03 de outubro de 2012

SOBRE O EFEITO DA CHUVA NAS PESQUISAS! SEGUE A DISCUSSÃO!

1. Este Ex-Blog comentou, dias atrás, que os temporais da semana passada prejudicariam a precisão das pesquisas. O diretor Mauro Paulino, do Datafolha, questionou a análise e este Ex-Blog publicou sua informação na íntegra. Paulo Guimarães, diretor do Instituto GPP, leu ambas e entrou no debate. Segue a nota deste, recebida pelo Ex-Blog:

2.1. Li no Ex-Blog a argumentação do diretor do Datafolha. Mas seguramente ele está enganado. Pesquisa residencial semana passada tirou 4,5 pontos da prefeita de Ribeirão por conta da chuva!!! E vimos isso em tracking que fizemos em eleições passadas: pontos completamente fora da tendência por conta da chuva.

2.2. A análise “sensorial” mostra (e prova) claramente que a chuva muda o humor das pessoas, que diante do mesmo produto do dia anterior fazem uma  avaliação diferente. ISSO NÃO VALE PARA A INTENÇÃO DE VOTO? Vale sim. E mais: perfil socioeconômico na rua também não reproduz a veracidade da intenção de voto residencial. Pegue uma pessoa que ganhe 20 salários mínimos e mora na periferia (tipo um comerciante) e outra que mora aí, em Copacabana…, eles têm o mesmo hábito de leitura? (só pra citar uma variável determinante no voto).

2.3 Então não podem ser entrevistados num mesmo local de passagem, onde não se sabe a proporção dos passantes em função dos seus lugares de origem!

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MINUTO DA VERDADE COM CESAR MAIA!

Domingo (07/10) é o dia da eleição.

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IBOPE COMEÇA A MOSTRAR EFEITOS DA POLARIZAÇÃO COM CONFRONTO!

1. Em S. Paulo e Belo Horizonte os efeitos das polarizações com confronto começam a desequilibrar o quadro eleitoral anterior. Em S. Paulo, Serra e Haddad duelam e ficam parados. O que Russomanno perde (tendência antecipada pelo Twitter deste Ex-Blog), quem absorve é Chalita.

2. Chalita passou o primeiro mês de TV com 5% das intenções de voto e já chega a 10%. A diferença de Serra e Haddad para Russomanno de 8 e 9 pontos é a mesma da Chalita para Serra e Haddad. Mas com uma diferença: Serra e Haddad estão parados e Chalita cresce.

3. A probabilidade de Serra e Haddad alcançarem Russomanno é menor que a de Chalita alcançar Serra e Haddad. Por isso, a imprensa deveria incluir Chalita no quadro eleitoral que destaca. O vetor de crescimento de Chalita foi percebido por ele que em seu programa, em que chama a atenção para o confronto PT-PSDB e convoca  o eleitor para um voto útil, numa terceira via de harmonia. Vem dando certo.

4. Em Belo Horizonte, a polarização com confronto entre Lacerda e Patrus aproximou a ambos, mas para uma diferença que não será alcançada por Patrus. Mas essa diferença de 9 pontos abre a possibilidade, que não existia antes, de um segundo turno. Os demais candidatos (somando intenção de voto com números fracionários) já somam 5 pontos.

5. Isso ocorre pelo voto –nem um nem outro- que no caso de Belo Horizonte, infla os nanicos. Desta forma, há dois movimentos convergentes: crescimento de Patrus e crescimento dos nanicos. A diferença então passa a ser de 4 pontos para se chegar ao segundo turno, gerando uma possibilidade que não existia duas semanas atrás.

6. As duas demais pesquisas no Rio e em Curitiba ratificam a situação anterior. O crescimento dos líderes é apenas o efeito do voto –se vai ganhar marco ele- que sempre se dilui perto das urnas.

7. O cancelamento do debate em S. Paulo deve ter sido um alívio para a TV Globo, pelo risco do debate desempatar Serra e Haddad e a “culpa” ser da emissora.

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RIO É A CAPITAL ONDE O CRESCIMENTO DO NÚMERO DE VEÍCULOS FOI MENOR! MOTOCICLETAS  CRESCEM EXPONENCIALMENTE!

1. (Estado de SP, 02) Aumento do número de Veículos nas Regiões Metropolitanas entre 2001 e 2011- Manaus +141,9% / Belo Horizonte +108,5% / Brasília +103,6% / Goiânia +100,5% / Belém+97,3% / Salvador +94,3% / Curitiba +91,7% / Fortaleza +89,7% / Recife +78,2% / São Paulo +68,2% / Porto Alegre +67% / Rio +62%.

2. (Estado de SP, 02) Aumento do número de Motocicletas entre 2001 e 2011. Belém +708,3% / Salvador +468,1% / Manaus +382,2% / Brasília + 373,3% / Recife +338,8% / Rio +338,6% / Fortaleza +320,9% / Belo Horizonte 312,5% / Curitiba +273,4% / São Paulo +260,8% / Goiânia +228,4% / Porto Alegre +202,6%.

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COMO O CANDIDATO DEVE SE PREPARAR PARA UM DEBATE NA TV!

(BBC, 02) 1. Debater é uma arte antiga, onde as partes opostas põem à prova a solidez de suas ideias, sua habilidade para expô-las com eloquência, convicção e paixão, e sua destreza para defender e rebater argumentos. Numa época de meios de comunicação de massa, a substância e o conteúdo dos debates não são tudo. Também importa como o candidato se projeta e muitas vezes é uma imagem a que fica gravada na mente do eleitor e que pode ter muita influencia no resultado eleitoral.

2. Guia para uma boa apresentação em debate. a) Ficar erguido, nunca curvar-se; b) Não olhar para baixo; c) Não cruzar os braços; d) Não colocar as mãos nos bolsos; e) Não cruzar as pernas ao sentar-se; f) Não acercar-se ao oponente nem tocá-lo; g) Não suspirar; h) Não olhar seu relógio.

3. Devem falar em frases sucintas e não podem divagar, não só porque são televisados, mas pelas mesmas regras do debate. Importante incluir nas regras do debate a temperatura do recinto, a iluminação, a altura dos pódios, a posição do copo d’agua, e dos apontamentos que leva.  Com isso nenhum elemento inesperado distrai o candidato que se sente perfeitamente cômodo e familiarizado na noite do debate.

4. Realizar debate simulado com seus assessores para testar seu desempenho. 90% do que se vai dizer num debate já está escrito. O pior que pode fazer um candidato é se afastar do roteiro. Aí é que se mete em problemas.

5. A aparência do candidato, a roupa que usa, seus movimentos, seus gestos, tudo deve estar pensado. Segundo estudos, para ganhar credibilidade, deve vestir-se ligeiramente melhor que o público a que se dirige. A postura e os gestos podem transmitir mensagens equivocadas, assim como os movimentos e os olhares.

6. Não basta usar palavras como esperança ou mudança. O eleitor quer saber o que o candidato vai fazer, quais seus planos, quais suas soluções. O formato da TV não se ajusta para isso e dessa forma deve reduzir sua mensagem a dois ou três argumentos que se possam expressar em um período curto de tempo.

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ECONOMIA DO IRÃ EM PÂNICO!

(Editorial Folha de SP, 03)  A. economia iraniana entrou em estado de choque. O rial, moeda do país persa, iniciou uma queda livre : há uma semana, um dólar valia cerca de 24.600 rials. Ontem, a cotação superou 40.000 rials, um cataclismo cambial que levou à suspensão das transações.  Empresários iranianos estão em pânico com a reviravolta nas contas externas. Duas razões: a adoção, no início deste ano, das sanções mais duras impostas por EUA e União Europeia ao Irã como punição por seu programa nuclear e a péssima gestão econômica.

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ACORDO VENEZUELA X ÍNDIA!

1. Acordos assinados entre o Governo venezuelano e o indiano preveem fornecimento de até 400 mil barris diários de petróleo à Índia nos próximos 15 anos e a constituição de empresa mista entre a “Reliance Industries Ltda” e a PDVSA para a exploração conjunta da Faixa do Orinoco.  A Índia é o segundo maior cliente da Venezuela na Ásia. O principal é a China, que importa cerca de 640 mil barris ao dia da PDVSA.

2. Os acordos com a RIL inserem-se na política do Governo venezuelano de atrair empresas estrangeiras, de preferência originárias de países com maior afinidade política, com capacidades tecnológicas e financeiras para ajudarem a viabilizar as custosas operações de produção e distribuição dos petróleos pesados e extrapesados da Faixa do Orinoco. Nesse sentido, os instrumentos assinados com a empresa indiana somam-se às iniciativas semelhantes recentemente concluídas com o Citic Group, da China com o Governo da Argentina.