E SE AS INFORMAÇÕES SOBRE CÂMBIO E SAÍDA DE FOSTER TIVEREM SIDO PRÉ-VAZADAS?
1. Quanto vale a informação, no dia anterior, que a presidente da Petrobras e diretoria seriam exonerados? 9% de ganho em um dia. Um lucro, na bolsa, excepcional.
2. Quanto vale a informação, no dia anterior, que o ministro Levy –ele mesmo pessoalmente- declararia que a política cambial do Banco Central mudaria e o câmbio flutuaria e deixaria de ajudar o controle da inflação? 3% de ganho no mercado cambial em um dia. Um lucro excepcional no mercado cambial.
3. Houve pré-vazamento, antes do vazamento propriamente dito, divulgado pela imprensa?
4. No mínimo se exige uma investigação. Não é difícil identificar as concentrações de compra de ações da Petrobras e de Dólar e avaliar se há vínculo com os personagens que tomaram tais decisões.
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INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS DIRETOS NA AMÉRICA LATINA CAÍRAM 19% EM 2014!
(AFP-Genegra, 30) 1. O fluxo de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) na América Latina caiu em 2014 cerca de 19% e ficou em 153 bilhões de dólares, de acordo com o último estudo realizado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). As entradas de IDE no mundo caíram 8% no ano passado e ficaram 1,26 trilhão de dólares, devido à fragilidade da economia global e os riscos geopolíticos, especifica o texto, intitulado Monitor das Tendências Mundiais de Investimentos, que a UNCTAD realiza três vezes por ano.
2. A China, com um aumento de 3% em relação a 2013, foi o maior receptor de IED em 2014: 128 bilhões de dólares. Depois vem Hong Kong (111 bilhões de dólares); Estados Unidos (86 bilhões); Cingapura (81 bilhões); Brasil (62 bilhões); Grã-Bretanha (61 bilhões); Canadá (53 bilhões); Austrália (49 bilhões); Países Baixos (42 bilhões) e Luxemburgo (36 bilhões).
3. A grande maioria das quedas ocorreu no México, onde as entradas foram reduzidas em 52%, o que representa 22 bilhões de dólares, por causa dos enormes fluxos em 2013 e a retirada do investimento da AT&T na América Movil. Além disso, o IED na Venezuela registrou uma queda de 6 a 9 bilhões de dólares, devido ao pagamento de empréstimos a empresas matrizes; os fluxos para a Argentina caíram cerca de 60%, para 4,5 bilhões de dólares, devido ao pagamento para a Repsol de 5,3 bilhões de dólares pela nacionalização de 51% da YPF.
4. No Brasil, foi registrada uma queda 4% e os IED ficaram em 62 bilhões de dólares, por causa da queda nos fluxos para o setor primário. No Chile, os IED aumentaram quatro vezes, chegando a 9 bilhões graças a aquisições externas, e apesar do declínio nos investimentos em mineração. Na Colômbia e no Peru os fluxos também caíram até chegar a 15,8 bilhões e 7,4 bilhões de dólares, respectivamente. Em geral, os fluxos para os países desenvolvidos tiveram uma redução de cerca de 14% no ano passado, ficando em torno de 511 bilhões de dólares.
5. Os fluxos para a União Europeia atingiram 267 bilhões de dólares, o que representa um aumento de 13% em relação a 2013, mas um terço do obtido em 2007. Da mesma forma, os fluxos globais de IDE são os segundos mais baixos desde a crise econômica global. No que diz respeito à União Europeia, o texto menciona 61 bilhões de dólares para a Grã-Bretanha; entradas para a Holanda e Luxemburgo no valor de 42 bilhões e 36 bilhões de dólares, respectivamente; e quedas de 2,1 bilhões para a Alemanha e 6,9 milhões para a França. O texto não faz nenhuma menção de Espanha.