COMPRA DO PTN PELA CAMPANHA DE EDUARDO PAES: APARECEM MAIS 4 VÍDEOS!
(Thiago Prado –Facebook/revista VEJA, 30/09) 1. Ponderações sobre o acerto financeiro de 1 milhão de reais entre PMDB e PTN publicado por Veja neste fim de semana: a) – Paes insinua que a historia PMDB/PTN poderia ter sido plantada pelo Cesar Maia – A tese seria válida e eu ponderaria a publicação se Esch tivesse me procurado para dar uma entrevista do nada. Não foi o caso. Ele foi flagrado, não é um sujeito que apareceu do nada com uma denúncia.
2. Tenho 4 vídeos do Esch falando com um pessoal do partido sem saber que está sendo filmado. Ah, ele pode ter armado esse vídeo? Não, não pode porque ele não faz a mínima ideia quem gravou e quem me passou. Outra. Os vídeos foram editados e colocados em forma de áudio no ar, pois as imagens estão muito tremidas. Amanhã tudo será encaminhado ao Ministério Público. E mais uma sobre a tese da plantação. Afirmo categoricamente que os candidatos da oposição a Paes só souberam da história no sábado de manhã, depois da publicação.
3. b) -Paes afirma que Esch não é tratado como interlocutor e que só trata de apoio ao PTN com o presidente municipal, Paulo Memória, e o nacional, José de Abreu – Beleza. Então porque Esch foi recebido em jantar no palácio em 24 de maio e depois o prefeito vai a convenção do PTN no dia 30 de junho presidida pelo próprio Esch? Paes afirma que nesta época Esch ainda não tinha brigado com Memória e José de Abreu. Não procede. O PTN está em guerra há anos. A disputa dentro do partido não começou a partir de junho. Esch é o presidente estadual do PTN há anos amparado judicialmente.
4. c) – Sobre os 200 000 – Paes mostrou para mim e outros jornalistas notas fiscais de cerca de 150 000 reais de material de campanha que a coligação fez para os candidatos do PTN. Beleza, mas são coisas distintas. O que Esch diz é que haveria material de campanha para o PTN e também o repasse de 150 a 200 000 reais. Importante frisar que Esch comemora no vídeo os tais 200 000, mas em entrevista a mim ele tenta ao máximo absolver o prefeito dizendo que tudo seria declarado. Mais um argumento que mostra que ele não quer ferrar o Paes, muito pelo contrário. Foi pego de surpresa por mim para dar entrevista e acabou falando demais. O áudio da conversa de 30 minutos também será encaminhado ao MP.
5. É isso. Teremos mais coisas durante a semana para explicar melhor esse acordo PMDB / PTN.
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PREFEITURA DO RIO: AGORA SE SABE COMO FOI FORMADA A COLIGAÇÃO DE 17 PARTIDOS E 17 MINUTOS DE TV!
(Folha de SP, 30) 1. PMDB comprou apoio a Paes, diz revista Veja. Presidente do PTN no Rio afirma em gravação que recebeu promessa de receber R$ 1 milhão para deixar candidatura própria. O PMDB do Rio fechou um acordo para o suposto o pagamento de R$ 1 milhão ao PTN em troca do apoio do partido à reeleição do prefeito Eduardo Paes, informa a revista “Veja” desta semana.
2. Uma gravação à qual a publicação teve acesso mostra o presidente estadual do partido, Jorge Sanfins Esch, afirmando, em conversa com integrantes da sigla, que barrou uma candidatura própria porque acertou o recebimento de R$ 200 mil para as campanhas a vereador do PTN. Na gravação, Esch diz que o acordo foi fechado na convenção do partido, em 30 de junho, com o ex-chefe da Casa Civil de Paes, Pedro Paulo Teixeira, e reclama de não ter recebido os recursos.
3. Segundo a “Veja”, uma primeira convenção, que lançaria candidato próprio, foi cancelada em junho por Esch e uma nova foi realizada no fim do mês para apoiar o PMDB. O presidente local diz que a melhor saída é apoiar Paes. “O cara dá R$ 200 mil para dentro, dá uma prata para ele tirar a candidatura dele, dá todo o material de campanha, toda a estrutura para os candidatos. Não dá para recusar”, afirma, na gravação.
4. Os outros R$ 800 mil viriam de um acerto financeiro do PMDB com Esch, que, junto com três colegas, cobra dívida da Prefeitura do Rio de quando trabalhava na RioLuz, órgão responsável pela iluminação pública.
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MINUTO DA VERDADE COM CESAR MAIA!
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DESEMPREGO E RECESSÃO PÓS-ELEITORAL!
1. O principal gasto das campanhas eleitorais –pelo Brasil todo- é a contratação de pessoas, com ajuda de custo, para fazer campanha dos candidatos nas ruas. Seu crescimento é progressivo na medida em que a eleição se próxima, atingindo o clímax nesta semana da eleição. Para se ter uma ideia, são 70 mil vagas de vereador e 450 mil candidatos. E são 31 mil candidatos a prefeito e vice-prefeito. Numa média entre os que contratam muitos e os que contratam poucos ou não contratam por falta de recurso, estima-se entre 5 milhões e 7 milhões de contratados, neste caso, na última semana que está em curso.
2. Segundo o IBGE, em agosto, havia 1 milhão e 287 mil pessoas desocupadas nas grandes regiões metropolitanas. Isso significa que a taxa de desemprego aberto (pessoas procurando emprego), já havia sido atingida pela ocupação eleitoral e tende a ser ainda menor em setembro. Parte desses 5 a 7 milhões vêm do subemprego-precário existente ou 3.585.000 segundo o IBGE, que não as classifica como desocupadas. E parte vem da própria população economicamente não ativa –estudantes, aposentados…, que são 18 milhões 256 mil segundo o IBGE, que também não estão incluídas no desemprego.
3. Se daqueles 5 a 7 milhões de contratados apenas 10% vierem da PEA –população economicamente ativa- a taxa de desemprego tenderá a passar dos 5,3% de agosto a 7% no início de 2013.
4. E a economia em 2013 sofrerá ainda mais com o aumento em 2012 do gasto público de municípios e estados, diretamente interessados na eleição 2012 e, depois, a correspondente redução em 2013 para o ajuste das contas fiscais afetadas pelas eleições.
5. O Banco Central informou semana passada que o superávit primário de estados e municípios só em agosto, caiu de R$ 2,7 bilhões para R$ 1,5 bilhão comparado com agosto de 2011. Ou seja, há um aumento de gastos dos estados e municípios em função do ano eleitoral. Pelo menos no primeiro semestre de 2013 esse gasto arrefecerá, voltando a crescer no segundo semestre na proporção da ansiedade com as eleições de 2014.
6. E ainda há o efeito do IGP, que corrige a dívida de estados e municípios e que nos últimos 12 meses cresceu 8,07% acima do crescimento das receitas orgânicas de estados e municípios, agravando o quadro fiscal desses.
7. Portanto, no que depende do efeito macroeconômico das eleições 2012, as notícias não são boas para 2013, em relação ao emprego e a situação fiscal.
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RIO-CAPITAL: DESPENCA O NÚMERO DE JOVENS DE 16-17 ANOS COM TÍTULO ELEITORAL!
(Globo, 01) 1. Na cidade do Rio de Janeiro em 2004, eram 45.745 jovens –16-17 anos- com título eleitoral. Em 2012, são 26.040. Uma queda de 43%. Comparando o número de jovens 16-17 anos com título eleitoral, com o total de jovens nestas faixas de idade, apenas 14% tiraram seu título eleitoral.
2. No Estado do Rio eram 168.321 em 2004 e agora em 2012 são 117.988. Uma queda de 30%. Em relação ao número de jovens nesta faixa de idade são 23%.
3. No Brasil eram 3.709.071 jovens 16-17 anos inscritos em 2004. Agora em 2012 são 2.913.627. Uma queda de 21%. Em relação ao total de jovens com 16-17 anos, são 43%.
4. Dessa forma -supreendentemente- é no Rio-Capital onde a participação dos jovens de 16-17 anos é a menor de todas.