GENTRIFICAÇÃO EM SP! RIO SEGUE PELO MESMO CAMINHO!
1. (Mayra Mosciaro – Mestranda em Urbanismo no PROURB – IPPUR) A gentrificação é um fenômeno simultaneamente físico, econômico, social e cultural. Gentrificação envolve a entrada da classe média ou grupos de alto poder aquisitivo em áreas previamente ocupadas pela população de baixa renda. (Hamnett apud Hamnett, 1991, p. 175)
2. (Ex-Blog) No Rio os PLCs- 84 e 85, em tramitação na Câmara Municipal, apontam nesse sentido. São claramente o respaldo legal para gentrificação no grande Centro da Cidade. De certa forma se poderia chamar de gentrificação funcional o que está ocorrendo nas ruas da Carioca e da Assembleia e no Corredor Cultural.
3. (Folha de SP, 28) 3.1. A habitação social perdeu terreno para os prédios de alto padrão, literalmente. Lotes da área mais central da cidade demarcadas por lei para a moradia da população de baixa renda foram tomados por conjuntos de torres com estrutura de clube privativo. Como o condomínio Horizontes, no Butantã (zona oeste). Em 40% de sua área, as moradias deveriam atender famílias com renda de até seis salários mínimos e, em outros 40%, as de renda na faixa de 6 a 16 mínimos. Mas o terreno de 32.805 m² foi todo ocupado com apartamentos que custam a partir de R$ 1 milhão.
3.2. No Plano Diretor de 2002, a cidade de São Paulo reservou terrenos para a habitação social e popular, as chamadas Zeis (Zonas Especiais de Interesse Social), dividas em quatro tipos. Na época, foi considerada uma vitória dos movimentos de luta por moradia. Agora, 11 anos depois, a prefeitura avaliou os resultados dessa medida. Os dados, inéditos, foram obtidos com exclusividade pela Folha.
3.3. Nas áreas denominadas Zeis 3, que correspondem aos terrenos mais centrais e, portanto, mais disputados, também foi onde mais ocorreram distorções. São 74 lotes que, juntos, totalizam 1,1 milhão de metros quadrados. Dessa área, 51% recebeu construções. E, do total de solo construído, 22% foi ocupado por condomínios de alto padrão.
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“O PREFEITO DO RIO SURTOU“!
(Luiz Paulo Horta – Globo, 01) 1. Chamado a explicar a decisão da Prefeitura de não dar mais apoio à Orquestra Sinfônica Brasileira, o prefeito Eduardo Paes, como se diz na gíria, “surtou”. Seus comentários fariam sentido numa conversa de beira de piscina. Como declarações de um prefeito, e de uma cidade como o Rio de Janeiro, são de uma deselegância total, e de uma absoluta impropriedade. O que é mais triste: tudo isso por causa de 8 milhões, que é o que a Prefeitura dava à OSB, e que correspondem a 20% do orçamento total da orquestra. O equivalente a um show de rock, desses que a Prefeitura volta e meia patrocina.
2. Diz o prefeito: “Dinheiro público tem que ser investido em coisas que dão projeção a cidade. A OSB, infelizmente, podia dar mais projeção a cidade”. Isto, para o prefeito, seria conseguido se a OSB se fundisse com a Petrobrás Sinfônica – a outra grande orquestra do Rio de Janeiro. Por que será que a OSB não dá projeção a cidade? O prefeito não tem sido visto nos concertos da OSB. Não pode saber, portanto, se ela está tocando bem ou mal. A verdade é que, depois da grande crise do ano passado, a orquestra tem mostrado um nível bastante alto de execução. Por que não faz mais? Porque (como se vê agora) o apoio oficial está sempre sujeito a chuvas e trovoadas. Em são Paulo, a Osesp tornou-se um conjunto de nível internacional porque, anos a fio, encontrou o apoio necessário das autoridades.
3. Patrocínio Privado é bom – e a OSB, no momento, conta com esses apoios vindos da Vale, do BNDES. Mas perder de repente 20% do orçamento é uma bruta demonstração de desinteresse das autoridades.
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REMESSAS DE DÓLARES DE IMIGRANTES PARA AMÉRICA LATINA!
(El País, 30) 1. O fluxo de remessas para a América Latina e Caribe, o dinheiro enviado aos seus países por imigrantes, se manteve em 2012 praticamente nos mesmos níveis de 2011, atingindo 61,5 Bilhões de dólares graças ao crescimento do dinheiro enviado dos EUA. No entanto, os envios saídos da Espanha, segunda fonte de remessas para a região, foram significativamente reduzidos, segundo adverte um relatório do Fundo Multilateral de Investimentos (FOMIN), vinculados ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
2. A participação das remessas latinas americanas provenientes da Europa caiu cerca de 9% nos últimos quatro anos. Aqueles vindos da Espanha caíram 8,1%. A crise europeia, com a consequente queda de emprego, salários e redução do número de imigrantes, explicam o fenômeno. Na Espanha está concentrado cerca de 15% dos emigrantes de toda a América Latina.
3. O México continua sendo o maior receptor de remessas da região, com 22,5 bilhões de dólares, seguido pela Guatemala, com 4,8 bilhões de dólares e pela Colômbia, com 4 bilhões de dólares. Os fluxos de remessas continuam sendo uma importante fonte de renda estrangeira em muitos países da América Latina e do Caribe, e constituem mais de 10% do PIB em vários deles, como o Haiti, Guiana, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Jamaica e Guatemala.
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AUDIÊNCIA DOS TIMES DO RIO NA TV-GLOBO EM 2013!
(Blog Teoria dos Jogos, 29) 1. O material que baseou as análises é fiel aos números divulgados semanalmente neste espaço. O Flamengo é o campeão de audiência nas partidas veiculadas pela Globo* com média de 21,3 pontos. Em segundo vem o Fluminense, com 18,2 pontos. Botafogo (16,5) e Vasco (16,4) completam a lista. Cada ponto no Rio de Janeiro equivale a 38.621 domicílios.
2. O Flamengo não foi a equipe mais transmitida em 2013. Isto porque o Fluminense, catapultado por sua participação na Libertadores, teve nove jogos em TV aberta contra oito do rubro-negro, cinco do Vasco e três do Botafogo. Cabe registrar que a substancial diferença entre as audiências de quarta e domingo (muito superiores no primeiro caso) beneficia aquele com mais televisionamentos em meio de semana – o próprio Fluminense.