Deixaram claro: ele será candidato em 2014. Diante da movimentação explícita de Serra, o Ibope deve colocar o nome do tucano nas próximas sondagens.
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ECONOMISTA DO BNDES: “O CANCELAMENTO DOS INVESTIMENTOS MUDOU DEMAIS AS CONDIÇÕES DA CONCESSÃO DO MARACANÃ LOGO EM SEU INÍCIO. O MELHOR É ENCERRÁ-LA!”.
(Marcelo Miterhof – Folha de SP, 08) 1. Nas mudanças no caso do Maracanã, houve redução das despesas previstas. Se os investimentos (atletismo, natação e escola) forem suspensos sem afetar o valor da outorga, o Estado do Rio terá prejuízo, pois grande parte de seu benefício seria receber de volta ao fim da concessão o estádio com as obras realizadas.
2. Pela concessão de 35 anos, o consórcio deve pagar ao Rio R$ 181,5 milhões em 33 parcelas anuais de R$ 5,5 milhões, corrigidas pelo IPCA. Portanto, a outorga (o preço da concessão) corresponde a menos de um terço dos quase R$ 600 milhões das obras canceladas, tomando só os valores correntes. Esses investimentos também representam parcela significativa do dispêndio público no estádio, de cerca de R$ 1,2 bilhão.
3. Não à toa, a cláusula 14 do contrato de concessão prevê que, se o projeto executivo de engenharia indicar custos menores para as obras, a diferença será revertida em aumento da outorga. Tal cláusula não é diretamente aplicável, pois os investimentos nem sequer serão realizados. Ainda assim, fica clara a relação existente entre o dispêndio nas obras e o valor a ser pago pela concessão.
4. Talvez o governo estadual esteja, sem alarde, negociando as condições para o fim da concessão. O acordo é, a princípio, um melhor caminho. Mas existem meios para fazê-lo unilateralmente, ressarcindo ao consórcio os custos incorridos.
5. O cancelamento dos investimentos mudou demais as condições da concessão do Maracanã logo em seu início. O melhor é encerrá-la.
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AUMENTA INSEGURANÇA JURÍDICA NA AMÉRICA LATINA!
(Folha de SP, 06) 1. Pesquisa da consultoria e corretora de seguros Aon. Consultadas 1.415 empresas de 70 países, sendo 155 latino-americanas e 59 brasileiras. São 29 os segmentos pesquisados –entre eles, agronegócios, aviação, bancos e mineração. Para Alexandre Botelho, diretor da área de consultoria em gestão de riscos da Aon Brasil, chama a atenção o fato de as empresas declararem maior despreparo para resolver os problemas que podem trazer riscos aos seus negócios e 67% terem registrado aumento nas perdas de receita relacionadas a essas dificuldades. A pesquisa é feita, a cada dois anos, desde 2007.
2. Neste ano, 54% se dizem preparadas para enfrentar a desaceleração econômica. Em 2011, eram 64%. Já em relação a alterações em marcos regulatórios, 54% dizem estar preparadas. Eram 65% há dois anos. “As companhias que investiram em gerenciamento de riscos e melhores controles internos conseguiram maior retorno para os acionistas”, diz Botelho. “Brasil, Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador e México têm mais preocupação com mudanças regulatórias e na lei porque o Estado é mais intervencionista.”