DESGASTE DE DILMA CHEGOU A LULA: 16,4% e 17,9%!
1. Como era de se esperar, o desgaste de Dilma teria que chegar e chegou a Lula, seu criador. Agora, criatura e criador fazem parte do mesmo inferno astral. Lula se movimenta recebendo políticos, realizando reuniões políticas como a recente no Rio com PMDB, e vaza informações das reuniões para colunistas e matérias nos jornais e rádios.
2. As linhas dos vazamentos são sempre as mesmas: críticas ao governo Dilma, sugestões de mudanças no governo e na política de comunicação. Cinicamente ressalva sua proximidade com Dilma.
3. O que Lula pretende é se descolar do desgaste de Dilma e passar como conselheiro e salvador, como se não tivesse nada com isso. A cada dia as relações do governo Lula com os desmandos na Petrobrás, na Receita/Carf, no setor Elétrico, no setor Externo…, ficam mais expostas. Queimaduras que já são de segundo grau.
4. Em 2018, o PT não tem alternativa fora de Lula, a menos que queira passar um vexame de depois de 16 anos ter um candidato para não chegar a 5%. E aí estaria carimbada a memória do ciclo Lula/Dilma. O PT exigirá a presença de Lula, mesmo que para perder, mas fazer uma bancada federal razoável.
5. As pesquisas de opinião para as presidenciais de 2015 podem estar muito longe das eleições. Mas servem para medir a avaliação –comparada- dos candidatos potenciais. Nesse sentido devem incluir Lula além de Marina e Aécio.
6. O Instituto Paraná Pesquisas, que vem realizando pesquisas presidenciais além das locais, foi a campo entre os dias 26 e 31 de março 2015 entrevistando 2002 eleitores, padrão das pesquisas similares. Aécio obteve 37,1% das intenções de voto e Marina 24,3%. Em 2014, no primeiro turno, Aécio chegou a 33,5% e Marina 21,3%, crescendo mais ou menos 3 pontos cada um. O que se pode dizer é que ambos não perderam nem ganharam nada nessa crise pós-eleitoral.
7. Mas o fundamental é avaliar como anda Dilma nessa pesquisa e o que aconteceria com Lula –candidato em 2018- em seu lugar. Dilma alcançou 16,4%, mostrando o desgaste que enfrenta. Mas Lula obteve porcentagem semelhante, com 17,9%. Fica claro que o desgaste de Dilma é hoje o mesmo desgaste de Lula. Lula e Dilma são, hoje, um mesmo personagem eleitoral. E a primeira pergunta foi feita com Lula e não com Dilma, portanto, sem que Dilma contaminasse Lula.
8. Lula tem esses e outros números. Sabe que chegou nele. Finge que atua para proteger Dilma. Mas, na verdade, atua para se proteger e ver se se salva desse incêndio de grandes proporções.
* * *
PONTOS A DESTACAR NO ÚLTIMO IBOPE DE 25/03!
1. Entre os que votaram na Dilma no segundo turno: Ruim+Péssimo 45% / Desaprovam 62% / Não Confiam 54%.
2. Áreas de atuação do governo avaliadas na pesquisa. Desaprovam. Saúde 85% / Combate à inflação 84% / Segurança pública 81% / Combate ao desemprego 79% / Educação 73% / Meio ambiente 66% / Combate à fome e à pobreza 64%.
3. Lembranças do noticiário da imprensa. 24% lava jato e corrupção em geral / 26% Notícias sobre manifestações pedindo impeachment de Dilma, contra a corrupção e contra o governo. Soma: 50%.
* * *
A INCRÍVEL DÍVIDA PÚBLICA E OS INCRÍVEIS JUROS PAGOS PELO GOVERNO FEDERAL!
(Vinicius Mota – Folha de SP, 06) 1. Nos 12 meses compreendidos entre março de 2014 e fevereiro de 2015, o setor público brasileiro pagou R$ 344 bilhões de juros aos credores de sua dívida, ou R$ 1 bilhão a cada 25 horas e meia. Nos 365 dias até o fim de setembro do ano passado, o repasse de dinheiro de empresas e trabalhadores, que pagam os impostos, para os financiadores da despesa estatal havia sido 18% menor.
2. A taxa média de juros embutida na dívida do governo em fevereiro de 2015 era de 20,9% ao ano, alta de 4,7 pontos percentuais sobre agosto de 2014. A escalada na remuneração deveria atrair investidores para operações mais longas, no entanto mais de 1/4 (quase R$ 900 bilhões) de tudo o que o setor público devia tinha prazo de vencimento de 24 horas.
* * *
CRISTINA KIRCHNER: CHINA E RÚSSIA SÃO PARCEIROS ESTRATÉGICOS! “O TAMANHO DE SUAS AMBIÇÕES SEMPRE FOI PROPORCIONAL AO DE SEUS FRACASSOS”!
(Joaquim Morales Sola – La Nacion, 05) 1. Um diplomata europeu saiu do ministério de relações exteriores (Argentina) aturdido por uma revelação. Seu interlocutor, um alto funcionário argentino, lhe havia notificado formalmente de uma novidade: “Os aliados estratégicos da Argentina são China e Rússia”, lhe disse. O diplomata sabia dessas proximidades, mas nunca imaginou que explicitariam de maneira tão clara e franca.
2. O realinhamento da Argentina cristinista não é só retórico. China se encarregará de construir no país duas centrais nucleares e a Rússia levantará uma terceira. Convênios assinados com a China são semelhantes aos que assinou na África. São quase coloniais. Cristina os aceitou porque os chineses a ajudam a recompor as reservas do Banco Central.
3. Rússia é mais inexplicável. Não é uma potência econômica, ainda que seja protagonista militar. Os 2 países estratégicos para a Argentina têm uma só coisa em comum: não são democracias clássicas, perseguem os opositores, negam a liberdade de expressão e ameaçam as minorias políticas e sociais dissidentes.
4. Com Chávez morto e Fidel Castro no final de sua vida, a presidenta argentina se imagina como a próxima referência da esquerda latino-americana. O tamanho de suas ambições foi sempre proporcional ao de seus fracassos.