07 de junho de 2013

MINISTRO DA DEFESA DA COLÔMBIA DIZ QUE NADA MUDARÁ NAS FORÇAS ARMADAS E POLICIAIS, DE 530 MIL HOMENS, SE CULMINAR O ACORDO DE PAZ! 

(JUAN CARLOS PINZÓN BUENO, Ministro de Defesa da Colômbia. Apresentação em Bogotá em reunião da UPLA, 06/06) 1. Esforço de 3 governos seguidos para enfrentar o terrorismo, o narcotráfico, a violação dos direitos humanos e dos direitos constitucionais. Estamos recuperando o estado de direito e o controle do território para que as instituições funcionem.
No início dos anos 1990, o narcotráfico influenciava todos os aspectos da vida nacional.

2. Para sair disso há que ter vontade política sistemática. As Forças Armadas e Polícia se fortaleceram muito neste período, assim como a capacidade de atuação da Justiça. Comparando com 12 anos atrás, hoje o narcotráfico representa 30% do que foi. Nos últimos anos houve mutações na atividade criminal. Na medida em que fomos efetivos contra os grandes grupos, surgiu o micro-tráfico, que tem estimulado o consumo interno criando máfias locais. Na Colômbia persiste o terrorismo e continuamos batendo forte. Hoje as ações terroristas são pontuais.

3. Esforço de paz e reconciliação deve ser apoiado. Um dos pilares do governo é fortalecer as Forças Armadas e Polícia. Continuamos incrementando nossos equipamentos para lutar contra o narcotráfico e o terrorismo. Fortalecemos as Forças Armadas em seu bem estar, saúde, educação… Fortalecemos o marco jurídico da atuação das Forças Armadas e da Polícia Nacional. Tudo num debate aberto e democrático.

4. As Forças Armadas estão fora da pauta de negociação com as FARC. Portanto, é fortalecer a negociação sem tocar -nem agora, nem depois- nas Forças Armadas. Ninguém pode imaginar que os grupos armados hoje vão desaparecer totalmente após o acordo de paz. O futuro das Forças Armadas culminando o acordo de paz e manter seu status atual. Na semana passada todos os generais das três armas e da polícia fizeram uma homenagem única ao presidente Santos, entregando seus sabres e seus galardões de generais de exército, aeronáutica, marinha e polícia.

5. Dúvidas quanto ao futuro das Forças Armadas, pós-negociação e paz, são naturais. Colômbia tem um território muito grande e as Forças Armadas vão se espalhar. Não vemos por que reduzi-las e sim estabilizá-las no efetivo atual.  Forças Armadas têm uns 350 mil homens e a polícia 150 mil homens, mas vai chegar no final do governo a 180 mil. Ao todo 530 mil homens sob a coordenação do Ministério da Defesa. E também ampliar nossa colaboração internacional, como já temos feito, com treinamentos militares e policiais em outros países.

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A MOBILIZAÇÃO ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS! 

(Da entrevista com Manuel Castels – Folha de SP, 03) 1. Claro que não basta um manifesto no Facebook para mobilizar milhares de pessoas. Isso depende do nível de descontentamento popular e da capacidade de mobilização de imagens e palavras. A internet é uma condição necessária, mas não suficiente para que existam movimentos sociais.

2. Todos os dados mundiais, exceto os da Escandinávia, mostram o desprestígio total dos políticos, partidos e parlamentos. Se os cidadãos pudessem, mandariam todos embora, mas o sistema bloqueou as saídas.

3. A imprensa costuma estar mediada pelos empresários e por suas alianças políticas. Felizmente, a liberdade de comunicação tem dois aliados fundamentais: o profissionalismo dos jornalistas e a rede.

4. (Controle tecnológico das redes como na China dado como sucesso pela ‘The Economist’) Como dizem meus amigos hackers chineses, a Grande Barreira é um tigre de papel. O controle se faz com robôs que utilizam palavras-chave, como Tiananmen [o nome local para a Praça da Paz Celestial], basta não usar essas palavras. Mesmo que tenham introduzido novas medidas tecnológicas, não há como controlar os milhões de blogs individuais, que são onde se gera o debate social, “não na página da Economist” na web.

5. O Facebook tem sucesso porque é personalizado. Qualquer tentativa de utilizar as pessoas em vez de ser utilizado por elas levará a uma competição com centenas de outros, como aquela em que o Facebook liquidou o MySpace. Quem não tem boa perspectiva são os meios de comunicação tradicionais, a menos que se reconvertam no modelo de “jornalismo em rede” que tenho analisado recentemente.

6. É um grave erro cobrar por informação na rede, a menos que a informação seja profissionalmente relevante, como no caso do [jornal americano de economia] “Wall Street Journal”. Com as alternativas que existem na rede, o que acontece é que simplesmente se desvia o fluxo de leitores para outros canais informativos e de debate.

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“VÍDEOS ONLINE SÃO MAIS EFETIVOS DO QUE EM TV”!

(Meio & Mensagem, 31) 1. Nesta semana o eMarketer divulgou um relatório que evidencia o crescimento da publicidade de vídeos online. A pesquisa foi feita com profissionais de agências, nos EUA, que trabalham com todo tipo de mídia. De acordo com o estudo, 75% dos executivos das agências de publicidade consultados dizem que os anúncios em vídeo online são mais eficazes em comparação com a publicidade de TV  – e apenas 17% disseram o contrário.

2. Os publicitários afirmaram que os vídeos online possuem uma resposta mais direta e que é possível mensurar o alcance deste tipo de publicidade de uma maneira mais eficaz. De acordo com o eMarketer, o número de visualizações de vídeos publicitários online cresceu 23% em 2013, em comparação ao ano anterior.