04 de dezembro de 2014

O QUE MUDOU NA POLÍTICA DO ESTADO DO RIO ENTRE 2010 E 2014! E SUA PROJEÇÃO PARA 2016 NA CAPITAL!

1. A eleição presidencial de 2014 praticamente repetiu os candidatos de 2010, apenas mudando Serra por Aécio no PSDB. Dilma e Marina repetiram suas candidaturas.

2. Em 2010, a candidata a presidente do PT, Dilma Rousseff, recebeu 43,76% dos votos no primeiro turno. Em 2014, Dilma recebeu 35,62% dos votos. Uma queda de 8,14 pontos, ou 18,6%. Em 2010, Marina Silva alcançou 31,52% dos votos. Em 2014, foram 31,07%, praticamente o mesmo porcentual de votos.  Em 2010, Serra chegou a 22,52% dos votos. Em 2014 Aécio subiu para 26,93% dos votos, um crescimento de 4,41 pontos, ou 19,58%. Em 2010, o Rio foi um dos 18 Estados em que Dilma venceu a eleição no primeiro turno. Em 2014 Dilma venceu a eleição no primeiro turno em 15 Estados.

3. Na eleição para governador, em 2010, Sérgio Cabral venceu com maioria absoluta no primeiro turno, com ampla vantagem sobre Gabeira: mais do triplo de votos válidos: 66% contra 20,6%. Depois veio Peregrino, candidato de Garotinho, com 10,8% dos votos. A soma de Gabeira e Peregrino não chegou à metade de Cabral. Os demais tiveram votação desprezível. Em 2014, o quadro foi muito diferente no primeiro turno. Pezão alcançou 40,5%. Os dois candidatos evangélico-populares –Crivella e Garotinho- somaram 40%, seguidos dos candidatos do PT e PSOL, que somaram 19%.

4. Esses resultados expressam perdas substanciais para o PT, mas com o crescimento do PSOL, o vetor à esquerda recuperou sua votação de duas e três décadas atrás: 20%. O voto popular retoma o patamar dos anos 1980, quando Brizola somava 40% dos votos, mas agora com base evangélica. No segundo turno, Crivella + Garotinho ampliaram os votos de 40% para 44%. A vitória de Crivella na Baixada/São Gonçalo, assim como em Campo Grande/Santa Cruz, reproduziu a hegemonia que Brizola tinha nessas regiões. Pezão recebeu os votos do centro e da direita, que não apresentaram candidatos, apoiando-o no primeiro e no segundo turno. Estima-se em 15 pontos agregados.

5. As projeções –POR VETOR POLÍTICO- para as eleições municipais em 2016 na Capital mostram o seguinte quadro pelo voto popular e pela esquerda. Sendo Romário candidato popular, ele estará no entorno dos 25% das intenções de voto, mesmo patamar de Freixo, do PSOL. O PMDB terá obrigatoriamente candidato. Dilma fará força para que o PT entregue seu tempo de TV ao PMDB como gratidão pelo apoio que teve de Pezão e Eduardo Paes. Não será fácil nesse conturbado quadro nacional – ético e econômico.

6. O PT estará numa sinuca de bico. Se lançar candidato próprio correrá o risco de ter um resultado pífio, afundando de vez. Se apoiar o candidato do PMDB, seu eleitor próprio votará em Freixo. O caminho sugerido pelo telefonema de Freixo à Dilma no final do primeiro turno será o PT oferecer um candidato à vice, orgânico e compatível com Freixo, quem sabe Molon, e entregar a Freixo seu tempo de TV, tornando-o ainda mais competitivo.

7. O PMDB -entrando no clássico ciclo de desgaste de material e não tendo os adversários favoráveis que teve em 2010, 2012 e 2014- terá que construir sua candidatura desde agora, unificando o nome e trabalhando visibilidade e imagem. Do outro lado, o PSDB tenderá a ter candidato próprio, seja pelo constrangimento que teve com os apoios de Pezão e Eduardo a Dilma, seja pela busca dos votos de Aécio. O DEM não tomará qualquer decisão antes de se completar, ou não, seu possível processo de fusão.

8. Resta aguardar a posição pessoal de Marina, hoje a maior força eleitoral do Rio: terá candidato próprio? Apoiará Freixo, tornando essa candidatura favorita? Bem, será uma eleição para arquitetos políticos. A maquete experimental é essa.

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E POR FALAR EM META DE SUPERÁVIT PRIMÁRIO – GRANDE POLÊMICA ATUAL!

1. LDO de 2000 para orçamento de 2001 mudou.  Em 2009/2010 mudou de 2,85% do PIB para 1,6% do PIB. Em 2010/2011 mudou de 2,35% do PIB para 2,15% do PIB. Em 2011/2012 mudou de R$ 89,4 bilhões para R$ 81,8 bilhões. 2012/2013 mudou de R$ 155,8 bilhões para R$ 108,09 bilhões.

2. Seria importante uma pesquisa nas LDOs dos grandes Estados para ver se a LDO foi alterada no ano seguinte.

3. Conheça o quadro apresentado pelo site da Câmara de Deputados na madrugada de hoje.