06 de março de 2014

RIO: POR QUE OS TRAFICANTES ATACAM AS UPPs?

1. A cada dia crescem os ataques de gangues de traficantes às UPPs. Crescem e se tornam mais ousados, chegando aos escritórios das UPPs e a seus comandantes. Quais as razões? Afinal, no mínimo, aumentou muito a proporção dos moradores sem o temor de antes e com sensação de alívio. O secretário de segurança tenta explicar essa dinâmica pela ausência de serviços públicos e sociais. Uma desculpa para quem quer, simplesmente, transferir responsabilidades.

2. Por mais equivocada que sejam as ações de pessoas e abjeta que sejam as ações de grupos criminais organizados, elas se movem por racionalidade econômica. Ou seja: as decisões de todos os tipos, imaginam que dentro das possibilidades dos atores, isso gera ganhos para quem o faz.

3. Qual é a atividade fulcral dos traficantes? Claro, ganho financeiro com o comércio de drogas. Isso justifica a compra de armamentos caros e pesados, a manutenção de um grupo e os riscos de ocupação e manutenção de comunidades. Essa ocupação é a única forma de funcionar em grupo/gangue e garantir o seu negócio com drogas. Isso independe que após a recepção delas, as vendas sejam no local, como já foi anos atrás.

4. Para eles, o importante é contar com estas bases que, pelo valor do ponto, produz disputas bélicas entre facções. Quando a polícia ocupa uma comunidade e implanta uma UPP sem tiro e com aviso prévio, os traficantes –em princípio- se deslocam para outras comunidades.

5. Mas por que retornam implantando o terror contra os policiais das UPPs, se a hipótese de recuperarem plenamente suas ex-bases é mínima? Claro, irão se convencendo disso progressivamente, mas…

6. A evidência nos traz a resposta: porque a venda de drogas permaneceu nas comunidades. A ideia de vários ‘policiólogos’ é que a venda de drogas que ocorre no cotidiano do ‘asfalto’ não tem por que não ocorrer também no cotidiano das comunidades, pois são partes integrantes da cidade tanto quanto os bairros.

7. A diferença é que a metodologia que os traficantes implantaram de bases de pontos de venda de drogas não é possível reproduzir no asfalto. Por isso a disputa por novas bases em outras comunidades aumenta. Vide o crescimento de mais de 30% da taxa de homicídios nos municípios metropolitanos do Rio em 2013.

8. E se a venda de drogas permanece nas comunidades UPPs é porque eles continuam presentes lá sem a ostensividade anterior, mas pelas mesmas razões. Quando a decisão das UPPs foi tomada, os policiais experimentados sabiam disso. A solução é recuar? Não, a solução é avançar e retirar a venda de drogas das UPPs e, com isso, desmontar a racionalidade econômica dos traficantes.

9. E a polícia –a partir de seu sistema de informações- ir preventivamente dando cobertura no entorno das comunidades mais atrativas para os traficantes que se deslocam. É um processo de prazo longo até que o tráfico de drogas busque seu espalhamento sem o uso de bases, como ocorre nos países do norte. O que coloca em risco as UPPs é a polícia entrar, ocupar, e tentar conviver com a venda de drogas.

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CIDADE DAS ARTES (DA MÚSICA) ENTRE AS 15 MELHORES SALAS DE ESPETÁCULO DO MUNDO!

(fugasnoticias, 03) 1. A Emporis criou um top 15 dos “Most Spectacular Concert Halls” do mundo. Chamou-lhe “música para os olhos”. Dos EUA ao Azerbaijão, da Noruega à Espanha ou Brasil e China, há grandes projetos arquitetônicos em destaque. O top arquitetado por esta empresa global especializada em informação imobiliária viaja por grandes salas de espetáculos que valem a pena uma visita só por si. Incluem-se grandes obras assinadas por nomes como Calatrava (o palácio das artes de Valência ou o auditório de Tenerife), Zaha Hadid (o centro cultural de Baku), Gehry (a sala de concertos Walt Disney em LA) ou Foster (Gateshead, nos EUA). Pelo Brasil, o destaque vai para a Cidade das Artes, um colossal complexo cultural carioca assinado por Christian de Portzamparc.

2.  O top criado pela Emporis já dá a volta ao mundo, merecendo destaque nos mais diversos media, da CNN ao Huffington Post ou La Stampa. As 15 salas de espetáculos mais espetaculares:  Brasil Cidade das Artes Arquiteto: Atelier Christian de Portzamparc Rio de Janeiro / Portugal Casa da Música Arquiteto: Koolhaas (Office for Metropolitan Architecture) Porto / Espanha Auditorio de Tenerife Adán Martín Arquiteto: Santiago Calatrava Santa Cruz de Tenerife – El Palau de les Arts Reina Sofía Arquiteto: Santiago Calatrava Valência / Reino Unido Sage Gateshead Arquiteto: Foster + Partners Gateshead / Noruega Kilden Performing Arts Centre  Arquitetos: ALA Architects Ltd., SMS Arkitekter AS Kristiansan / Alemanha Philharmonie  Arquiteto: Hans Scharoun Berlim / ÁustriaMUMUTH – Haus für Musik und Musiktheater Arquiteto: UNStudio Graz / Suécia Uppsala Konsert & Kongress  Arquiteto: Henning Larsens Tegnestue A/S Uppsala / Islândia Harpa Arquitetos: Batteríið Architects, Henning Larsen Architects Reiquiavique / Azerbaijão Heydar Aliyev Center Arquiteto: Zaha Hadid Baku / Singapura Esplanade Concert Hall Arquitetos: DP Architects Pte Ltd, James Stirling, Michael Wilford & Associates, PWD Corporation Private Limited / China National Centre for the Performing Arts Arquiteto: Paul Andreu Pequim / EUA Kauffman Center for the Performing Arts Arquitetos: BNIM Architects, Moshe Safdie & Associates Kansas City – Walt Disney Concert Hall  Arquiteto: Gehry Partners, LLP Los Angeles

3. Matéria completa.

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INTERIOR CRIOU MAIS EMPREGOS FORMAIS QUE REGIÕES METROPOLITANAS EM 2013!

(Estado de SP, 05) 1. O interior do Brasil ultrapassou as áreas metropolitanas e criou mais empregos com carteira assinada em 2013. As grandes cidades lideravam a abertura de postos formais no País desde 2005, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Os números do Caged revelam que o interior de nove Estados somados (Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul) foi responsável pela abertura de 340.881 postos formais na série sem ajuste, enquanto as áreas metropolitanas empregaram 211.190 pessoas.

2. A vitória do interior também ocorre na análise da série ajustada de 2013. Nesse recorte, o interior criou 465.542 empregos, e as áreas metropolitanas, 331.229 postos. A série sem ajuste é a preferida pelo governo e engloba as informações enviadas pelas empresas sobre admissões e desligamentos para o governo dentro do prazo estabelecido.

3. Interior x Região Metropolitana.  S. Paulo: 89 mil x 87 mil / Minas Gerais: 62 mil x – 5 mil / Rio de Janeiro: 18 mil x 46mil / Rio Grande do Sul: 55 mil x 17mil / Paraná 62 mil x 16 mil / Bahia 20 mil x 3 mil.

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RIO: A TENTATIVA DE PRIVATIZAÇÃO DA COMLURB DEU NISSO!

1. (Globo, 06) A paralisação dos garis durante o carnaval, algo inédito em 39 anos de existência da Comlurb, é mais um episódio de tensão enfrentado pelo presidente Vinícius Roriz, economista que assumiu a empresa há um ano e dois meses. Ex-executivo da Ambev, Roriz aceitou o desafio de alavancar a coleta seletiva, cortar gastos e aplicar planos de metas.

2. (Ex-Blog) Essa nova direção da Comlurb assumiu com um plano de privatização da empresa. Além do presidente vindo da Ambev (líder em latinhas no chão), ainda a direção foi assumida por dirigentes egressos da WebJet. (Exame 23/11/2012) Sem caixa, a Webjet foi vendida por uma pechincha a uma sociedade composta pelo grupo Águia, dono de agências de turismo, e o empresário carioca Jacob Barata, que fez fortuna no ramo do transporte rodoviário.

3. Deu no que deu.

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HOTÉIS: POR QUE A QUEDA DE OCUPAÇÃO NO CARNAVAL DO RIO 2014?

1. (Flavia Oliveira – Negócios & Cia) Os hotéis do Rio tiveram 77,75% de ocupação média no carnaval. Foi quase 10 pontos percentuais menos que no ano passado (87,25%), informa a ABIH. Dos hóspedes 68% eram brasileiros. Na Barra, que concentra a maioria dos novos projetos de hotelaria, a retração beirou 15 pontos, caindo de 81,77% em 2013 para 67,54%, este ano.

2. Por quê? A ABIH acha que é pelo aumento do número de leitos. Mas se for assim, como será fora da Copa/ JJOO? Mas… Será pelos preços? Será pela crise? Será pela violência? Será pelo trânsito? Será…? Cabe uma explicação para que o setor com a construção de hotéis a força de incentivos fiscais, não enfrente uma crise fora e depois dos grandes eventos.

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SURPRESA NA COSTA RICA: CANDIDATO DO GOVERNO DESISTE DO SEGUNDO TURNO! ‘OUTSIDER’ –PROFESSOR DE HISTÓRIA- SURPREENDE!

(Globo, 06) 1. O candidato governista Johnny Araya anunciou nesta quarta-feira que desistiu de disputar o segundo turno das eleições presidenciais da Costa Rica marcadas para 6 de abril. Diante do favoritismo do opositor Luiz Guillermo Solís, com 64,4% de intenções de votos, Araya, com 20,9% afirmou que a campanha seria “difícil”. A Constituição proíbe expressamente a renúncia de candidatos à Presidência e o mais provável é que seu nome continue na cédula de votação.

2. Araya, ex-prefeito da capital San José (do PLN que governa há muitos anos), anunciou sua decisão horas depois da pesquisa que mostrou a vantagem de quase 40 pontos do rival Solís, do “Partido da Ação Cidadã”. (No primeiro turno houve empate).

3. A decisão garante a vitória de Solís, a primeira do socialdemocrata “Partido Ação Cidadã” na história da Costa Rica. Professor de história nas Universidades Nacional e da Costa Rica, Solís (55 anos), já teve cargos diplomáticos, mas nunca ocupou um cargo eletivo.